Esportes
Zé de Jesus Barrêto
04/10/2024 às  11:24

BAHIA VIRA FREGUÊS DO FLAMENGO E TORCEDORES CHAMAM CENI DE "BURRO"

A quarta derrota do Bahia


    Quatro jogos no ano contra o Flamengo e quatro derrotas. Onze jogos e cinco anos perdendo para o time carioca. Rogério Ceni há 14 jogos sem vencer o Flamengo, seu ex-clube, derrotado em todas. Não foi diferente na noite desse sábado, na Fonte Nova. Pior do que o placar foi a atuação da equipe em campo. Medíocre. Uma equipe mal escalada, mal arrumada, sem espírito de luta, sem ações ofensivas, nenhuma criatividade. O placar de 2 x 0 até foi murcho diante da superioridade do time carioca, pegador, ativo, ofensivo, ganhando o meio campo, as divididas, os rebotes... dominante, enfim.


  Com o resultado, o Bahia desceu uma casa na tabela de classificação, com 45 pontos, agora em sétimo lugar, ultrapassado pelo Internacional. E agora, num clima de desapontamento, arriado, tem dois confrontos dificílimos, contra equipes duras, fora de casa, Cruzeiro em BH e Vasco em São Januário. Se atuar com essa mesma postura, vergonhosa, são mais seis pontos perdidos. É preciso sacudir com os brios, tomar tenência e o treinador ter coragem de mudar, mexer na equipe, buscar um jeito de jogar menos covarde, mais agudo. Alguns atletas estão com estafa física, mental, psicológica, técnica, fadiga de material.

Acorda Rogério Ceni! A torcida já se mostra enjoada, injuriada com seu desempenho e resultados pífios.

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 Classificação

  Botafogo lidera com 60 pontos; Palmeiras (57); Fortaleza (55); Flamengo (51); São Paulo (47); Internacional (46); Bahia (45), Cruzeiro (43) ...

  Na parte de baixo: Fluminense (30 pontos, na porta da zona de degola). Os quatro da zona: Vitória e Corínthians (29 pontos), Cuiabá (26) e Atlético GO, com 21, na lanterna.

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Na Fonte Nova

- Boca de noite limpa de sábado, primavera em Salvador. Arquibancadas quase   cheias, bom gramado, o quarto duelo entre as duas equipes de massa nesta temporada, o time carioca venceu as três primeiras, por placar apertado. Dez jogos e cinco anos tem o Bahia sem vencer o Flamengo. Duelo encardido, disputa no alto da tabela, o Flamengo em 4º lugar (48 pontos), o Bahia em 6º (45 pontos) brigando por uma vaga/classificação para a Libertadores da América em 2025. Foi.

- O Bahia com seu uniforme tri-colorido; o Flamengo de branco, com detalhes em vermelho&preto.

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Com bola rolando ...

- Começo com bola no chão, marcação adiantada lá e cá, equilíbrio de ações. Antes dos 3’ o Bahia chegou perto, mas a finalização não saiu; aos 5’, Gabigol recebeu bom passe de Gerson, de frente, bateu no canto e Marcos Felipe foi buscar, espalmando no chão. Bem jogado, limpo, sem faltas. Aos 13 e 14’, duas chances desperdiçadas em sequência pelo ataque Tricolor; na segunda, Thaciano cabeceou livre na pequena área; ele e o goleiro, pra fora.

- As duas equipes com um padrão coletivo, um jeito de jogar bem parecido, valorizando a posse de bola e a troca de passes. O Bahia mais lento na transição defesa-ataque, até por falta de um jogador de velocidade na frente; o Flamengo mais agudo, mais vertical. Aos poucos, os cariocas cresceram, ocuparam o campo adversário, impondo ritmo, volume de jogo. O Bahia sem conseguir sair de trás. Daí...  

- Gol! 1 x 0 Flamengo, Ayrton Lucas. Trama coletiva, envolvente, rebote de Marcos Felipe, salvando, o lateral só escorou. Aos 34 min.      

 

- E o rubro-negro carioca garantiu a posse de bola, controlou as ações, atuou no campo inimigo e não deu chances ao adversário, absoluto, dominante. O Bahia muito atrás, sem atacantes, suportando apenas; pouco criou, pouco chegou. Uma equipe lenta, sem imaginação, sem pegada, sem força... Quanta falta faz Everton Ribeiro!

Uma primeira etapa dos cariocas, placar justo. Os tricolores desceram pro vestiário sob vaias. Também justas. Foi uma atuação medíocre, o Bahia mais uma vez não chutou uma bola no gol do adversário.

 Segundo tempo – Um recomeço com o mesmo panorama. Aos 4’, um chute de Jean Lucas, da intermediária, Rossi catou fácil. Aos 5’, Ayrton Lucas pegou firme de fora da área, tirou casquinha do travessão tricolor. Um Bahia mais que apático em campo, medroso, covarde, amassado. Vaias do torcedor, Ceni decide mudar – em campo Ratão e Lucho, saíram Thaciano e De Pena, que pouco ou nada produziram. Os cariocas já mascando o jogo, administrando, sob controle.  

- Aos 17’, uma arrancada de Gabriel Xavier, foi levando, levando e arriscou da entrada da área, de bico, Rosi defendeu, no chão. Aos 22’, outra bola perdida no meio de campo, Gérson arrematou e a pelota  raspou o travessão. Aos 40’, Michael driblou Árias e serviu a Arrascaeta, mas o gol foi invalidado, por impedimento. Aos 47’, bola roubada na frente da área baiana, Alcaraz encheu o pé e acertou o travessão. Aos 48’, numa bola alçada da direita, rartidade, Juba livre meteu a cabeça mas jogou fora a chance de um possível  empate. Daí...   

 - Aos 50’, o árbitro marcou pênalti de Santi Árias em Michael, numa dividida, entrada brusca e maldosa do colombiano, que ainda foi expulso, a pedido do VAR. Justo.

 - Gol! 2 x 0 Alcaraz, bateu forte a penalidade, firme, estufando as redes, ampliando. Um placar mais justo pelo volume de jogo e domínio do Flamengo. Fim de jogo.

   Muitas vaias das arquibancadas, justas, pelo péssimo futebol do Tricolor, mal escalado, desmotivado, envolvido, sem garra...  

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Destaque

- Gérson, o personagem do jogo. Meio-campista de técnica refinada e inteligência. Defende, marca, protege, dá ritmo, lança, chuta... e ainda catimba, apita, comanda.

O dono da bola, o craque do jogo. Ao lado de Arrascaeta, craque.

 No Bahia...  

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Ficha técnica

- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Santi Àrias, Gabriel Xavier, Kanu e Juba; Caio Alexandro (Iago Tonuchi), Jean Lucas (Yago Felipe), Carlos da Pena (Ratão) e Cauly, Thaciano (Lucho) e Everaldo (Ademir) .

- O Flamengo do novo treinador Felipe Luiz: Rossi, Wesley, Ortiz, Leo Pereira e Ayrton Lucas; Pulgar, De la Cruz, Gerson, Arrascaeta; Bruno Henrique e GabiGol. (Alcaraz, Varela, Plata, Allan, Matheus Gonçalves e Michael)

- No apito, o gaúcho Rafael Klein. Sem queixas, um jogo até fácil de apitar.

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 Pela rodada 30 o Bahia encara o Cruzeiro, em Belo Horizonte, numa sexta, dia 18, às 21h30, no Mineirão.

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Outros jogos da rodada  

- Grêmio 3 x 1 Fortaleza; Criciúma 2 x 0 Atlético GO; Fluminense 1 x 0 Cruzeiro

  RB Bragantino 0 x 0 Palmeiras; Athlético PR 0 x 1 Botafogo.

- Corínthians 2 x  2 Internacional; Cuiabá 2 x 0 São Paulo

    A rodada segue e fecha com Vasco 1 x 1 Juventude (às 21h de sábado)


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 Seleção na Fonte Nova

A CBF anunciou que o jogo Brasil x Uruguai, no dia 19 de novembro, valendo pelas Eliminatórias ou Classificatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo 2026, acontecerá na Fonte Nova. Por conta disso, o estádio ficará sob comando da CBF 20 dias antes do jogo, ou seja, a partir do fim de outubro.

Com isso, o Bahia não atuará na Fonte, nas rodadas 32 e 33, contra São Paulo (6/11) e Palmeiras (20/11). Esses jogos devem acontecer em Pituaçu (a confirmar). Nada bom para o Tricolor, pois, em busca de pontos para uma possível classificação que o leve à Libertadores da América, paroano.  Será?  Acho que uma Sul-americana é lucro.

**        zédejesusbarreto  5out2024


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