Foi um clássico duro, disputado, mas o Tricolor soube vencer perante sua massa devotada, de virada (2 x 1), atuando com mais inteligência do que ousadia em campo, mesmo quando ficou com um atleta a mais em campo. O Vitória começou melhor, abriu o placar mas foi cedendo campo e levou a virada ainda na primeira etapa. O Bahia administrou o segundo tempo inteiro, sem passar sufocos e o Rubro-negro, quando tentava a todo custo o empate, teve um atleta expulso, irresponsavelmente.
Com o triunfo, o Bahia foi a 15 pontos, disparou na liderança de seu grupo, praticamente assegurando classificação para a próxima fase. E, por cima, tirou o rival, Vitória, do grupo dos quatro primeiros do outro grupo, o Leão ultrapassado pelo Ceará e pelo CRB. Pior, no próximo jogo encara o Fortaleza, ferido, lá no Ceará. O Rubro-negro baiano periga ficar de fora da fase seguinte da competição.
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Na Fonte Nova
- Primeira noite de outono, lua crescente, céu limpo, calor, arquibancadas cheias (cerca de 45 mil presentes), torcida única, relvado nos trinques e muita rivalidade pairando. O segundo Ba x Vi da temporada, o primeiro foi no Barradão, pelo Baianão, e o Leão venceu, 3 x 2. Esse valendo pela Copa do Nordeste, onde o Bahia lidera com folga o Grupo B e o Vitória briga para se manter entre os quatro primeiros do Grupo A.
- Os dois treinadores usando o que têm de melhor no elenco; Leo Condé relacionou para o clássico quatro recém-contratados que nem estrearam – o zagueiro Reynaldo, o os meio-campistas Luan Santos e Leo Naldi (escalado no lugar do suspenso Dudu) e o atacante Luis Adriano. Condé optou por um meio-campo reforçado, mais marcador. Ceni manteve o padrão, Rezende na lateral esquerda, sem novidades.
- O Bahia com seu uniforme tricolorido; o Vitória todo de branco.
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Com bola rolando ...
- O Bahia começou trocando passes, sem muita objetividade, o Vitória jogando no erro do adversário, marcando e, quando roubava a bola enfiava, batia no gol a qualquer distância, daí ...
- Gol! 1 x 0 Vitória, aos 8 minutos. Rezende vacilou, Alerrandro roubou a bola e arriscou de longe, uma bomba, Marcos Felipe não chegou nela.
Tudo o que a estratégia do técnico Condé precisava, um gol logo no iício. O Leão bem mais à vontade, melhor taticamente; o Bahia sem concluir as jogadas, nervoso, aceitando a marcação do adversário, errando os passes na frente, Cauly sumido..
Só aos 30’ o Bahia assustou, a bola pingando na pequena área de Lucas Arcanjo, Thaciano não alcançou. O Vitória já fechadinho atrás, apostando no contragolpe, nas espetadas de surpresa. O Bahia tocava, tocava...
- Gol! 1 x 1, aos 35 min. Everton Ribeiro recebeu de Kanu, levou a marcação pela direita e cruzou pra trás, no chão; Jean Lucas pegou firme, de frente, Lucas Arcanjo não conseguiu deter. O empate chegou numa hora em que o Leão parecia ter o controle das ações.
Depois do gol, pra variar, confusão e empurra-empurra entre os atletas. Camutanga e Cauly receberam cartão amarelo. O jogo ficou pegado, faltas duras. Com o gol, o Leão sentiu o golpe, o Bahia assumiu o controle, foi pra cima e criou algumas oportunidades com Thaciano, duas vezes, e Éverton Ribeiro.
- Gol! 2 x 1 Bahia, Kanu, aos 48 minutos. Escanteio cobrado por Cauly, da direita, disputa pelo alto, a zaga rubro-negra não resolveu e a bola sobrou na praia para o chute rasteiro e forte de Kanu, de canhota, desempatando e virando o placar.
O Vitória começou bem e foi melhor, mais objetivo e perigoso a maior parte do primeiro tempo, mas recuou demais, chamou o Bahia para seu campo e, na pressão, o Bahia empatou. O gol abalou o rubro-negro, que se perdeu, começou a apelar para entradas mais duras, sofreu pressão, e o Tricolor achou a virada, com o empurrão da torcida. Os 2 x 1 nada definem, mas é uma vantagem. O leão terminou muito nervoso, sentiu a virada. Nada definido.
Segunda etapa - O Bahia retornou aceso. Mas o Vitória com as linhas mais avançadas. Um jogo mais aberto, solto. Aos 4’, quase Thaciano amplia. Lá e cá. Parelho. Dois estilos claros em campo – o toque de bola tricolor e as jogadas agudas do rubro-negro. Ao 19’, r andrade bateu de longe, marcos felipe. Leo condé fez duas substituições reforçando o lado esquerdo – Matheus Gonçalves (velocidade) e Caio Vinícius em campo. Mas, logo depois, o Matheus Gonçalves chutou Caio alexandre caído fora de campo, foi expulso. Condé, com a expulsão, colocou em campo mais dois – Luis Adriano, estreante, no lugar de Alerrandro e Lucas Esteves substituindo Leo Naldi.
Ceni respondeu, pondo em campo Juba, Gabriel Xavier e Ademir – saíram Kanu (com cartão amarelo), Jean Lucas (sentindo a coxa) e Everaldo. Outro jogo, outro desenho. O Bahia com um atleta a mais em campo.
- Aos 29’, Thaciano entrou livre e foi travado na hora do chute por Camutanga. Aos 30’, Thaciano desperdiçou cabeçada na pequena área. Aos 35’, Leo Condé fez a derradeira substituição, lançando o talismã Zé Hugo no lugar de Osvaldo, exausto. Ceni logo respondeu, lançando Yago e Marcos Vitor – saíram Caio Alexandre e Gilberto (cansados).
O Bahia sem pressa, valorizando a posse de bola, gastando tempo. O Leão, com um a menos em campo, jogando por uma bola, na vontade, explorando a velocidade pelos lados com Mateusinho, na esquerda, e Ze Hugo pela direita. Nada conseguiram.
O Tricolor cozinhou, sem passar sufoco, venceu.
Destaques
Kanu e Cuesta jogaram muito, Jean Lucas e Everaldo (tático), Everton Ribeiro (que jogou no sacrifício, ele e Cauly com problemas médicos).
No Vitória, o Wagner Leonardo de sempre, a raça de Rodrigo Andrade, Mateusinho ousado e Alerrandro.
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Ficha técnica
- O Tricolor escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Gilberto, Kanu, Cuesta e Rezende; Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro e Cauly; Thaciano e Everaldo.
- O Rubro-negro de Leo Condé: Lucas Arcanjo, Zeca, Camutanga, Wagner Leonardo e Patric/PK; Rodrigo Andrade, William, Leo Naldi e Mateusinho; Osvaldo e Alerrandro.
- Arbitragem pernambucana/FIFA, com Rodrigo José Pereira de Lima no apito.
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Na sequência do Nordestão, o Vitória enfrenta o Fortaleza, sábado à tarde, no Ceará; e o Bahia recebe o Maranhão, domingo à tarde, na Fonte Nova.
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Outros jogos da rodada pelo Nordestão
- Fortaleza 0 x 1 Ceará; Sport Recife 2 x 1 Náutico; América 0 x 0 ABC (em Natal);
River 0 x 0 Picos (Piauí); CRB/AL 3 x 1 Juazeirense.
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Amistosos da Seleção
A Seleção Brasileira enfrentará a Inglaterra sábado, às 16 horas (horário de Brasília), no estádio de Wembley. É a estreia do treinador Dorival Jr à frente do escrete, um catadinho; ele ainda está identificando os atletas convocados, muitos por conveniência, por conta de os jogos serem na Europa, onde atuam.
Da primeira lista, escolha dele, cinco foram cortados por lesões: o goleiro Ederson, os zagueiros Marquinhos e Gabriel Magalhães, Casemiro e Martineli. Foram chamados às pressas para substituí-los: o goleiro Leo Jardim, do Vasco; os zagueiros Fabrício Bruno (Flamengo) e Bremmer (27 anos, baiano, da Juventus), mais Pepê e Galeno que atuam em Portugal. Três dos zagueiros convocados – Beraldo, Fabrício e Murillo estreiam com a camisa canarinho. Muita esperança depositada no atacante Vinícius Jr, vivendo um grande momento no Real Madrid.
Pelos primeiros treinamentos, em Londres, veremos em campo uma equipe bem renovada em todos os setores. No gol, na zaga, um meio-campo diferente – João Gomes, Paquetá, Douglas Luiz, Bruno Guimarães – e um ataque serelepe – Galeno, Endrick e Vinícius Jr. Se der liga ...
Testes de fogo para o treinador, mal treinou a equipe. Na próxima terça-feira, o Brasil jogará contra a Espanha no Santiago Bernabeu, em Madri.
