Com um atleta a menos desde a metade do primeiro tempo, o Bahia levou 3 x 0 do Cuiabá, diante de seu torcedor – um gol de pênalti no momento da expulsão de Camilo Cândido, aos 20 minutos do primeiro tempo, decisiva, e dois de contragolpes, correria dos cuiabanos, em momentos que o Bahia saia inteiro, no desespero, tentando chegar na frente. O Cuiabá achou o gol e jogou como gosta, todo atrás, dando bicos e apostando na correria, no descuido do inimigo. Deu-se de bem, mais uma vez.
Com a derrota, a situação do Bahia é periclitante, a despeito de o time ainda estar fora da Z-4, mas com os mesmos pontos do Cruzeiro, que está na zona, e do Vasco, o primeiro fora do baú (três com 37 pontos). Faltam cinco rodadas e o Bahia tem pedreiras pela frente, a primeira é o Athlético PR, domingo, na mesma Fonte Nova, o torcedor já indignado, desesperado, cobrando. Vida que segue, roda que gira.
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Na Fonte Nova
- Depois de dois dias chuvosos, a noite de quinta limpou, 27 graus, relvado bom, arquibancadas com público mais do que esperado.
- Valendo pela 33ª rodada, o Tricolor baiano tinha um olho na parte de baixo da tabela, onde mora o rebaixamento, ainda assustador, e outro mais pra cima, numa possível classificação para a Sul-americana, caso vencesse seus dois jogos seguidos na Fonte Nova, com o apoio da torcida.
- O Cuiabá vinha de uma derrota em casa para o Vasco e um empate contra o Santos, na Vila. O time costuma obter bons resultados fora de casa, está à frente do Bahia e quer manter distância do grupo de baixo, o famigerado Z-4, mantendo-se na Primeirona de 2024. Está conseguindo o objetivo, com um futebol feijão com arroz, duro e pragmático.
- O Bahia em campo com seu uniforme 2, camisetas tricolores, listradas; o Dourado de Mato Grosso de branco, com detalhes em amarelo.
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Com bola rolando ...
- As duas equipes começaram tentando por a bola no chão, trocando passes. Os visitantes mais agudos e marcando forte, anulando aquela imaginada pressão inicial dos tricolores. O Bahia, aos poucos foi se encontrando. Teve uma primeira boa chance aos 9’, num escanteio ensaiado pela direita, a testada passou rente. Na resposta, aos 10’, bola cruzada de fundo, da esquerda, Deyverson furou ao tentar o arremate. Parelho.
- Buscando mais o gol, chutando mais, o Cuiabá tentou com Cafu, aos 15’, Marcos Felipe catou. Aos 17’, Acevedo disparou forte, de longe, Walter catou em dois tempos. Aos 19’, num lance bobo, a defesa bateu cabeça – Vitor Hugo sumiu, Camilo foi na cobertura, o goleiro saiu mal, atabalhoado, os dois se atrapalharam, a bola sobrou na pequena área para a finalização de Clayson e bateu no braço de Camilo Cândido, que evitou o gol. O árbitro marcou pênalti e expulsou o lateral. Ah, meu goleirinho!
- Gol! Cuiabá, 1 x 0. Deyverson bateu o pênalti no meio do gol e fez. Aos 21 minutos.
O Bahia com um atleta a menos em campo. Ficou bem mais difícil.
Com o inesperado, o treinador Ceni tirou Biel (que não gostou nada) e colocou Juba, recompondo o lado esquerdo. Aos 33’, o Bahia penetrou trançando e Walter fez uma defesaça, no chão, num arremate certeiro de Acevedo; na sobra, Juba tentou de primeira, a bola desviou na zaga. Quase o empate. Aos 35’, outra boa intervenção de Walter, o Bahia pressionando, mesmo com 10 em campo. Aos 37’, Juba bateu falta da frente da meia lua, cobrindo o arco, com perigo.
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Um fim de primeira etapa preocupante para o torcedor tricolor, por conta do placar adverso (1 x 0) e, sobretudo, pela expulsão de Camilo Cândido, aos 20 minutos. Só que, com um atleta a menos, o Bahia passou a jogar melhor, a atacar e criar boas chances de empatar. O time não começou bem o jogo, com erros e apagões defensivos, inclusive no lance do pênalti. Não faltaram luta, vontade, aplicação. O ‘Dourado’ do Mato Grosso na dele, como gosta.
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Mesmo com um atleta a menos, o placar adverso, cabia ao Tricolor encontrar forças para atacar, buscar o empate, lançar-se à frente. O Cuiabá atrás, marcando justo, sem brincadeiras e apostando na chance de um contragolpe, mais um vacilo do inimigo para finalizar, fechar o caixão.
O Bahia até tinha mais a bola, trocava passes mas não achava a penetração, não finalizava. Aos 13’, num lance discutível (a bola teria tocado no braço do atacante do Cuiabá, após um corte de Juba), Juba invade e é derrubado na meia lua por Vitor Hugo; o árbitro marcou a falta e expulsou Vitor Hugo, mas... o VAR chamou, mostrou o lance e ele voltou atrás.
Ceni põe Mugni, Matheus Bahia e jacaré, sangue novo; saíram Cauly, Rezende e Yago, exaustos, aos 17’. O jogo então muito travado, os cuiabanos mais ocupados em gastar tempo, manter a vantagem a qualquer custo, sem pressa, sem correr riscos. Aos 28’, Ratão e Ademir em campo, saíram Everaldo e Vitor Hugo. Ao tudo ou nada! O Cuiabá na dele, brigando por cada bola.
- Gol! 2 x 0 Cuiabá, aos 32’. Aconteceu o que eles desejavam. O Bahia todo avançado, Pita – inteiro, forte e veloz - arrancou em alta do meio de campo, deixou Matheus Bahia comendo grama e encarou o goleiro, que saiu sem confiança, marcou.
- Aos 33’, cabeçada de Juba, encaixe de Walter. Aos 53’, outra ratada de Matheus Bahia, no campo adversário, a bola sobrou limpa para o contragolpe de uma área a outra, dois contra um, Wellington Silva só empurrou, fechando o placar em 3 x 0.
Muitas vaias no final. Alguns atletas do Tricolor foram até a torcida, ouviram impropérios e tentaram se justificar.
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Justiça se faça, não faltou garra e fibra a alguns jogadores como Acevedo, Rezende, Kanu, Cauly, o próprio Juba... Mas vimos um Gilberto sem pernas, um goleiro inseguro, Everaldo sumido... E não podemos sacrificar o uruguaio Camilo Cândido, foi infeliz no lance que tentou resolver na raça, atrapalhado pelo goleiro Marcos Felipe.
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Ficha Técnica
- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Gilberto, Kanu, Vitor Hugo e Camilo Cândido / expulso; Rezende, Acevedo, Yago Felipe e Cauly; Everaldo e Biel (Juba). Mais Ademir, Ratão, Mugni, Jacaré
- O Cuiabá do técnico Antonio Vieira: Walter, Matheus, Marllon, Empereur e Rikelme;
Raniele, Alisson e Denilson; Cafu, Deyverson e Claysson. (Lacerda, Filipe, Pita, W Silva, Bech)
- Arbitragem mineira (com Cruzeiro na zona, veja só), com VAR; Felipe Fernandes de Lima no apito. Marcou corretamente a penalidade e aplicou a lei do jogo na expulsão, uma primeira etapa competente.
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Pela rodada 34ª, o Bahia recebe na Fonte Nova o Athlético /PR, domingo, às 18h30
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Ainda pela rodada 33, no outro jogo que interessava muito ao Bahia:
Goiás 0 x 1 Santos, o time peixeiro escapa, dá uma respirada, foge da zona.
Mais, Botafogo 3 x 4 Grêmio, de virada e show de Suarez (3 gols) - com o resultado, o Grêmio colou com o líder Botafogo, na liderança. O título mais que indefinido.
