1. O tenente-coronel Mauro Cid relatou à Polícia Federal que o almirante Almir Garnier, então comandante da Marinha, teria expressado apoio ao golpe de Estado proposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante uma reunião com a cúpula das Forças Armadas logo após o segundo turno das eleições.
2. De acordo com informações da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, o almirante teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a trama proposta pelo então presidente. Por outro lado, o comando do Exército declarou que não apoiaria o plano golpista.
3. A Marinha divulgou nota nesta quinta-feira (21) na qual disse que é fiel no cumprimento da lei e que a opinião de um oficial não reflete o posicionamento da Força.
4. A nota foi divulgada após a notícia de que o ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier Santos foi citado na delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
5. Na nota, a Marinha afirmou que não teve conhecimento do conteúdo da delação. "Consciente de sua missão constitucional e de seu compromisso com a sociedade brasileira, a MB, Instituição nacional, permanente e regular, reafirma que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência", disse a Força na nota.
6. "A MB reitera, ainda, que eventuais atos e opiniões individuais não representam o posicionamento oficial da Força e que permanece à disposição da justiça para contribuir integralmente com as investigações", concluiu a Marinha.
7. Exército. O Exército também divulgou nota, já que o trecho da delação de Cid falava dos comandantes das Forças.
8. O Exército também disse que não teve conhecimento da delação. "Em consequência, a Força não se manifesta sobre processos apuratórios em curso".
9. O Exército ressaltou que respeita a lei. "Por fim, cabe destacar que a Força pauta sua atuação pelo respeito à legalidade, lisura e transparência na apuração de todos os fatos que envolvam seus militares", diz o Exército no texto.
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10. (GAZETA DO POVO) O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, rebateu nesta quinta-feira (21) as declarações da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), que defendeu o fim da Justiça eleitoral no país. Sem citar o nome da parlamentar, Moraes afirmou, em nota, que “lamentavelmente, a própria existência da Justiça Eleitoral foi contestada por presidente de partido político, fruto do total desconhecimento sobre sua importância, estrutura, organização e funcionamento”.
11. Durante o debate na Comissão Especial da Câmara sobre a PEC da Anistia, na última quarta-feira (20), Gleisi criticou as multas milionárias impostas ao PT pelo não cumprimento das cotas de gênero e pediu o fim da Justiça Eleitoral no país.
12. O TSE repudiou “afirmações errôneas e falsas realizadas no intuito de tentar impedir ou diminuir o necessário controle dos gastos de recursos públicos realizados pelos partidos políticos, em especial aqueles constitucional e legalmente destinados às candidaturas de mulheres e negros”.
13. A PEC da Anistia perdoa multas de partidos que não cumpriram a obrigação legal de destinar um percentual mínimo de vagas nas legendas para mulheres e negros. Moraes ressaltou que a Justiça Eleitoral “não tem como única função a fiscalização da utilização de dinheiro público pelos partidos políticos".
14. Ministro Luís Roberto Barroso toma posse como presidente do STF na próxima quinta-feira (28). Na mesma sessão tomará posse como vice-presidente o ministro Edson Fachin.
15. Lula nomeia seu carcereiro na PF para cargo na Presidência.. Paulo Rocha Gonçalves Junior, que era carcereiro de Lula na superintendência de Curitiba, foi requisitado para trabalhar na Presidência (Metrópoles)
16. General Heleno diz que nunca foi consultado por Bolsonaro sobre golpe'. "Não, não. Nunca houve essa conversa no governo do presidente Bolsonaro. Desde o início ele falou que ia jogar nas quatro linhas e nunca houve essa conversa", declarou (G1)
17. A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que ele nunca compactuou com "qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo na lei". A colunista Bela Megale, do GLOBO, revelou que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, narrou em sua colaboração premiada firmada com a Polícia Federal que o ex-presidente tratou com a então cúpula das Forças Armadas sobre a possibilidade de uma intervenção militar no ano passado.
18. No documento, os advogados do ex-presidente, negam que isso tenha acontecido.
19. "(Bolsonaro) jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição, e via de efeito, o Estado Democrático de Direito", afirmaram Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten, que representam Bolsonaro.
20. Os advogados, no documento, também destacaram que "adotarão as medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa". A defesa de Bolsonaro sublinhou que a colaboração de Mauro Cid corre em segredo de Justiça e que ainda não teve acesso ao seu conteúdo
21. De acordo com a colunista Bela Megale, Cid relatou que participou de duas reuniões onde uma minuta de golpe foi debatida. Além disso, em um desses encontros, o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria garantido a participação da sua tropa no suposto levante. O Exército, por outro lado, não teria concordado com o plano.