O assessor de Imprensa do PSDB, Matheus Ribeiro, informou ao BahiaJá, nesta noite, que foi suspensa a coletiva que o presidente do PSDB, Antonio Imbassahy, daria nesta manhã de quinta-feira, 22, para anunciar a adesão do PEB e uma aliança com Raimundo Varela na vice. A aliança foi vetada pelo presidente nacional do PRB, Vitor Paulo, nesta noite de quarta-feira. 

  Assim que a notícia chegou aos meios políticos várias interpretações foram dadas. A mais contundente dava conta de que o vice-presidente José Alencar veio a Salvador apoiar o nome de Varela e sentiu-se decepcionado ao saber de sua adesão ao PSDB. Por detrás desse argumento haveriam forças do PT envolvidas, no sentido de incentivar o veto para não fortalecer o candidato tucano à presidência, José Serra.

  Uma outra versão dava conta de que toda a articulação feita em Salvador e, posteriormente, em São Paulo, com o diretor geral da Record, Alexandre Raposo, o presidente Vitor Paulo teria sido informado, antecipadamente, de toda movimentação.
Essa versão tem algum sentido dada a experiência política do ex-prefeito Antonio Imbassahy.

   O sentimento reinante é de que Imbassahy não teria sido tão ingênuo de organizar uma articulação dessa natureza sem atentar para a cúpula partidária e sem comunicar esse fato ao governador Jaques Wagner, hoje, bem relacionado com o presidente da Assembléia Legislativa.

   O QUE VAI ACONTECER

   Só Deus sabe. Segundo o assessor de imprensa do PSDB, Imbassahy não comentaria o assunto nesta quarta-feira. Deve falar, posteriormente, após encontros que fará com Varela e a cúpula da IURD/Record na Bahia.
 
   De cara, o apresentador Raimundo Varela, o qual, já estava desanimado com a falta de apoio político à sua candidatura, fica numa situação quase insustentável na medida em que, mesmo com a recomendação do presidente Vitor Paulo para se manter no páreo, acabou sua motivação, e, nesse aspecto, ele tem o apoio de Alexandre Raposo.

   Varela é imprevisível e dono dos seus votos. Não são votos do PRB, da legenda como organização partidária. Daí que poderá rebelar-se embora existam outros atores no processo, o vereador Sildervan e o suplente de deputado Márcio Marinho.

   É uma situação complicadíssima. Também de chôfre, Imbassahy perde na medida em que a imprensa fez ampla divulgação a uma aliança que se configura como certa e não aconteceu. De toda sorte, muita água ainda vai rolar embaixo da ponte.