Os servidores da Transalvador realizarão um protesto nesta segunda (19), a partir das 09h, na Praça Municipal, contra alterações feitas no Plano de Cargos e Vencimentos (PCV).
Adenilton Júnior, presidente da Associação dos Servidores em Trânsito e Transporte (ASTRAM), informa que "na semana passada, estranhamos a divulgação de uma nota da prefeitura, informando que já estaria encaminhando o PCV para votação na Câmara. Ao analisarmos o plano que seria encaminhado, começamos a entender o motivo de tanta rapidez. O PCV construído de forma participativa, por uma comissão de servidores, Seplag e a empresa de consultoria contratada pela prefeitura, foi modificado".
"Não podemos aceitar as alterações que foram feitas no PCV, da forma como a prefeitura quer encaminhar o plano para a Câmara, ao invés, de sermos valorizados sofreremos com significativas perdas salariais. Fizemos uma simulação e constatamos os vencimentos de uma agente em trânsito e transporte em maio de 2012, será menor do que em dezembro de 2011, além de ficarmos cinco anos sem reajuste salarial. Será que isso é valorização?", questiona Rogério Baraúna, vice-presidente da ASTRAM.
No final do ano passado, antes da Lei Orçamentária Anual (LOA) ser votada, a prefeitura informou que haveria uma reserva de R$ 45 mi para implantação do plano. A consultoria calculou a implantação em R$ 58 mi. Agora a prefeitura informa ter apenas R$ 25 mi para implantação do plano, a pergunta é "onde estão os outros R$ 20 milhões que estariam reservados para a implantação do PCV?", questiona o presidente da ASTRAM.
Ainda segundo a ASTRAM, o plano deixou de ter um caráter técnico quando começou a sofrer uma alta interferência política para que algumas categorias fossem beneficiadas em detrimento de outras. "Não estamos aqui para "brigar" com outras categorias, pois todas tem sua importância e merece ser respeitada, apenas não podemos aceitar que o salário de um agente de fiscalização (que gera renda para o município), passe do valor proposto de R$ 1.300 (informado na apresentação do PCV feita aos servidores no dia 01/03, no ginásio dos Bancários) para R$ 900", pondera Rogério Baraúna.
A ASTRAM denunciou as alterações no PCV aos meios de comunicação e realizou uma caminhada de protesto do Campo Grande à Praça Municipal na última quarta (14). Uma comissão de servidores foi recebida pelo Sr. João Leão, antigo Secretário da Casa Civil. "Como bom político João Leão escutou nossos pleitos e não resolveu nada, apenas agendou a reunião que teremos amanhã. Os servidores da Transalvador vão ficar concentrados na Praça Municipal até o final do encontro, onde será colocado para a categoria o resultado da reunião e serão decididos os rumos do movimento. Paralisações não estão descartadas caso a prefeitura insista em manter esse PCV absurdo", conclui Adenilton Júnior.