Direito

CASO INÉDIO NA CRÔNICA POLICIAL MUNDIAL ESSE DO IDOSO MORTO EM BANCO

Conforme o depoimento, o tempo que o idoso estava sem vida foi constatado devido os livores – manchas arroxeadas que correspondem às zonas de falta ou acúmulo de sangue
Tasso Franco ,  Salvador | 17/04/2024 às 11:41
Idoso foi levado para ag bancária no Rio, morto, para sacar R$17 mil
Foto: REP
  O idoso que foi levado morto em uma cadeira de rodas até uma agência bancária para sacar R$ 17 mil nesta terça-feira, 16, estaria sem vida há pelo menos duas. Isso foi o que disse à polícia um dos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que esteve no local, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A informação é do site O Globo. 

A polícia foi acionada após funcionários da unidade estranharam a atitude da mulher, que disse ser sobrinha do idoso, identificado como Paulo Roberto Braga. Em um vídeo, feito pelos atendentes, ela aparece tentando manter a cabeça do morto de pé e conversando com ele (veja acima). 

Conforme o depoimento, o tempo que o idoso estava sem vida foi constatado devido os livores – manchas arroxeadas que correspondem às zonas de falta ou acúmulo de sangue – que seu corpo apresentava. Essas características costumam aparecer após esse período em que a pessoa já está morta. 

Além disso, uma das funcionárias do banco relatou às autoridades que achou o idoso muito debilitado, em um primeiro momento, mas ao se aproximar, orientou que a assinatura fosse feita por ele igual à da carteira de identidade. Ela percebeu que ele estava pálido e sem vida.

Nesse momento, foi quando Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, tentou ‘acordá-lo’ e colocar uma caneta nas mãos de Paulo. "Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer eu faço", diz ela no vídeo, tentando manter a mão do idoso, que estava mole, em cima da mesa. 

Ainda nas imagens, a mulher, que seria sobrinha e cuidadora dele, afirma que precisa assinar o documento. "O senhor segura a cadeira forte para caramba aí. Ele não segurou a porta ali agora?", perguntou às funcionárias, que afirmam não terem visto. "Assina para não me dar mais dor de cabeça, eu não aguento mais", fala a mulher. 

Em seguida, uma das funcionárias tenta conversar, questiona a aparência do idoso e diz que "ele não está bem". Porém, a mulher responde que ele é "assim mesmo". 

"Ele não diz nada, ele é assim mesmo. Tio, você quer ir para o UPA de novo?", questiona, mas o idoso, claro, não responde. 

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito. Ao Terra, a Polícia Civil confirmou o caso e afirmou que a mulher foi autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. As autoridades apuram se ela realmente era parente dele. O corpo do idoso será examinado no Instituto Médico Legal (IML), para descobrir a causa da morte. 

Ao Terra, a defesa dela afirmou que ela passará por audiência de custódia ainda nesta quarta-feira, 17.