Eunice Lynch
22/08/2019 às 11:24
Olá Tasso, ou Dom Franquito, como você me foi apresentado por meu cunhado Eujácio em alguns eventos da confraria, como o “javaporco” no Oceânico de Geraldo, e aquela tarde inesquecível na varanda de Vera em Itapuã.
Com muita tristeza, não pude estar presente junto a vocês no último dia 18 de agosto. Mas tenho de agradecer pelas suas postagens no seu site bahiaja.com.br que muito me confortaram.
Posso dizer que conheço Eujácio “desde que me entendo por gente”... Era dele a primeira ligação telefônica que meu pai, Edson Alves, jornalista político, recebia todas as manhãs bem cedo, assim que recolocava o telefone “no gancho” para não ser incomodado à noite...
Confesso que seu jeitão sarcástico, rebelde e escrachado não era muito encantador pra quem logo o conhecia...Mas, com a doença de meu pai, em 2000, ele se demonstrou um amigo de fé, até os últimos dias, e sempre o agradeci por isso, tantas vezes que eu pude!
Logo depois, deu uma de Don Juan, conquistando nossa irmã "Lilica", na verdade, Elinalva, como ele fazia questão de chamá-la. De lá pra cá, JÁ, como ela o apelidou, nos apresentou a tantos amigos queridos e nos mostrou vários cantos e encantos da Bahia que nunca nem sabíamos que existia! Era ele quem liderava a bagunça!
Bocudo, escrachado, um verdadeiro “coronel” ou "cacique" ou o "Marques do Placa Ford"...Oh "Fio" é tanta história pra contar...
Mas tenho certeza que foi, para todos, um verdadeiro AMIGO! Hoje me tomei pelas palavras de França Teixeira. Quando o encontrei, após o falecimento de meu pai, ele perguntou: “Como vai sua mãe?”
Eu disse que ela estava bem, superando o ocorrido....
Ele esbravejou: “ A morte de seu pai é insuperável!”
A perda das pessoas queridas nos traz esse sentimento. A dor hoje é imensa. Eu sei que vamos continuar nossas vidas, que vamos seguir em frente, mas, aqui pra nós, sem Já vai ser bem sem graça, sem gritaria, sem confusão...
E se o cartão de alguém for negado na hora de pagar a conta, quem vai gritar “NÃO PASSOU! NÃO PASSOU”? Seguido daquela gargalhada peculiar!
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É muito triste a ida precoce de JÁ, uma pessoa tão cheia de vida e energia, cheia de planos e projetos, e tão querida por todos!
Porém, lamento mais ainda por quem não “passou na peneira” e não pôde conviver de perto com esse touro forte e destemido chamado Eujácio! A eles, só tenho a dizer, como o próprio diria: SORRY PERIPHERY!!!
Eunice Lynch, ou, simplesmente, Senhora Lynch (como ele me apelidou)