Esportes
Zé de Jesus Barrêto
14/02/2010 às  08:00

CARNAVAL E FUTEBOL: DUAS ARTES DO POVO

Jogadores brincam Carnaval de olho no campeonato baiano


 

Foto: Roberto Viana
Jogadores do Bahia e Vitória liberados para o Carnaval neste domingo sem bola
 
Carnaval e futebol combinam?

Teve jogo de bola sábado e tem também domingo pelo campeonato paulista. Mas carnaval de paulista é outra coisa. Nada tem a ver com a folia de rua, a gandaia da Bahia. No Rio tem jogo na quarta-feira de cinzas e muito craque de bola desfila nas escolas de samba ou ficam espiando e bebericando nos camarotes. O Rio é o Rio.


Aqui, boleiro que é visto na rua durante o carnaval cai na língua do torcedor, tem seu nome criticado nos microfones esportivos e, dependendo da situação do time na tabela, o bicho pode pegar pra ele.


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Os jogadores do Bahia e do Vitória ganharam folga no domingo da folia.

Aliás, os atletas tricolores estão liberados desde a sexta, na prega, e só se apresentam na segunda. Ganharam essa folga, dizem, em função do resultado de 2 x 0 no meio da semana, eliminando o Vitória do Espírito Santo pela Copa do Brasil.


O treinado Renato Gaúcho nem voltou com a turma pra Salvador, foi direto para o Rio de Janeiro, sua praia, e so retorna segunda à tarde. Deve estar muito satisfeito com a bolinha de gude que o time tricolor está jogando em campo.


O time joga na quinta, em Feira de Santana, contra o Bahia de Feira, o mesmo que lhe enfiou 5 x 2 em pleno Pituaçu, na quinta rodada do baianão. Uma vergonha! Será que vence o tinhoso homônimo feirense na casa do adversário¿


O gramado do Jóia da Princesa, onde acontecerá o jogo, também está ruim, duro, castigado, dificultando o toque de primeira.


O time em campo mostrou algum progresso nos três últimos jogos, mas nada que encha os olhos do torcedor, já amargurado com tanto sofrer, ano pós ano.

As esperanças estão nos pés de Edílson (40 anos), Rodriguinho e Alison, o zagueiro que voltou a jogar depois de quase um ano recuperando-se de uma lesão grave no joelho.


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O rubronegro, campeão baiano e líder absoluto e isolado do campeonato, deu folga apenas no domingo e já pega pesado na segunda, de olho no jogo de quinta contra o Fluminense de Feira, no Barradão.


Pela quinta rodada, Flu e Vitória empataram, no Jóia da Princesa (Feira de Santana)

por 2 x 2. O Flu chegou a estar vencendo por 2 x 0. É jogo duro e bom de se ver.


Dia 24, o rubronegro viaja a Alagoas e estréia em Maceió contra o Coríntians, vice campeão estadual alagoano, pela Copa do Brasil.


Na sequencia, dia 28, um domingo, é o segundo clássico BA x Vi, em Pituaçu. Casa cheia e um rival ávido por vingança, já que levou 2 x 0 pela terceira rodada do baianão.


O rubronegro é mais time, o plantel é mais entrosado e melhor qualificado individualmente. Mas não pode dar mole, porque clássico é clássico e o tricolor vem mordido, querendo dar o troco.


O pós-carnaval promete, portanto.


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Uma observação.


Quem assiste (acompanha) os treinamentos  na Toca do Leão e também em Itinga logo percebem porque o Vitória está na primeira divisão e o Bahia na segunda.

O ritmo é diferente. A diferença técnica e os cuidados no aprimoramento táticos são visíveis.

No rubronegro, muito técnico-tático. No tricolor, haja coletivo, baba.


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A gente vê pela tevê os jogos do campeonato paulista e fica com inveja dos gramados do interior de SP.  São tapetes. A bola rola e não a domina quem não sabe.

Aqui, os gramados estão em estado lastimáveis. De Pituaçu ao Jóia, de Senhor do Bonfim, Ilhéus e Madre de Deus. Um horror. Os atletas brigar com a bola, que quica nervosa e engana.

Até nisso o nosso futebol é inferior.


Com a palavra o presidente da FBF, o brilhantinado Ednaldo. 

Bobô, que foi um craque em campo, devia ter vergonha do gramado de Pituaçu, que é um atentado ao atleta.


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De olho numa vaga no escrete de Dunga para a Copa do Mundo na África do Sul, em junho, o dentuço Ronaldinho Gaúcho voltou a jogar bem pelo Milan da Itália. Mas Dunga não tá nem aí pra ele, porque se em campo o craque vem dando trato na bola, fora de campo continua aprontando, com farras e mulheres. Dunga não quer arriscar, que seus atletas focados na seleção apenas. O treinador prefere o crente Kaká, seu garoto certinho. Aposta em operários. De talentoso, pra ele, basta Robinho.


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Por falar em Copa e escrete, o que vem jogando o meia Hernanes, do São Paulo, é um assombro. Marca, dribla, chuta, passa... cracaço de bola.  Mas Dunga prefere Júlio Batista, Elano...   que fazer¿  Felipão, que foi campeão do mundo, acha que Dunga está certo, tem o grupo na mão e sob controle.

Se vencer a copa, tudo bem. Se perder, Felipão assume o lugar para 2014, a Copa do Mundo brasileira.


No mundo da bola tudo depende dos resultados. E bola é fêmea, caprichosa, imprevisível.


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