Esportes
Zé de Jesus Barrêto
02/08/2021 às  09:50

BAHIA CASTIGADO NO FINAL DO JOGO CONTRA SPORT 0X1

Goleiro do Bahia falha além do time desperdiçar a chance de golear o Sport


    Cinco jogos sem vencer e sem fazer gols. Ainda por cima, levou um gol no final, depois de perder várias chances e numa única investida do adversário, em contragolpe. Mais uma vez, aquela máxima: “quem não faz, leva”. 


 O primeiro tempo foi bem equilibrado, tanto nas ações de meio campo como nas chances criadas lado a lado. Na segunda etapa o Bahia jogou inteiro na frente, dominou, apertou, perdeu chances de golear seguidas, algumas incríveis, e foi surpreendido, castigado num contra-ataque em velocidade do Sport (1 x 0), a defensiva toda escancarada. 

 É assim o futebol !  Hora de repensar, fazer mudanças, sacudir, caprichar, ou ...   Vamos brigar mesmo, no final, é pra não cair. 
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  Com o resultado, o Tricolor parou nos 17 pontos, caiu mais na tabela de classificação - dorme em 10º e pode cair mais com o decorrer da rodada. O Sport foi para 14 pontos e chegou ao 15º lugar. É uma equipe que vence mais fora de casa do que na Ilha do Retiro, sabe jogar atrás, aproveitando-se do erro do inimigo para matar o jogo. 
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 Pituaçu 

 Boca de noite de sábado invernoso, frio. Gramado castigado pelas chuvas e jogos mas bem vistoso, cuidado.

 Valendo pela 14ª rodada. O Bahia em campo com 17 pontos ganhos, em 9º lugar; o Sport com 11, em 17º. O Tricolor vinha de quatro derrotas seguidas, muitos gols tomados, e o Sport, com uma equipe bem reformulada, almejando sair da zona de degola. Clássico nordestino, rivalidade histórica, vencer ou vencer. 

 O Tricolor com sua beca branca, calções azuis, e o Leão da Ilha com sua tradicional camiseta rubro-negra.  

 Com bola rolando ... 

 - A despeito de o Sport vir com a proposta de marcar alto, na saída de bola defensiva baiana, logo aos 22 segundos, a jogada ofensiva mais manjada do Bahia, com Nino infiltrado pela direita cruzando na cabeça de Gilberto; a testada passou por cima. Aos 3’, após uma bola mal resolvida pela defesa pernambucana, Gilberto pegou a sobre, de primeira, de novo por cima do travessão. Aos 8’, André pegou uma sobra dentro da área adversária, de frente, e bateu de direita acertando a rede, por fora. Susto! 

 - A partida começou corrida e ofensiva, as duas equipes precisando vencer. Aos 11’, bom chute de longe, meia altura, de Zé Wélison, obrigando a espalmada de Danilo Fernandes, saltando pro seu canto esquerdo. Equilíbrio nas ações de meio campo e de oportunidades nos primeiros vinte minutos.  O Sport tramava mais pelo meio, o Bahia avançava mais pela direita. Aos 21’, Daniel desperdiçou boa chance, batendo de frente, já dentro da área, outra vez cobrindo o travessão de Maílson. 

Aos 29’, Jonas sentiu, entrou Galdezani. Mocelin, aos 30’, aproveitou-se da marcação frouxa e bateu firme, da entrada da área, acertou o poste. O Tricolor chega mas finaliza pouco e mal, o Sport é mais objetivo.  Aos 43’, após chute errado de Patrick, Gilberto perdeu o gol de dentro da pequena área, ele e o goleiro. Aos 44’, Rodriguinho bateu de fora, Mailson segurou firme.  Aos 45’, Danielzinho, entou outra de longe, nas mãos de Mailson. 
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  Um primeiro tempo muito igual. O Sport teve bons momentos, meteu uma na trave,  mas o Bahia terminou bem mais agudo, pressionando na área pernambucana, desperdiçando algumas chances de abrir o marcador. Arbitragem insegura, invertendo faltas e deixando-se envolver pelos atletas mais manhosos.
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  Nenhuma mudança dos treinadores no intervalo. O Tricolor voltou com mais posse de bola, tomando as iniciativas. O Leão pernambucano na moita, apostando no erro do inimigo para golpear. Aos 7’, Rossi perdeu uma chance incrível, a bola arriando na frente da pequena área, numa cabeçada de Luis Otávio; o atacante pegou muito mal na bola, displicente, de chapa, pra fora.

 Até os 10’, o Tricolor encurralando o Leão. Daí, o treinador Louzer mexeu. Pôs três zagueiros (Juba em campo), liberando os alas e povoando o meio campo, tentando reequilibrar. 

Aos 12’, Gilberto fez a parede e Galdezani chutou, desviando na zaga. Na cobrança do escanteio, Conti perdeu chance incrível de dentro da pequena área, tocando por cima, livre. Aos 15’, foi a vez de Matheus Bahia errar outra finalização de dentro da área inimiga. Aos 17’, cabeçada de Patrick, assustando Mailson. O Leão só se defendia, acuado.

 E a chuva fria caiu forte em Pituaçu. Mais dois novos no Sport, na frente: Michael e Trellez; Sairam André e Everaldo.  Já que o Tricolor não mostrava competência pra fazer o gol, o Sport tentava voltar pro jogo, surpreender na velocidade, com a defesa baiana avançada. Aos 26’, bola sobrando na área, pela esquerda, Rossi tentou um voleio de primeira, pegou mal.

  Aos 28’, Dado lançou Maicon Douglas, saiu Patrick. Em tese, tentava algo mais ofensivo pelo lado esquerdo. O Sport já travando o ritmo com faltas, gastando tempo, ensebando, suportando. O Bahia em cima, sem achar espaço para penetrar, finalizar.  O gol não sai. Dado lançou mão de Ruiz e Ronaldo, nos lugares de Rossi e Rodriguinho, já aos 40’. 

 E o pior aconteceu. Numa das únicas investidas do Leão ... 

 - Gol ! Sport 1 x 0, aos 43’, Michael.  Um contragolpe pela direita, a defesa desarrumada pela esquerda, Mocelin enfiou para Rayner, o cruzamento da direita saiu certeiro para entrada de Michael em velocidade na pequena área; a testada firme, de cara, bola por baixo, entre as pernas do goleiro Danilo.

 A estratégia do treinador pernambucano deu certo. Quando o adversário distraiu... o Leão golpeou. Cruel !
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Destaques

 Danilo não me parece um goleiro de sorte. Quase não trabalhou mas levou um gol por entre as pernas no final. Nino não está no seu melhor, Matheus Bahia não cresce, não aparece e os lances fatais sempre acontecem de seu lado. Patrick caiu muito, Danilinho é uma gracinha. Rossi anda muito mascarado e Rodriguinho em má fase.

 Dado Cavalcanti balança. A equipe marca frouxo no meio campo, abre-se aos contragolpes, ataca com pouca gente na área inimiga e abusa de perder gols. Ele demora de mexer, substituir aos 40’, de que adianta? Fazer o quê?
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Escalações 

- O Bahia do treinador Dado Cavalcanti: Danilo Fernandes, Nino, Conti, Luis Otávio e Matheus Bahia; Patrick (Maicon DOyglas), Daniel e Jonas (Galdezani); Rossi (Ruiz), Gilberto e Rodriguinho (Ronaldo). 
- O Sport do Recife: Mailson, Hayner, Rafael Thiere, Sabino e Chico; Ze Wélison, Ronaldo, Paulinho Mocelin e Thiago Lopes; André e Everaldo.  Treinador, Umberto Louzer.

  - Arbitragem: Trio de Goiás, com VAR. o jovem Jefferson Ferreira Moraes no apito. 
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- No meio da semana o Tricolor se bate novamente com o Atlético, o Galo Mineiro, no segundo confronto, decisivo, pela Copa do Brasil. No primeiro, em BH, deu Galo 2 x 0. Daí, para seguir vivo e passar para as semifinais o Tricolor precisa vencer; dois gols de diferença e a decisão vai para a cobrança de pênaltis. O jogo será no Joia da Princesa, em Feira de Santana.  Outra porrada?  

 - Pela rodada 15 do Brasileirão, Série A, o Bahia atua no sábado, às 21 h, na Arena Pantanal, contra o Cuiabá. Nada fácil. 
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Outros jogos da rodada 14:

- São Paulo 0 x 0 Palmeiras; Internacional 0 x 0 Cuiabá; RB Bragantino 1 x 0 Grêmio;
  Corínthians 1 x 3 Flamengo; AtléticoMG 2 x 0 AthléticoPR; Chapecoense 0 x 1 Santos; 
   A rodada segue com Ceará x Fortaleza, Atlético GO x América MG, e o Fluminense contra o Juventude. 
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 Ave Rebeca !
 O mês começou a gosto. Salve nossa estrela dourada e prateada Rebeca Andrade, ginasta, bela, brilhando em Tóquio. 
 Que já não comecem a usá-la como “bandeira de luta”.  Xô, urubus. 


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