Um Vitória renovado e cheio de vontade venceu com competência e aplicação o rival Bahia por 1 x 0, quebrando um tabu de quase quatro anos no Barradão. Um triunfo merecido da meninada que disputou o jogo em cada canto do campo, correndo, acreditando, brigando... contra um adversário apático, sem inspiração, sem garra, que só foi correr um pouco depois que levou o gol. Era tarde. Clássico se ganha com raça e determinação.
Com inteligência, Rodrigo soube explorar a velocidade nas costas do lento miolo de zaga tricolor, apertou a saída de bola, apostou no erro do inimigo, fez o gol e soube administrar o nervosismo do rival, já no desespero em busca do empate que não veio.
Com o resultado, o Rubro-Negro baiano cola na liderança de seu grupo com o Fortaleza. E o Bahia cai para a quarta posição no grupo dele.
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- Um ano depois, Vitória e Bahia se enfrentaram na tarde de verão de sábado (13), no Barradão, clássico válido pela terceira rodada da Copa do Nordeste, sem ninguém pra ver nas arquibancadas. Estranho.
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Com a bola rolando
O Leão começou com apetite, marcando na frente e alçando bolas na pequena área tricolor, a defensiva rival sempre confusa, batendo cabeça. A resposta veio, no mesmo padrão: aos 5’, após cobrança de falta da direita, cabeçada de Juninho para defesa de Lucas Arcanjo. Com menos de 10 minutos, os dois cabeça-de-área (Patrick e Gabriel Bispo) já ‘premiados’ com cartões amarelos.
Aos 28’, parada para reidratação. Até então, o Leão mostrava mais iniciativa. O Tricolor postava-se mais cauteloso, sem fibra. Muita marcação, lá e cá, e pouca criação.
Aos 34’, o primeiro e melhor lance de gol: Douglas bateu roupa num chute de longe de Gabriel Bispo, Samuel dividiu com o goleiro e Patrick salvou tirando o rebote dos pés de Santiago. O Leão era melhor, explorando as costas da zaga lenta e desatenta do Bahia.
Uma primeira etapa sem grandes emoções, muito respeito de parte a parte. O Rubro-Negro mostrou mais vontade; Vico e David deram algum trabalho. No Bahia, J. Pedro, Rodriguinho e Gilberto sumidos. O placar sem gols retratou o panorama do jogo.
Segunda etapa com o gramado já sombreado. O mesmo ritmo. O Bahia com dificuldades na saída de bola defensiva, como sempre. Lenta e com muitos passes errados, pouca objetividade. O Leão marcando alto, dificultando, provocando os êrros e explorando a velocidade nas costas da defensiva inimiga, achando espaços para chegar, finalizar.
Aos 10’, após cobrança de escanteio (Rodriguinho) da direita, a defesa rubro-negra vacilou e Rossi tentou de voleio, assustando. Aos 11’, Samuel invadiu nas costas de Lucas Fonseca, Capixaba salvou. Depois, Santiago enfiou outra para David, pelo meio, Patrick salvou. Um Bahia apático.
- Gol ! 1 x 0 Vitória. Saíde de bola errada, marcação frouxa na frente da zaga, Lucas Fonseca não deu o bote, recuou, e Samuel pegou forte da meia lua, de canhota, acertando o canto, aos 14’. Douglas mal colocado pulou tarde.
Justo. Só o Vitória jogou no começo da segunda etapa.
Substituições: No Leão, Catatau no lugar de Santiago. No Bahia, Daniel no de J Pedro. Depois, saiu Novaes, entrou Thiago. No Leão, saiu Samuel entrou Wesley.
Aos 18’, a primeira chegada do Tricolor; Rodriguinho testando na linha da pequena área, pra fora. Será que o sonolento Tricolor acordaria?
Com o gol, o Vitória fechou-se atrás, como gosta, marcando duro e armando o bote rápido. Aos 26’, cara a cara, livre, Gilberto testou pra fora uma bola alçada na conta por Rodriguinho. Agora, o Bahia aperta e o Leão suporta, mastiga, gasta o tempo, abusa do cai-cai, quebra o ritmo do adversário. Nos contragolpes, a meninada da casa dá calor, na correria, na raça e na manha.
Placar mantido, muito comemorado pela garotada. Jogadores do rival vencidos, cabisbaixos... e a torcida indignada, nem tanto pelo resultado, mas pela arrogância e o futebol pobre, sem alma.
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Destaques
Rodrigo Chagas deu banho em Dado Cavalcanti, ambos estreantes em Ba x Vis profissionais como treinadores. Fez melhor leitura do jogo, soube explorar os erros do inimigo e motivou melhor seus atletas.
Vico, David, Santiago e Samuel pela correria e dedicação. Todos pela disciplina tática.
No Bahia, os mesmos problemas defensivos, goleiro e miolo de zaga. Atuações apagadas de J Pedro, Rodriguinho, Rossi e, sobretudo, Gilberto... fugindo da área, chegando tarde, sem disputar a bola.
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Escalações
O Vitória comandado por Rodrigo Chagas:
- Lucas Arcanjo, Van (Cedric), João Victor, Wallace e Pedrinho; Gabriel Bispo, J. Pedro (Rend) e Santiago (Catatau); Vico, Samuel (Wesley) e David.
O Bahia de Dado Cavalcanti :
- Douglas, Nino, Lucas Fonseca, Juninho e Capixaba (Matheus Bahia); Patrick, João Pedro (Marco Antonio), Rodriguinho; Rossi (Alesson), Gilberto, e Gabriel Novaes (Thiago).
Arbitragem paraibana, Wagner Reway no apito. Sem grandes problemas, jogo limpo.
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Na próxima quarta-feira tem outro Ba Vi; dessa vez pelo Campeonato Baiano, em Pituaçu. O Tricolor deve atuar com o time de transição, ora sob o comando de Claudinho, o Cláudio Prates. Outro jogo, outra leitura, mas sempre um clássico. O Leão quer mais.
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O Bahia anunciou, esta semana, a contratação de um goleiro (Denis Jr, 22 anos, 1m90, revelado pelo São Paulo), o zagueiro argentino Conti (26 anos, emprestado pelo Benfica de Portugal), mais o apoiador Jonas, 29 anos, que estava jogando no futebol árabe. Acertou também a contratação por empréstimo do avante artilheiro Fabrício, 20 anos, base do Palmeiras, para a equipe de transição. Em andamento também a negociação com o apoiador Galdezani. Já a novela Rend, com Vitória e Jacuipense, continua.
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O Vitória, além de Valter, anunciou o zagueiro Marcelo (do Madureira, que atuou pelo Vasco) e o avante Wesley, que jogou o clássico (desconhecido, com processo na Justiça por agressão a uma mulher). Chegaram também, já integrado ao plantel rubro-negro o lateral direito Raul Prata (ex Spor) e o lateral esquerdo Roberto. Reforços para a Série B, o principal objetivo do Leão este ano, subir.
E o Baianão na mira.
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