Empate de rubro-negros e apito surdo no Barradão

     Com uma arbitragem mato-grossense infame, o Leão, mesmo com um atleta a mais em campo desde os 10 minutos do primeiro tempo, não teve competência para vencer o Mengão dentro da Toca na estreia / primeira rodada do Brasileirão 2018.  Dois pontos perdidos em casa, sem dúvida.

     A partida foi marcada por lambanças do árbitro Wagner Reway, um trapalhão soprador de apito. Errou, influiu no marcador, e foi envolvido pelos jogadores em campo todo tempo, inverteu faltas e cartões, não puniu assimulações, foi acuado no intervalo por jogadores e dirigentes e não teve pulso, autoridade para controlar as situações criadas. Desagradou baianos e cariocas.

    A equipe de Mancini, com superioridade numérica, teve mais a bola, acuou o adversário na segunda etapa mas criou poucas situações de gol, penetrou raras vezes, conseguiu um gol de empate alçando bolas na área adversária, avelha e batida tática de Mancini.

  Um empate, enfim, com gostinho amargo.      

 **

   -  O Grêmio de Renato Gaúcho, atual campeão das Américas, começou bem, vencendo o Cruzeiro (1 x 0), no Mineirão /BH.  

  **

   Cadê a torcida?

   Vitória 2  x 2 Flamengo, Barradão com cerca de 12 mil pessoas nas arquibancadas, público fraco para a dimensão do jogo, numa outonal boca de noite de sábado, rodada de abertura do Brasileirão/Campeonato Brasileiro 2018, Série A.  A equipe baiana numa sequência de três derrotas, sob pressão do torcedor.  

   *

    Equipes em campo:

    Vitória – Caíque, Rodrigo (Jefferson, estreante), Kanu, Ramon e Botelho (Juninho); Uillian, Wiliam Farias, Yago e Alexander Baumjoham(Guilherme Costa) ; Denílson e Rhayner.  Técnico, Mancini.

    Flamengo – Diego Alves, Rodinei, Rever, Juan e Renê; Cuellar, Diego, Lucas Paquetá (Geovânio) e Éverton Ribeiro (expulso aos 10minutos); Vinícius Jr e Henrique Dourado (William Arão). Técnico, Maurício Barbieri.

  Soprador de apito, Wagner Reway, trio do Mato Grosso.

 

*

  Bola rolando

  Mal a bola rolou ...

- Gol ! 1 x 0 Flamengo, aos 16 segundos. O Vitória deu a saída e vacilou, logo perdeu a bola. Vinícius Jr enfiou  e Lucas Paquetá recebeu em profundidade, a defesa ainda cochilando ... O garoto do Flamengo bateu rasteiro na saída de Caíque.  O gol mais rápido do ano.

  E o Leão foi pra cima. Numa blitze, com defesa do goleiro, bate-rebate e bola na trave, a pelota chutada bateu na cara do meia Everton Ribeiro em cima da linha e o árbitro viu e deu pênalti (na tevê, claramente a bola foi no rosto do atleta carioca) ; e mais, expulsou o jogador Everton Ribeiro do Flamengo. Dez minutos  de jogo.  

- Gol ! 1 x 1 , Yago bateu forte, alto e empatou (13minutos).

 O treinador do Flamengo tirou o centroavante Henrique Dourado e colocou o apoiador William Arão. Opção defensiva, clara. Mas foi o Flamengo que quase marcou aos 23’ em boa arrancada e chute de Paquetá que Caíque tirou com a ponta dos dedos no rodapé.

  O Vitória trocou passes, tentou mas não chutou, não molestou o arco de Diego Alves.

  No intervalo, na entrada dos vestiários, muita pressão sobre o trio de  arbitragem, a delegação carioca reclamando da penalidade marcada,da expulsão e de uma discutível penalidade sobre Rodinei, não marcada.

*

 O time baiano voltou da merenda com vontade e a obrigação de definir a partida. Criou boa chance em boa jogada individual de Uílian, dentro da área carioca; ele girou e bateu certeiro para ótima defesa do goleiro. O Flamengo responde num contragolpe com Vinícius Jr que recebeu passe de Paquetá e, de cara com Caíque, bateu por cima.

  - Gol ! 2 x 1 Flamengo, Rever , de cabeça.  Mesmo acuado na defesa, foi o Mengão que marcou. Bola alçada, Arão impedido testou, Geovânio cruzou da esquerda e Rever antecipou-se à zaga, estática, testando livre na pequena área.

 No desespero, bolas alçadas !  E numa delas, o veterano Juan não subiu e ...

 - Gol ! 2 x 2 , Denílson, aos 31’, testando forte, no canto, o cruzamento de  Rhayner, empatando.      

   Pressão total nosminutos finais, os jogadores do Flamengo sem pernas, mas nada aconteceu.

  *

  Destaques

  Caíque bem, Uilian e Yago os melhores no meio, e a correria de Rhayner e Denílson.

  No Flamengo, Paquetá, enquanto teve pernas.

 

 *

  Neste domingo à tarde o Bahia estreia contra o Internacional, em Porto Alegre.

*

    CURIOSIDADES:

  - O Brasileirão 2018 tem 20 clubes. Quatro do Nordeste: Bahia, Vitória, Ceará e Sport do Recife.

  - É jogado e decidido por pontos corridos; todos enfrentam todos, em jogos de ida (turno) e volta (returno), em 38 rodadas.

  - Como este ano teremos a Copa do Mundo de Futebol, na Rússia, a competição vai ter uma parada de um mês / meados de junho a meados de julho.

  - O atual campeão é o Corínthians (SP), um dos favoritos ao lado de Palmeiras, Grêmio, Flamengo, Cruzeiro ...  equipes com plantel mais caro e folhas de pagamento mais altas.

  - O Palmeiras é a equipe que mais conquistou o título de Campeão Brasileiro, nove vezes. O Santos vem em segundo, com oito troféus. O Bahia tem dois títulos: o dia 1959 (Primeira Taça Brasil) e o de 1988.  No Nordeste, além do Bahia, só o Sport, campeão em 1987.

  - Os cinco atletas que mais fizeram gols no Campeonato Brasileiro foram Roberto Dinamite, centroavante do Vasco na década de 1970, maior artilheiro com 190 gols.  Romário fez 154, Edmundo 153, Fred 140  e Zico 135 gols. Desses, só Fred ainda está na ativa, pelo Cruzeiro de  Minas, atualmente lesionado no joelho, fora de combate.

  - Nas 61 edições da disputa, o torneio teve vários nomes. Começou como Taça Brasil (de 1959 a 1968); de 1967 a 1970 chamou-se Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão -  como se vê, em 67  e 68 tivemos a Taça Brasil e o Robertão, duas competições valendo o título nacional. De 1970 até os dias de hoje chama-se Campeonato Brasileiro, o tal Brasileirão, em vários formatos e com variável quantidade de times em disputa, a depender dos interesses.

 - Em 1979, por exemplo, 94  equipes participaram da competição, que muito serviu a propósitos políticos, desde os tempos do Regime Militar.  Houve um tempo que se dizia: “Onde a Arena vai mal, um clube no Nacional”. A Arena era o partido do Poder, dos que mandavam no país.

  Ê Brasil !