No domingo, dia da Bandeira, pela antepenúltima rodada do Brasileirão 2017, as duas equipes baianas não foram bem. Em Recife, jogando sem inspiração, bem aquém do que pode, o Bahia levou 1 x 0 do Sport, o Leão da Ilha, num joguinho duro de apreciar.
No Barradão, jogando mal, dominado a maior parte do tempo, o Vitória até abriu o marcador, mas não foi além de um empate, 1 x 1, com o Cruzeiro de Minas Gerais, para desespero do torcedor. De quebra, o Bahia deu mole em Recife, perdeu lá e o Leão da Ilha encostou na briga com o Leão da Barra para não cair na degola e voltar para a segundona.
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Com esses resultados, o Bahia continua com 49 pontos na tabela de classificação e vê um pouco mais distante o sonho de ir a uma Libertadores de América em 2018. Ainda tem dois jogos a fazer, um em casa e o derradeiro fora. Se vencer as duas, chegaria a 55 pontos e ... quem sabe?
O Vitória está com 40 pontos, em 16º lugar, um apenas a mais do que o Sport e Ponte Preta, que ainda não jogou na rodada, enfrenta o Fluminense, segunda feira; se vencer, o Vitória vai pra zona. O bicho está pegando, muita pressão.
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Leão sem forças na Toca
Um Barradão com público apenas razoável, pouco mais de 13 mil pagantes. Logo que a bola rolou, o rubro-negro foi pra cima, ao ataque, pondo velocidade, pois era vencer ou vencer. A equipe mineira, na manha, tentando quebrar o ritmo, ter mais posse de bola. Poucos lances de área. Aos 17’, após jogada de Tréllez na área adversária, Romero infantilmente meteu a mão na bola e o árbitro assinalou a penalidade.
- Gol ! 1 x 0 Vitória, David, de pênalti. Bateu forte, alto, no canto, sem defesa.
Os mineiros então saíram mais para o jogo, tentando descontar. Os azuis meteram uma bola na trave de F. Miguel por volta dos 30, e outra na trave e dentro, no chão, quatro minutos depois. Os cruzeirenses reclamaram, a tevê mostrou que foi gol, mas a arbitragem comeu mosca. Assim, não saiu o empate. Os mineiros buscaram o empate até o apito final.
Os mineiros jogaram bem mais, porém o Vitória fez. O rubro-negro falhou defensivamente, marcando mal, errando passes, mas achou o gol. Os visitantes choraram o gol não marcado.
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Na segunda etapa, o Vitória veio fechadinho, como gosta, dando a bola pros mineiros, querendo o contra-ataque, o bote na velocidade. Mas não encaixava, só o time azul jogava. Mancini tirou o meia Yago e colocou o centroavante André Lima, o torcedor cobrando. Saiu Filipe Souto, volante, entrou Ramon, mais zagueiro.
Por volta dos 27’, num dos raros momentos de ataque rubro-negro, David entrou livre, tentou cobrir o goleiro e errou, perdendo a chance. Daí, o time azul dominando e ...
- Gol! 1x 1 , Cruzeiro, empatando aos 31’, Álisson, de cabeça, colhendo com estilo um cruzamento da esquerda a meia altura.
Já no desespero, por volta dos 40’, Tréllez teve boa chance, mas Fábio espalmou. Depois, André Lima testou, perto. E foi só. Não foi uma tarde feliz.
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Tricolor apático
Na Ilha do Retiro, tarde domingueira de céu limpo, calor no Recife. Tinha torcedor do Sport jogando sal grosso nas arquibancadas, querendo exorcismar a má sorte. Valeu.
Um começo de partida bem cadenciado, as duas equipes tentando por a bola no chão, respeito de parte a parte, muita disputa no meio campo e erros de passe de lado a lado. Jogo morno.
A primeira melhor chance aconteceu aos 23’, numa bola mascada pela defesa tricolor que sobrou para Diego Souza; já na grande área, o avante da seleção tentou colocar e errou o alvo. A equipe da casa, foi ficando mais assentada, chegando mais. O Tricolor sem conseguir encaixar o contragolpe. Aos 36’, saiu Juninho, sentindo dores na perna, entrou Vinícius.
- Gol ! Sport, 38 minutos, Marquinhos. Marcação frouxa, Vinícius ainda sem entrar na fita, Diego tocou, André escorou e Marquinhos, livre, bateu fraco, mas colocado. A bola bateu na trave e entrou.
O time baiano procurou correr mais um pouco. Aos 43’, após bola cruzada da esquerda, Edigar Junio foi derrubado e os tricolores reclamaram de um pênalti, que o árbitro ignorou. Sò.
Jogo fraco, o Sport mais ligado, aproveitando-se da marcação sem pegada dos baianos na frente de sua área. Um tricolor bem diferente, desligadão, bem abaixo do que vinha apresentando nos jogos anteriores, criando quase nada.
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O Tricolor voltou dos vestiários com Régis no lugar de Allione, que não jogou nada nos 45’ iniciais. O time baiano decidiu correr um pouco mais e o jogo ganhou um novo ritmo, no começo da segunda etapa; mais aberto, mais ofensivo. O Leão pernambucano agora mais postado, marcando no próprio campo, matando as jogadas com faltas seguidas e querendo o contragolpe para definir.
Aos 12 minutos, Zé Rafael foi derrubado perto da área pernambucana; o goleiro Jean bateu com classe, Magrão só olhou e a pelota acertou o travessão. Quase! Foi a melhor chance baiana.
Aos 26’,Carpegiani tirou o meia Ze Rafael, pouco inspirado e pos o avante Hernane que nem tocou na bola. Do outro lado, saíram Mena e entrou Ritcheli; Marquinhos deu lugar a Rogério. Aos 35’, depois da cobrança de falta, Jean fez duas defesas, evitando gol pernambucano. No escanteio, cabeçada de Ritchely, a queima-roupa, e deu Jean no reflexo.
As substituições no Bahia não surtiram efeito. A equipe perdeu o meio campo e o Sport pressionou, querendo ampliar e definir. O tricolor sem um mínimo de inspiração e sem pernas.
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Salvaram-se Jean e o lateral Capixaba. No mais, a equipe não jogou bem coletivamente e alguns destaques como Edigar, Zé Rafael, Allione e Mendoza não atuaram bem. Renê Jr fez muita falta.
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Próximos jogos
- Pela penúltima rodada, no próximo domingo: Bahia x Chapecoense, 18 hs, na Fonte Nova;
Ponte Preta x Vitória, 16 hs, em Campinas (SP)
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Outras partidas
Ainda pela antepenúltima rodada:
Flamengo 3 x 0 Corínthians ; São Paulo 0 x 0 Botafogo ; Atlético (GO) 1 x 1 Chapecoense;
Santos 0 x 0 Grêmio.
Jogam ainda neste domingo, à noitinha : Atlético (MG) x Coritiba ; Atlético(PR) x Vasco.
Na segunda à noite, fechando a rodada: Ponte Preta x Fluminense(RJ)
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Na Primeirona /2018
Os quatro primeiros da Série B/2017 já garantidos na Série A/Elite 2018:
América (MG), Internacional (RS), Paraná e Ceará.
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No mais, Viva o Dia da Bandeira, a nossa verde-amarela-azul e branca. Símbolo, signo da pátria.
‘Salve lindo pendão da esperança, salve símbolo da paz’ (diz o hino)