'LEÃO' leva 2x0 da 'MACACA' e segue na boca da onça

Se o Vitória só faz perder a tendência é entrar na Z-4

O ‘Leão’ rubro-negro baiano levou 2 x 0 da Ponte Preta, a ‘Macaca’, na noite de quinta e continua ali na boca da onça, a dois pontos do Z-4, a zona da degola, com os mesmos 35 pontos ganhos.

Seu próximo adversário, o Sport Recife, tem 34, está a um apenas do Internacional, o primeiro dos quatro últimos. A briga dos ‘Leões’ em Recife vai ser feroz, pois.

Macaca na lama

Moisés Lucarelli, Campinas (SP), gramado encharcado, com poças, depois daquela chuvarada paulistana. O time mais pesado e afeito a esse tipo de piso teoricamente leva vantagens. Os choques são mais frequentes e a bola fica mais ligeira, mas pode ficar presa de repente, aqui e ali, na grama empoçada. Os treinadores Eduardo Batista e Argel Fucks preocupados em buscar a melhor forma de jogar nessas condições, qualquer erro é fatal. Em função disso, talvez, o que se viu foi mais chutão, encontrão do que bola no chão.

A primeira boa chance aconteceu aos 16 minutos, quando Roger recebeu na meia lua e bateu no gol mas Ramon conseguiu desviar. Dois minutos de pois a ‘macaca’ teve um gol anulado pelo bandeira, que viu impedimento do atacante finalizador, Cleiton, a defesa rubro-negra vacilando. Os paulistas atacando mais. Aos 22’ o ataque campineiro entrou tabelando fácil pelo meio, Maicon chutando na canto para ótima intervenção de Fernando Miguel.

Um minutos depois, Diego Renan perdeu um bola tola, a Ponte fez linha de passe na linha da grande área rubro-negra, na esquerda Rahyner pedalou pra cima de Kanu e bateu seco, forte, cruzado, de canhota: 1 x 0.

Só depois do gol tomado, parece, o Vitória entrou no jogo, acendeu, foi pra cima também, na raça, o toque de bola prejudicado sobretudo no meio campo. Sem o velocista Marinho, mais agudo, Argel mudou o jeito de atuar da equipe, pondo Tiago Real pelo lado direito, optando por quatro meio-campistas. Aos 36 ‘, após um chutão de Nino Paraíba, Ramos e Fernando Miguel se desentenderam, fizeram lambança e Wendel, que acompanhava o lance, entrou livre, de bola e tudo : 2 x 0. Quando o Vitória estava melhor em campo. A lameira do campo provocou o erro do goleiro/beque. Logo depois, aconteceu lance parecido do outro lado, mas o goleirão Aranha decidiu com um carrinho e chutão.

Num primeiro tempo movimentado, a ‘macaca’ foi mais esperta, aproveitou os erros do adversário e soube mais jogar no terreno encharcado. E como Marinho faz falta !

Aos 5 min o Reinaldo enfiado pelo meio chapelou o zagueiro e só não fez um golaço porque Fernando Miguel atirou-se nos pés do lateral e salvou o terceiro. Por volta dos 15, William Farias deu um pontapé em Rahyner, sem bola e por trás, gerou uma pequena confusão e o árbitro, pusilânime, distribuiu três cartões amarelos, inclusive para o infrator, que teria de ser expulso pela violência da jogada. Muita valentia e pouco futebol, então. O jovem David em campo, pelo lado direito, Vander pela canhota, Argel tentando recompor o esquema de quando joga Marinho, à base da velocidade pelas beiradas do campo. Mas o relógio andando e Fernando Miguel continuou bem mais exigido do que Aranha, pouco acionado. Não deu. O Vitória cometeu erros defensivos e não conseguiu finalizar, em tempo nenhum ameaçou, esboçou uma reação.

Destaques

Mesmo falhando no segundo gol (com Ramon), o goleiro Fernando Miguel evitou um placar elástico; Marcelo e William Farias correram muito. O ataque sem inspiração.

Na Ponte, Nino Paraíba, Rahynner, Roger... bem conhecidos nossos.

Feio

Por volta dos vinte e poucos minutos, caiu por uns 5 minutos a linha transmissora da TV/Premiére, que fez o jogo, e as emissoras de rádio que locutavam jogo,pelo tubão, ficaram a encher linguiça, sem ter o que dizer ao nobre ouvinte. Todas ! Lamentável . Pobre rádio esportivo baiano, pirata, chig-ling. Dá pra sintonizar, confiar? Desisti.

O próximo compromisso do Vitória é o duelo de rubro-negros na Ilha do retiro/Recife, contra o Sport, ambos na boca do precipício. Briga de afogados.

Série B

Nesta sexta, noite alta, tem Bahia x Brasil de Pelotas na Fonte Nova, uma partida de seis pontos, valendo chegada no G – 4.

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