Esportes
Zé de Jesus Barrêto
01/05/2016 às
19:07
VITÓRIA COM mais qualidade e malicia: 2x0 no Bahia
O fato é que o Bahia, se quiser sonhar com o Tri vai ter de sair para o jogo, buscar fazer dois gols de diferença e isso parece o ideal para o Vitória,
O Vitória jogou mais, com mais qualidade e mais malícia, foi feliz e se impôs na sua Toca do Leão: venceu (2 x 0 ) o primeiro Ba x Vi decisivo do Baianão e jogará a partida da entrega da taça, domingo próximo, o Dia das Mães, na Fonte Nova com boa vantagem sobre o tradicional rival: pode empatar e até perder por um gol de diferença que se consagrará Campeão Baiano 2016, e impedirá o Tri do tricolor.
Para o artilheiro Hernane, o Brocador do Bahia, que pouco viu a bola e pouco fez em campo, faltou mais atitude da equipe em campo. O que sobrou no Vitória, então. O torcedor vermelho e preto já saiu pelas ruas comemorando, apostando em novo triunfo no que chamam de ‘casa de praia’ dos rubro-negros, a Arena Fonte Nova.
Teremos muita resenha durante a semana. O fato é que o Bahia, se quiser sonhar com o Tri vai ter de sair para o jogo, buscar fazer dois gols de diferença e isso parece o ideal para o Vitória, que tem como ponto forte os contragolpes velozes, objetivos. Vamos ter gols no domingo próximo, sem dúvida.
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Foi um tarde ensolarada de outono, domingo, dia do trabalho (ou do desemprego?), o Barradão com um belo público, as duas equipes escaladas num 4-3-3 ofensivo e uma expectativa de 90 minutos de bom futebol.
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Bola rolando
Começo de jogo com a bola queimando nos pés dos jogadores. O Bahia postou-se mais adiantado, ofensivo, e o Vitória mais postado, apostando na força do contragolpe, na velocidade, como gosta.
Pra variar, Juninho (Ba) e Marinho (Vi) foram amarelados aos 13 minutos, após entrevero, empurra-empurra bobo entre eles. Vitor Ramos recebeu também cartão amarelo aos 15’, depois de entrada dura em Hernane, no meio campo. Os rubro-negros catimbando, como é costume nos bavís.
Aos 21’, num lance isolado, a diferença, a mudança dos rumos da partida. O árbitro Daronco enxergou um pênalti de Tinga num choque com Vander, ambos disputando a bola longa cruzada na área. Diego Renan bateu bem e fez 1 x 0, aos 23’. Muita chiadeira por parte dos tricolores, contestando a marcação.
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E o tricolor foi pra cima, equilibrando a partida. Aos 30’, Juninho bateu falta e Caíque encaixou, fácil. Aos 33’ Hernane teve a chance de empatar, após bobeira defensiva, mas dominou mal e o jovem goleiro Caique chegou antes. O Bahia com mais volume de jogo, mas chutou pouco.
Aí ... por volta dos 35’ min, Vander evoluiu pela esquerda e rolou para trás; Amaral pegou de chapa, sem muita força mas colocado, um chute de longa distância, aparentemente sem maiores pretensões, porém Lomba, mal colocado, com braço de vitrola, aceitou: 2 x 0.
Aos 43’, Edigar Junio tentou o gol mas Caíque fez ótima defesa. Aos 44’, um chute de Tiago Ribeiro novamente neutralizado por Caíque. Aos 45’, Danilo Pires subiu livre após cobrança de escanteio e cabeceou pra baixo, mas perdeu: a pelota bateu no chão e cobriu o travessão.
Foi um primeiro tempo equilibrado, o tricolor teve até mais volume de jogo, mas o placar foi do adversário, 2 x 0 para o rubro-negro, uma equipe mais objetiva e competente. Só.
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Os mesmos atletas começaram o segundo tempo, mas aos 3’ Edigar sentiu a coxa e saiu; Luizinho entrou pela direita, passando Tiago Ribeiro para a esquerda. Vimos um Bahia ofensivo, arriscando tudo, explorando as laterais, e o Vitória, marcando curto e duro, perigoso no contragolpe. Assim, Marinho na velocidade ganhou de Lucas Fonseca mas chutou em cima de Lomba, aos 7’. Aos 14’, outra chance do time da casa, com Vander chutando fraco para nova defesa do goleiro tricolor. Aos 16’, Tiago Ribeiro arriscou de fora e errou por muito. Aos 19’, após uma boa trama, Hernane tentou de voleio e bateu alto.
Por volta dos 20’, saiu o apagado Juninho e entrou Gustavo Branco; pouco depois, Henrique em lugar de Tiago Ribeiro. Do outro lado, Marcelo substituiu Amaral e Alípio entrou no lugar do iluminado Vander. Os tricolores até lutaram, tentaram, mas chegaramm pouco e os rubro-negros, marcando bem, assustaram nos contragolpes rápidos, mais perto de ampliar o placar do que tomar o gol, tendo o jogo e os nervos sob controle. O Vitória cozinhou o resto da partida em banho maria. Os tricolores foram perdendo a força, o poder de reverter o placar, aos poucos entregando os pontos.
Aos 38’, Moisés teve a chance de diminuir, livre na área, mas ao invés de finalizar... cruzou e a defensiva rival isolou. Aos 44’ Kieza completou de voleio um cruzamento largo mas Lomba fez bela defesa. Foi só.
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Superioridade rubro-negra em todos os sentidos: fisicamente, ganhando mais as divididas e os rebotes, os lances em velocidade; taticamente, com malícia, postura e objetividade; e também foi superior emocionalmente, os nervos controlados, mais vontade; e até fisicamente, correndo com intensidade até o apito final, enquanto os tricolores, entregues, se arrastavam sem acompanhar o ritmo.
Dizer mais o quê?
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Destaques:
Bom jogo da defensiva rubro-negra comandada pelo jovem goleiro Caíque, que não toma gols do rival tricolor. O ataque tricolor foi praticamente anulado. Amaral e William Farias ganharam o meio campo na raça, na bola, Vander participou bem dos dois tentos e Marinho, arisco e tinhoso, arrebentou pelos dois lados, o melhor em campo.
No Bahia, a luta de Feijão e Danilo Pires, apenas. Pouca inspiração dos atacantes. No mais, indolência, falta de sangue no olho, de espírito de decisão. Falta de atitude, como disseram Hernane e o próprio treinador Doriva, nos vestiários. Cadê alma?
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Domingo tem mais. É outro jogo. Outra motivação.
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Nordestão é da Coral
O Santa Cruz do Recife empatou com o Campinense (1 x 1) em Campina Grande e sagrou-se Campeão da Copa Nordeste 2016. O clube da Cobra Coral, que eliminou o Bahia, é o melhor do Nordeste, pois.
Estaduais
O Santos empatou com o Audax ( 1 x 1) em Osasco pela primeira decisiva do Paulistão; o jogo do troféu é na Vila Belmiro, com vantagem santista.
Pelo campeonato carioca, o Vasco venceu o Botafogo ( 1 x 0) e saiu na frente na decisão pelo título carioca.
Em Minas, o América enfiou 2 x 1 no Atlético (o Galo); e no Paraná o Atlético enfiou 3 x 0 no Coritiba.
No Rio Grande do Sul, o Inter Colorado fez 1 x 0 no Juventude, em Caxias, e está mais perto do título gaúcho.
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