Esportes
Zé de Jesus Barrêto
03/04/2016 às  19:38

A TRAVE SALVOU O BAHIA NA FONTE contra Fortaleza

Aos 39’, Tiago Ribeiro trabalhou bem e rolou para a chegada de Juninho que acertou um chutaço no ângulo, decretando o empate: 1 x 1. Foi a única boa jogada de Juninho, apagadão, mas decisiva.


Bafejado pela sorte – levou três bolas na trave, uma no último segundo de jogo -, mesmo jogando uma partida muito ruim e com um atleta a menos em campo desde os meados do primeiro tempo o Bahia está classificado para as semifinais do Nordestão 2016 e continua invicto na competição.  

   O tricolor baiano, diante de quase 19 mil torcedores nas arquibancadas da Fonte Nova, na tarde opaca do domingo, arrancou um sofrido empate ( 1 x 1) diante do Fortaleza  e vai enfrentar, em dois jogos de vida ou morte, o Santa Cruz de Recife, time que já encarou e venceu nesta mesma competição. O empate favoreceu o campeão baiano que havia vencido o primeiro confronto ( 2 x 1) no Ceará. 

   O outro jogo das semifinais será entre o Sport, também de Recife, e o vencedor do pega entre Campinense (PB) e Salgueiro (PE).


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   Só deu Fortaleza

   Foi uma primeira etapa totalmente favorável ao time cearense, que dominou o meio campo, meteu uma bola na trave e perdeu quatro chances de gol incríveis. Por cima, ainda beneficiou-se da expulsão do apoiador Paulo Roberto, que levou dois cartões amarelos, ainda aos 26 minutos de jogo. 

  O jogo, truncado com seguidas faltas, começou de fato aos seis minutos, quando o atrapalhado árbitro sergipano Eduardo de Santana viu uma penalidade máxima do zagueiro do Fortaleza empurrando o atacante Tiago Ribeiro na área. O mesmo Tiago bateu mal, o goleiro Ricardo Berna adiantou-se e defendeu.  Daí em diante só o Fortaleza jogou, explorando as costas do pesadão lateral esquerdo João Paulo Gomes em jogada agudas.

  Aos 11’, após Juninho perder uma jogada displicentemente no meio campo, aconteceu a primeira bola chutada contra o poste de Lomba, vencido. Aos 15’, Anselmo entrou livre de cara mas Lomba saiu bem nos pés dele, abafando o lance; no rebote, gol vazio, Éder evitou o gol. Aos 19, absolutamente livre, Juninho Cearense testou na pequena área e errou o alvo. Aos 34’, o mesmo Anselmo, livre, bateu sobre o travessão.  Com um a menos em campo, só depois dos 35’ o Bahia conseguiu acalmar um pouco e diminuir o sufoco. 

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  Logo no começo da segunda etapa, aos 3 minutos, outra bola na trave, com Lomba batido. O Bahia chegou perto também aos 8’ e 10’, com Tiago Ribeiro e J P Gomes desperdiçando chances. Aos 20’, nas costas do lateral esquerdo tricolor (agora Moisés, que entrou em lugar do apagado Luizinho), Eduardo completou na pequena área um cruzamento rasteiro abrindo o placar -  1 x 0 Fortaleza.  Aos 23 e 28’, JP Gomes e Edigar Jr perderam chances incríveis de empatar, chutando de frente e para fora.  Aos 32, Éverton bateu cruzado, rasteiro, e a bola raspou a trave de Lomba. 

   Aos 39’, Tiago Ribeiro trabalhou bem e rolou para a chegada de Juninho que acertou um chutaço no ângulo, decretando o empate: 1 x 1.  Foi a única boa jogada de Juninho, apagadão, mas decisiva. 

   Daí até o final foi sufoco, os atacantes do Fortaleza perdendo gols aos 44 e 48 minutos. O árbitro apitou pela última vez quando a bola cabeceada na pequena área bateu mais uma vez no poste de Lomba, espiando apenas.  Se a bola entrasse a partida seria decidida na cobranças de penalidades da marca do pênalti.  Ufa !

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   Destaques

   O mais regular jogador do Bahia foi Feijão, um guerreiro.  Péssimas atuações de JP Gomes, Éder, Luizinho, Juninho...    Uma equipe bem distante da que venceu o mesmo Fortaleza no meio da semana no Ceará. Na Fonte Nova, um tricolor opaco, desarrumado. A expulsão de Paulo Roberto arruinou ainda mais o conjunto em campo. 

   Pelo Fortaleza, o goleiro Berna e o meia atacante Éverton.  O time é bem arrumadinho pelo treinador Marquinhos Santos, mas falta talento.  Como perdeu gols !

   E mais a turbulenta, confusa arbitragem do sergipano Eduardo de Santana Nunes. Desagradou a todos. 

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   Maratona

   Disputando três competições ao mesmo tempo, sem refresco, tempo para treinar ou descanso, o Tricolor enfrenta no meio da semana, dia 6, na Fonte Nova, o Globo (RN), pela Copa do Brasil. No primeiro confronto, lá, deu 0 x 0, numa partida infame de se ver.

No próximo fim de semana começam as semifinais do Baianão 2016.  Com mando de campo do Fluminense de Feira - de camarote, só treinando desde a semana passada com o foco nessa decisão – jogam em Pituaçu, Fluminense x Bahia. Ninguém espere moleza. Os Touros do Sertão vão correr muito e se trata de um clássico de certa tradição no futebol baiano. 



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   Rubro-negro na espera

   O Vitória, também no refresco de 15 dias sem jogo, só se preparando, treinando, pega no próximo fim de semana o Juazeirense, pelas semifinais do Baianão, lá no norte do Estado. 

   O Campeonato Baiano é a competição do rubro-negro neste primeiro semestre. O foco total está na conquista do título e na retomada da hegemonia do futebol baiano, hoje com o Bahia atual campeão estadual e vice do Nordeste.

  A equipe rubro-negra vem pras finais bem reforçada com a entrada do vivido meia  Leandro Domingues, a volta do zagueiro Vitor Ramos, a escalação do avante Kieza, a opção de Dagoberto...   

  Se der bom encaixe, o torcedor pode acreditar numa equipe  bem competitiva, com bons jogadores em todos os setores de campo. 

  Para uns, é muito bom o descanso, 15 dias sem competir, um tempo largo de treinamento, só de preparação para a decisão. Para outros, treino é treino e jogo é jogo, o longo tempo sem disputar partidas competitivas pode resultar numa queda de produção.  Veremos em campo.


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   Deu Real na Espanha

   Na tarde de sábado, no Camp Nou, o Real Madrid venceu de virada o Barcelona por 2 x 1, com soberbas atuações de Marcelo, lateral esquerdo, e do apoiador Cassemiro, que não deixou Messi jogar.  Será que Dunga chegou a ver os dois em campo?   Ou continuará ignorando-os, convocando e escalando Filipe Luiz, Luis Gustavo, Fernandinho...  

   Com os resultados ruins e os jogos medíocres da seleção pelas Eliminatória Sul-americanas Já há uma pressão forte pela queda da dupla Dunga/Gilmar Rinaldi do comando da equipe e a substituição pelo corintiano Tite. Cá pra nós, Dunga é um atraso, um Felipão de cara ainda mais amarrada. Ninguém o suporta, nem os jogadores. 



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   Por fim, mais uma nota triste, lamentável: conflitos, com morte, feridos e detidos, entre Palmeirenses e Corintianos, fora do estádio, em São Paulo.  Até quando? 




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