Esportes
Zé de Jesus Barrêto
04/10/2015 às
13:36
VITÓRIA em estado de graça na Arena 3x1 no BAHIA
Expulsão de Kieza desequilibra jogo e Vitória soube aproveitar a oportunidade e fez 3x1
Em estado de graça, favorecido pela expulsão estúpida do principal atacante rival no final do primeiro tempo, o Vitória venceu mais um clássico (Ba 1 x 3 Vi), chegou a 52 pontos ganhos, a quatro apenas do líder Botafogo, e termina a rodada credenciado de verdade a se classificar e voltar para a primeira divisão em 2015.
Mais que isso, tirou a invencibilidade do tricolor na Fonte Nova, na competição, derrubando o grande rival para fora do G-4. Com 47 pontos, o Bahia está atrás do Santa Cruz (com 48) e do Paissandu (também com 47 pontos). Paissandu que perdeu na rodada (2 a 1) para o Atlético (GO), e é o próximo adversário do tricolor baiano, na noite de terça, em Belém do Pará, jogo de vida ou morte para ambos.
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Para o torcedor rubro-negro, rindo à toa, a oportunidade de bater no peito e repetir, provocando: ‘A Fonte Nova também é nossa. Mandamos aqui e no Barradão’. Com razão, dizer o quê ? A equipe tem se dado bem na Arena e tem vencido os últimos clássicos, lá. Sò resta dizer: ‘Pode entrar, a casa é sua’. Bom lembrar que venceu também o primeiro jogo, no Barradão.
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O Vitória venceu o clássico por soube explorar com inteligência o desequilíbrio emocional do rival, porque finalizou melhor e foi uma equipe mais assentada em campo. O Bahia até que começou bem, abriu o placar e tinha o jogo equilibrado até que ... Kieza foi expulso e o ‘mundo caiu’. Sem tranquilidade, não teve força nem talento para ao menos empatar a partida.
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Iguais até a expulsão
Uma tarde de sábado primaveril, a Fonte Nova cheia (mais de 37 mil pagantes), eletricidade pura emanando das arquibancadas.
E mal a bola rolou, já aos 20”, numa trama pela esquerda, Tiago Real cruzou do fundo e Kieza, esperto, antecipou-se na pequena área, fazendo : 1 x 0. Foi o 100º gol do tricolor na temporada.
Kieza comemorou tirando a camisa, indo para a torcida e levou cartão amarelo. Burrice, irresponsabilidade.
O clássico seguiu nervoso, brigado, faltoso, sem sequência de boas jogadas, o Vitória buscando o ataque e o tricolor perigoso no contragolpe. Pouca técnica e bons lampejos individuais de Rhayner de um lado, Maxi e Kieza do outro. Sò.
Aos 8’, Kieza ganhou pelo alto e, num voleio de Maxi, Gatito espalmou. Aos 12’, Escudero arriscou de longe, Douglas Pires deu rebote mas Robson afastou.
Aos 28, o Vitória fez 1 x 1, com Escudero completando livre na pequena área um rebote do goleiro Douglas Pires. A jogada começou com um cruzamento longo e baixo de Diogo Mateus, da direita, após levar a marcação de Tiago, Elton antecipou-se no vacilo da zaga e finalizou para a defesa parcial do goleiro... na sobra, o ‘gringo’ empatou.
O jogo ficou equilibrado, menos tenso, mais jogado. Aos 36’, após boa trama tricolor, Railan finalizou bisonhamente. Aos 39 Elton pegou de voleio um cruzamento da esquerda, pelo alto, a zaga apreciando.
Aos 45’, o lance fatal: Após uma blitze tricolor, Kieza matou bonito na área, entre os zagueiros e desviou de Gatito, mas o árbitro (ou o bandeira) viu ele dominar com o braço, anulou o gol e deu cartão amarelo ao atacante, o segundo, expulsão ! Kieza endoidou.
Melança total. A expulsão do atacante desequilibrou o Ba Vi, melou o espetáculo, deixou o rubro-negro em vantagem, com um atleta a mais em campo para os 45 minutos finais. Mudou tudo.
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Dois gols definitivos
Um Vitória ofensivo retornou dos vestiários. Ofensivo e bem orientado, dando faltas técnicas para matar os contragolpes do adversário e não sofrer riscos. Aos 12’, a manjada bola alta cruzando da direita para a esquerda, Vander escorou para o meio e Rhayner , de frente, virou o jogo: 2 x 1.
Um domínio rubro-negro, sem sustos. Aos 11’, Escudero bateu escanteio direto, bola no poste. Aos 38’, após boa tabela com Élton, Diego Renan chutou certeiro, no cantinho, da entrada da área, fechando o caixão : 3 x 1.
O Bahia, mesmo com um a menos, com muita vontade/raça buscou equilibrar o jogo. Até tentou o gol, não se entregou. O treinador Sérgio Soares, contestado pela torcida, pos João Paulo, Souza e Zé Roberto em campo, mas Mancini, esperto também, colocou sangue novo, com David, Jorge Wagner, Flávio... mantendo a superioridade no gramado até o final.
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Kieza, céu e inferno
O personagem do jogo foi, sem dúvida o avante Kieza. Fez um gol relâmpago aos 20 segundos, ganhava todas pelo alto da zaga rubro-negra, criava as melhores jogadas ofensivas ao lado de Maxi, mas... Por que diabos ele foi comemorar o gol nas arquibancadas, atirando a camisa do clube no chão, mostrando a camiseta da Bamor, empurrando seguranças, fazendo mil presepadas? Irresponsabilidade, falta de profissionalismo, não ?
Levou o cartão amarelo, justo e, ali, antecipou sua expulsão. Sim, seu gol aos 45 do primeiro tempo, seria bonito, de bela feitura, não tivesse ele dominado a bola com o braço, visível na TV. Se tentou ou não ludibriar a arbitragem... é outra história, questão de interpretação do árbitro. O amarelo, no caso, está previsto nas leis do futebol. Sò que foi o segundo cartão, daí a expulsão.
Depois de expulso, Kieza deu um show de babaquices e desequilíbrio. Peitou o árbitro, xingou o bandeira, desrespeitou companheiros e até o treinador S Soares que tentaram contê-lo.
Kieza prejudicou o time no jogo, tornou-se o principal responsável pela derrota no clássico e, com suas reações descontroladas, pode prejudicar ainda mais o clube com punições mais rigorosas, amanhã, a depender do escrito pelo árbitro na súmula.
Absurdo de falta de profissionalismo. Desequilíbrio inaceitável.
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Os melhores:
Pelo time vencedor, Rhayner, os laterais Diego e Diogo, o ‘invisiível’ Pedro Ken e o seguro goleiro Gatito, pelo Vitória. Elogios também para a postura de Mancini, no banco, no comando, atento às nuances do jogo.
No Bahia, a luta de Yuri, lampejos de Tiago e ... Kieza(???). Maxi tentando e esbarrando na própria irritação; Gustavo lento e fora de ritmo, abaixo de Robson. Os laterais subiram pouco. No banco, pouca criatividade.
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O Bahia enfrenta o Paissandu, lá, e o Vitória recebe o fraco Boa Esporte, no Barradão, num jogo aparentemente bem mais fácil.
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Detalhe a não esquecer: Sergio Soares perdeu mais um Ba Vi, não vence um clássico. Que há ? O torcedor anda tiririca com ele.
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Como nota negativa os confrontos, antes do jogo e fora do estádio entre as gangues de torcedores rivais. Dezenas presos. Punição neles. É preciso acabar com essa bestialidade !
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