Esportes
Zé de Jesus Barrêto
23/11/2014 às  21:29

O FRACASSO do Futebol baiano com a dupla BAVI

Os dois principais times da Bahia na zona da degola


A duas rodadas para o encerramento da Série A, a ‘primeirona’, o Cruzeiro (MG) venceu o Goiás (2 x 1), no Mineirão e sagrou-se bi-campeão brasileiro (2013/14), título que conquista pela quarta vez. Festa azul em Belo Horizonte.  

Enquanto isso...   a nossa dupla Ba Vi nos envergonha em campo. Um fim de semana mais que tenebroso para o nosso futebol.  O Vitória foi a Florianópolis (SC ) no domingo à tarde e, jogando muito mal, levou 2 x 0 do Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, o torcedor catarinense festejando a permanência do ‘Figueira’ na Série A 2015. 

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Com o resultado adverso, o rubronegro baiano estacionou nos 38 pontos  e está  na zona de rebaixamento que tem ainda atolados no lamaçal e a caminho da segundona, paroano, o Bahia (34 pontos), o  Botafogo (que perdeu 2 x 0 da Chapecoense) e o Criciúma, este já rebaixado matematicamente com 31 pontos apenas.  Com 39 pontos, na porta da zona, está o Palmeiras, a perigo, derrotado pelo Coritiba ( 2 x 0 ), que vai escapando da degola, com 41 pontos.

 Assim, a dupla BaVi tem tudo para afundar,  ambos, de mãos dadas, agarradinhos para a Série B/2015, a famigerada ‘segundona’ .  Affe!  Indigente futebol baiano. 

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   Fiasco lá

   O rubronegro baiano decepcionou, fez uma partida infame contra o Figueirense. Não atacou como devia, perdeu-se taticamente em campo e foi engolido pela maior disposição, mais garra e vontade de vencer do adversário. Uma derrota de abater os ânimos da equipe e do torcedor faltando apenas dois jogos para o final da competição : o rubronegro baiano encara o Flamengo fora de casa, sábado à noite, e, pra encerrar, recebe o Santos no Barradão. 

Sim, há esperança de fugir do rebaixamento ainda, mas a situação ficou bem complicada.  Um ano de 2014 com um péssimo aproveitamento para o rubronegro. 

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   Fiasco cá

   Por absoluta incompetência ofensiva, em mais uma falha grosseira do goleiro Lomba, com uma arbitragem desastrosa e prejudicial ao tricolor (dois pênaltis claros não marcados, impedimentos absurdos...) e uma  salvadora atuação do goleiro paranaense Wéverton, o Bahia foi derrotado no sábado à noite (2 x 1 ) na Fonte Nova e praticamente deu adeus `a Série A. Para desamparo do devotado torcedor, o Bahia volta a disputar a Segundona em 2014. Uma consequência dos desmandos no clube, fora de campo.  Pela tabela, resta ao tricolor dois jogos: contra o Grêmio, em Salvador (Pituaçu, talvez, em função do show de Roberto Carlos na Fonte Nova), no domingo e, fechando o ano, o Coritiba do veterano craque Alex, lá em Curitiba. Dá ?  

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   Apagão em Floripa

   O time baiano até que começou bem, em cima, dando a impressão que tomaria a iniciativa, jogaria para vencer a todo custo. Antes da primeira volta do ponteiro de segundos, Dinei bateu forte da entrada da área e a bola passou a palmo do poste do goleiro Tiago Volpi, assustando o torcedor da casa. Mas foi só. O que se viu foi um jogo feio, muito marcado no meio campo, chutões pra cima e pra frente de qualquer jeito, nenhuma trama, troca de passes, nada. Ruis de ver. O time baiano tentava por a bola no chão, errava passes e o Figueira ganhava mais os rebotes, as divididas, parecia mais disposto, sabendo bem o que queria em campo. 

Aos 16’, um falta cobrada da intermediária, alçada na área rubronegra, a defesa vacilou como sempre e a revelação Pablo raspou de cabeça encobrindo o goleiro Roberto Jr, que substituiu de ultima hora o titular Wilson, machucado: 1 x 0. O time baiano teve uma chance aos 36’, após cobrança de um escanteio, bola desviada, mas o goleiro Volpi fez grande defesa, evitando o empate. E foi só na primeira etapa bem murrinha.  “Pra nós é um decisão”, disse Pablo aos microfones, no intervalo. “Precisamos jogar com mais vontade pra vencer”, rebateu Richarlysson. 

O Vitória voltou pior na segunda etapa. Nervoso, sem controle do meio campo, sem posse de bola, aos chutões. Levou o segundo gol aos 14’, numa boa puxada de contragolpe pelo lado direito; Mansur foi envolvido, o miolo de zaga não cortou o cruzamento rasteiro, Marcão tentou finalizar mas a bola terminou sobrando para o menino Pablo que encheu o pé e definiu: 2 x 0.  Daí por diante o que se viu foi o time da casa se fechar inteiro, buscar apenas os contragolpes com perigo, acomodar a bola e gastar o tempo. O rubronegro foi pra cima com três, quatro atacantes mas nada conseguiu, não penetrou, não chutou... e ainda deixou a defesa vulnerável, o Figueira quase amplia. Pra esquecer a atuação bisonha da equipe, sem tesão. 

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A equipe baiana foi irreconhecível, sem destaques. No Figueira, o goleiro Volpi seguro, muita disposição e o brilho de dois jovens: os meias Felipe e Pablo, decisivos. 

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   Quem acredita ?  

   Noite aziaga para o tricolor na Fonte Nova, a de sábado, com o torcedor nas arquibancadas dando força e a equipe, em campo, exibindo todas as suas limitações que estão levando o time para a segundona/2015.  

Duas realidades em campo: o time paranaense ‘de boa’, sem nada a perder, tranquilo... e a equipe do Bahia pressionada pela tabela de classificação e pela  torcida, a bola queimando nos pés de alguns jogadores.  Assim, o tricolor desde o começo foi buscando a todo custo o ataque, mais na vontade do que na técnica, e o Atlético postado, na espera do erro do adversário. Até os 30’ o tricolor pressionou  mas errou muitos nas finalizações e nos passes mais profundos, proporcionando chances de contragolpes velozes e perigosos ao time atleticano.  

Os melhores lances: aos 2 min, Henrique bateu da entrada da área a bola passou perto, levando perigo.  Aos 26’, num erro de passe, a bola foi roubada, Marcos Guilherme recebeu lançamento longa nas costas da zaga e entrou de cara com Lomba mas chutou fora.  O time do sul  equilibrou e arriscou mais a partir daí :  ‘já que eles não chegam, vamos nós’.  Aos 35’, uma bola bem cruzada por Galhardo, na pequena área, Rafael e Henrique atiraram-se nela mas não chegaram. Aos 37’, um chute de longe de Bruno Paulista desviou no meio do caminho e quase enganou o goleiro. Aos 44’, após um  bom cruzamento da direita, Galhardo testou da quina da pequena área, fechando pela esquerda  e Wéverton fez ótima defesa,na chance de gol mais clara do tricolor. Aos 45’, o mesmo Galhardo, o mais lúcido da equipe,  roubou bola no meio e bateu forte, mas o goleirão salvou mais uma vez, espalmando a escanteio. O Bahia  teve mais volume de jogo no primeiro tempo mas afobou-se na definição.  

Na  segunda etapa o ‘bicho pegou’. O Atlético com a clara proposta de manter mais a posse de bola, gastar o tempo, na espera de uma chance, arriscando pouco. Do lado tricolor,  Charles tirou Railan, recuou Galhardo para a lateral e pos o meia Lincoln, na tentativa de melhorar o passe ofensivo. O jogo ficou mais aberto e arriscado. 

Aos 14’ Fahel escorou de cabeça um escanteio cobrado e errou o alvo por pouco. Aos 16’, na cobrança de um escanteio, Marcelo Lomba saiu muito mal do gol, mais uma vez, a bola desviou no atabalhoado Fahel  e ... : 1 x 0.  Aos 19’, a empenada do árbitro goiano: Guilherme Santos driblou o zagueiro e foi claramente derrubado, calçado na área; o árbitro fez que não viu o pênalti e ainda deu cartão amarelo para o atacante.  Aos 24’, Galhardo bateu falta, Lucas cabeceou na pequena área e Wéverton salvou. Aos 25’, Bady limpou de fora, arriscou de canhota e Lomba, braços curtos, não alcançou: 2 x 0.  Dois minutos depois, Barbio cruzou da direita por baixo e Henrique completou: 2 x 1, quando boa parte da torcida já estava deixando as arquibancadas.  Aos 28’, Lincoln tabelou, entrou  de cara, livre e perdeu para Wéverton; na sobra Barbio tentou e chutou pra fora. 

O final foi emocionante. Aos 31, com Lomba vendido, Titi salvou de cabeça sobre a linha. Aos 35’, Barbio  foi claramente derrubado na área, mas o árbitro ignorou, outra vez. Aos 36’, um  belo voleio do garoto  Jean e Wéverton salvou mais uma vez.  Aos 46’, pra fechar a aziaga noite, Fahel , sozinho,isolou uma sobra de bola pinicando em cima da  linha da pequena área, batendo forte por cima. O inacreditável gol perdido retratou tudo. Mais do que infelicidade, falta de qualidade. Fim de linha. 

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Destaque negativo sim para o trio de árbitros: o central, André Luis Castro (Goiás) e seus auxiliares. Erraram tudo o que podiam e sempre contra o Bahia: duas penalidades máximas claras não marcadas e mais outra (mão na bola) por má interpretação(ou má vontade), faltas invertidas, impedimentos absurdos...  Encomenda ?  É bom lembrar que o presidente do Coritiba é diretor da CBF. O time paranaense está na boca do rebaixamento, interessadíssimo no resultado e na queda do tricolor, concorrente direto.  

No time do Bahia, Lomba mais uma vez falhou feio; saiu mal no primeiro gol e saltou atrasado no segundo. Lucas Fonseca, sem preparo, não ganha uma só na velocidade e se equivoca sempre na saída de bola. Railan (nervoso) e Rafael Miranda erraram quase todos os passes que tentaram. Fahel foi ruim na saída de bola, mostrou-se sem pernas na marcação, errou com Lomba no primeiro gol atleticano e, no final, perdeu um gol incrível. Quer mais? Os melhores foram Galhardo, Guilherme e Henrique, pela disposição e vontade.

No Atlético, uma grande atuação do goleiro Wéverton; bem o zagueiro Cléberson, os meias Hernani, Bady, Marcos Guilherme e o veloz Marcelo. Uma equipe assentada que soube administrar e  tirar proveito da agonia dos adversários. 

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   Classificados da Série B

   Estão já com presença garantida na Série A de paroano , a Primeirona 2015,  as equipes do Joinville (SC), a Ponte Preta de Campinas(SP) e o Vasco da Gama (RJ).  São os  primeiros classificados pela Série B – 2014, matematicamente . Quatro equipes ainda disputam a última vaga na rodada final, essa semana que entra: Boa Esporte, América MG, Ceará e Avaí.    

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   Copa do Brasil 

   Será na quarta-feira, no Mineirão todo de azul, o clássico Cruzeiro x Atlético MG, decisivo pelo título da  Copa do Brasil 2014.  O Galo leva a vantagem em gols porque venceu o primeiro duelo no Independência por 2 x 0. O Cruzeiro vai disputar o título já com a faixa de bi-campeão brasileiro (Série A) no peito.  BH vai pegar fogo. A Raposa tem condições de virar mas vai ter de jogar muito e contar com a sorte.  O Galo é duro de panela. 

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   Sub-20

   Na terça-feira, em Porto Alegre, acontece o primeiro duelo da decisão do título de Campeão da Copa do Brasil sub-20,  Internacional  x Vitória. A segunda e decisiva partida será no Barradão, a casa  do rubronegro, atual campeão brasileiro da categoria. Pode ser Bi. 

Nas semifinais o Inter venceu o Santos ( 2 x0 e 2 x 3) e o Vitória ganhou do Bahia ( 2 x 0 e 1 x 2)  


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   A ‘democracia’ tricolor

  Mesmo com o time desacreditado, já praticamente na segundona/2015, com a torcida descrente e revoltada, o clube devendo na justiça trabalhista, com rombo no caixa, salários dos atletas/ funcionários atrasados, desmandos, divisões, o time desastroso dentro de campo ... a despeito disso tudo, desse quadro turbulento e com perspectivas turvas para o amanhã,  sete pessoas já se botaram para disputar as eleições à presidência do E C Bahia, que acontecerão no dia 13 de dezembro (não se sabe o local ainda). 

São ‘eleições livres e diretas’ e todos os associados em dia terão direito ao voto, a escolha.  As inscrições das chapas acontecem até esta segunda-feira, dia  24.  

Quem são os candidatos conhecidos até agora?

- Rui Cordeiro, rico empresário, já se candidatou anteriormente. Ele prega mudanças administrativas e a formação de uma equipe jovem, valorizando as revelação das divisões de base. 

-  O radialista Antonio Tllemont é um conhecido empresário ligado ao ramo do futebol, agenciando atletas profissionais. Foi o segundo mais votado na eleição passada, na virada democrática que elegeu Fernando Schimidt.

- Marco Costa, ligado ao clube e a administrações anteriores; foi diretor de marketing na gestão de Petrônio Barradas, presidente que era ligado a Paulo Maracajá e a Marcelo Guimarães, ex-presidentes.

- Ronei Carvalho, diretor da torcida uniformizada Terror Tricolor, a mesma que já invadiu o CT de Itinga de forma agressiva, algumas vezes, cobrando ‘atitude’(?) de jogadores e dirigentes. Pelo nome... 

- Marcelo Santana, um jovem jornalista apoiado, segundo diz, pelo advogado Carlos Ratiz, aquele que foi o interventor quando Marcelo Guimarães Filho foi destituído do cargo e fez uma ‘limpeza’ no clube, sob elogios. O apoiaria, também, o publicitário Sidônio Palmeira, homem forte no começo da administração de Schimidt. 

 - João Marcelo, ex-zagueiro campeão brasileiro pelo clube em 1988, que conhece bem de dentro as vicissitudes, responsabilidades e prazeres do que é ser Bahia, fez parte da história do clube, mas tem pouca experiência em gerenciamentos e administrações. 

- Tem ainda inscrito com o candidato o professor  Pedro Henriques , de  29 anos, um até então desconhecido que se propõe como ‘a renovação’, o diferente.  

- Volta a por também seu nome na fita o jornalista Nestor Mendes Jr, torcedor ativista, o autor do livro “Bahia Esporte Clube da Felicidade”, o que de melhor existe sobre a história do tricolor baiano.  Está lançando também, dia 26 à noite, na Fonte Nova, ‘Nunca Mais ! 25 anos de luta pela liberdade no Esporte Clube Bahia’ – sua versão sobre a luta de décadas, protagonizada por um grupo de torcedores do qual o jornalista-escritor faz parte, pela democratização do clube. 

  O ex-presidente da FBF e ex-diretor da CBF Virgílio Elisio da Costa Neto, tido como imbatível, parece mesmo fora da disputa, por problemas de saúde.  Reub Celestino, que trabalhou nas finanças do clube nessa administração que se finda, caiu fora.  Assim ...   esperemos até a noite desta segunda para saber se teremos mais algum nome ou chapa inscrito, se há desistências ou ainda alguma surpresa. Afinal, o time entrou no abismo da segundona, a situação fica ainda mais feia. Façamos a escolha, o voto é livre.
Uma coisa é certa: o eleito terá um grande abacaxi a descascar. A cobrança é do tamanho da torcida. Tudo começa e depende de um bom time em campo, jogando bola e empolgando a torcida, ou ...  nada. É hora de se fazer uma renovação profunda no atual  plantel profissional, com a dispensa de ‘medalhões’ e a aposta em jovens de futuro. Hora de repensar, mudar mentalidades, arejar também o clube fora de campo. O Bahia precisa retomar a sua história. Entrar de vez no século XXI.

 “Somos do povo o clamor, ninguém nos vence em vibração’, diz o hino do imortal professor Adroaldo Ribeiro Costa, dedicado à torcida do Bahêêâa !  

Que saibamos honrar esse destino. 

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Salve o Cruzeiro, campeão brasileiro, salve o bom futebol de Minas Gerais !


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