Esportes
Zé de Jesus Barrêto
04/08/2014 às  11:34

BAHIA segura vice-lanterna e VITÓRIA apenas respirou

Há dúvidas se Dunga vai mesmo renovar a seleção bvrasileira


O Bahia continua sem vencer e permanece na vice lanterna zona de rebaixamento, após o empate na tarde de domingo, no Pacaembu ( 1 x 1 ), contra o Palmeiras(SP), sob o comando do treinador interino Charles. Nada mal, depois de uma semana tumultuada nas hostes tricolores, com torcedores se manifestando em Itinga, mudanças radicais no departamento de futebol do clube. 

Não foi um grande jogo, tecnicamente. Muito chutão, pouca bola no chão e carência de uma sequência de passes e jogadas tramadas de lado a lado. Aos 20 minutos, a arbitragem já tinha distribuído quatro cartões amarelos, com 18 passes errados no total. Jogo igual na primeira etapa. 

O Palmeiras tendo mais a posse de bola, chutando mais em gol e o Bahia buscando o contragolpe em velocidade. O tricolor foi acertar o primeiro chute na direção do gol palmeirense aos 33 minutos, com Rafael Miranda arriscando de fora da área nas mãos do goleiro. Aos 35 ‘ quase o ‘verdão’ faz, numa cabeçada de Leandro que raspou o poste. A melhor chance foi aos 45’, quando Kieza foi lançado em profundidade, entrou livre e tentou desviar do goleiro, que meteu o pé e salvou. 

Na segunda etapa o tricolor voltou melhor, mais avançado, chegando mais na área adversária. O jogo ficou mais solto, melhor de se ver, mais ofensivo. Aos 9 minutos Henrique, do Palmeiras, pegou livre um chutaço de primeira que raspou o travessão. Aos 13, o meia tricolor Marco Aurélio recebeu livre, de frente, solto e perdeu um gol incrível chutando fora. 

Como diz a máxima futebolística, ‘quem não faz, toma’. Aos 15, o lateral Vitor Luis cruzou alto da esquerda e Henrique antecipou-se a Pará, testando firme; Lomba espiou: 1 x 0. A torcida paulista ainda comemorava quando Pará recebeu de Rafael Miranda, avançou pela canhota e passou para Kieza escorar, empatando: 1 x 1. 
O jogo ficou bom de ver, até o final, lá e cá, mas faltou competência aos atacantes para mexer no placar. Justo. 

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Destaques no Bahia para Titi, o bom lateral Pará (o melhor em campo), Rafael e Rahyner pela briga em campo e Kieza, esperto. Feijão entrou bem no lugar de Fahel e foi lamentável a atuação de Henrique, que substituiu Marco Aurélio e mostrou-se displicente na disputa das jogadas. 

Pelo Palmeiras, Henrique, o lateral Vitor Luis e o meia Wesley, que passa o jogo inteiro metendo a mão na cara do adversário impunemente. 

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Não se sabe se ainda com Charles no banco ou outro treinador, o Bahia enfrenta o Goiás, sábado, 18h30 , na Fonte Nova. 
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Sábado à noite

De virada ( 2 x 1 ), no caldeirão do Barradão, o Vitória venceu o Grêmio jogando um bom segundo tempo, obteve o segundo triunfo seguido chegando a 14 pontos ganhos e fugindo da temida zona de rebaixamento na tabela de classificação. 

Foi uma partida bem disputada mas distante de uma boa técnica. Ao todo, foram 88 passes errados e muito chutão pra frente. O Grêmio em campo com um treinador interino, pois o Felipão só assume o comando na segunda-feira, a semana do GreNal. O rubronegro baiano ainda buscando acertar seu meio campo, reestruturado pelo treinador Jorginho com Zé Uélisson, o estreante uruguaio Luis Aguiar, Marquinhos, Richarlysson e Caio; Dinei mais enfiado à frente. Na segunda etapa entrou o Picapau no lugar de Richarlysson e a equipe encaixou-se melhor, mais ofensiva. 

O destaque polêmico foi a arbitragem de Sandro Meira Ricci, o árbitro brasileiro da Copa do Mundo, tão elogiado. No primeiro tempo pegado e equilibrado, ele validou o gol de Barcos, aos 11 minutos, quando pareceu a todos que o centroavante gremista ajeitou o cruzamento da direita, do garoto Dudu, com o braço antes de finalizar de cara com Wilson pra fazer 1 x 0. O torcedor baiano também reclamou muito de uma penalidade máxima do becão Geromel em Alemão, quando o zagueiro gremista foi tirar a bola, furou e acertou a perna do atleta rubronegro dentro da área. 

Afora isso, o Vitória teve mais a iniciativa mas deixou espaços, marcou frouxo no meio campo e o time gaúcho por pouco não ampliou para 2 ou 3 o placar da primeira etapa do jogo. O torcedor vaio no intervalo.

Mais compacto, marcando melhor, fazendo pressão na defesa gremista desde o começo da segunda etapa, o Vitória acertou a trave do Grêmio num cruzamento de Caio logo aos 2 minutos. Aos 13, o lateral Euler cruzou para a entrada da pequena área e o mesmo Caio, apoiando-se claramente em Geromel, subiu muito e testou bonito para empatar : 1 x 1. A disputa tornou-se intensa, lá e cá, e , aos 31 minutos, numa bola alçada e larga na área do Grêmio, o árbitro viu um estica e puxa entre zagueiro e atacante, na área, e marcou pênalti em favor do Vitória: Caio bateu, o goleiro Marcelo Grohe defendeu parcialmente e o mesmo caio aproveitou o rebote: 2 x 1, placar final, a despeito da disputa e tentativas gremistas até o último minuto. Muito bom resultado, pro torcedor comemorar pra valer. 

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Destaques para o zagueirão Kadu, Euler (melhor avançando do que defendendo), o bom futebol do meia estreante Luis Aguiar e o Caio, o dono da noite. No Grêmio, a experiência do zagueiro Rodolfo, a habilidade do menino Dudu e a manha do centroavante Barcos, que dá trabalho.

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O Vitória enfrenta, domingo próximo, às 18h30, o São Paulo, lá no Morumbi. 
E o Grêmio encara o Inter, no clássico gaúcho que é ‘guerra nos pampas’. 

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Toques de bola: 

- E o Dunga voltou à seleção dizendo que vai renovar. Não sei se apenas convocando jogadores mais jovens e que nunca foram convocados antes ou se buscando um novo jeito de jogar para a equipe que foi humilhada na Copa, dentro de casa, pela Alemanha ( 7 x 1 ) e Holanda (3 x 0). O time de Felipão/Parreira, na verdade, não tinha nenhum padrão de jogo. Viveu das peraltices de Neymar (até a joelhada do colombiano Zuñiga) e das estultices de David Luis, que maluqueceu de vez nos últimos jogos e, querendo ser herói, entregou. Difícil acreditar em renovação com Dunga. 

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- Felipão, desaprovado totalmente no comando da seleção e responsável maior pelo fiasco brasileiro na Copa, foi contratado pelo Grêmio, de volta à velha casa, e recebido com festas e fanfarras pelos torcedores do tricolor gaúcho. Falando sério, do Felipão e seu fiel escudeiro Murtosa esperam mais o quê ? Além da mente endurecida, Felipão está podre de rico, nada mais lhe afeta. 

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 O arrogante Wanderlei Luxemburgo, o mesmo que disse não ter visto nada de novo na Copa e confessou que esperava ter sido chamado de novo para dirigir o escrete, retornou ao Flamengo prometendo ressuscitar o rubronegro carioca que está na zona de rebaixamento, deve zilhões ao governo e credores de toda espécie e chafurda em lamaçal há anos. Como o fará, com aquele elenco de segunda, só ele e deus sabem. Aliás, vaidoso como ele só, o Luxa se considera o máximo, ninguém sabe mais de futebol do que ele, acha-se capaz de coisas que até deus duvida. Duvidas? O Flamengo levou ferro da Chapecoense, é o lanterna. 

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- Enquanto isso, em campo, o futebol brasileiro sobrevive às trombadas. Cada jogo de matar. Outro dia, no clássico Botafogo x Flamengo, aos 14 minutos já tinham sido cometidas 17 faltas no gramado. A média de falta nos jogos da primeirona ficam em torno de 40. Um absurdo. Vi jogo com três faltas cometidas em menos de um minuto de bola rolando. E haja cacetada, cabeça quebrada, entradas maldosos (o Edilson, lateral do Botafogo é um mequetrefe!), bicudas, chutões, ‘vamos matar a jogada!’ – gritam os treinadores, e haja bola parada, o jogo não anda, não há uma sequência de passes... Tá ruim de se ver !

Aqui e ali uma partidazinha melhor jogada pelo Cruzeiro ... e só. Procuram-se craques. Onde se escondeu o futebol brasileiro ? 


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