Uma semana quente de um Ba Vi sem graça

Afunila-se a fase classificatória do Campeonato Baiano que seleciona os quatro finalistas que disputarão o titulo baiano e a dupla Ba Vi está com vagas bem asseguradas, ambos em primeiro lugar de seus grupos, com boa folga após a rodada desse fim de semana. 

As outras duas vagas estão indefinidas, os eleitos só serão conhecidos na derradeira rodada, que acontece no próximo fim de semana. Vitória da Conquista, Galícia, Juazeirense e até Serrano e Catuense ainda estão na briga. Esquentou o Baianão no retão final! 

Como se pode deduzir, serão jogos de vida ou morte para seis times. O Ba Vi na Fonte Nova, então, é único jogo da rodada final que mais não influenciará na classificação. O resultado do clássico, enfim, nada mudará na chance de classificação dos rivais. 

Assim, o clássico vai valer apenas pela rivalidade das torcidas, vai valer pela possível estréia de Souza com a camisa rubronegra, talvez marcado de perto pelo apoiador Uéliton, ex-Vitória. Quem sabe ainda a estréia de Hugo, pelo rubronegro, e a presença de Maxi Bianchucci e Lincoln com a camisa tricolor. Atrações para apimentar o clássico e chamar mais público. 

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Ba Vi sobrando 

Num jogo com 5 gols, e quase todos resultado de cobranças de bolas paradas, o Bahia venceu o Vitória da Conquista ( 3 x 2 ) no gramado alto e desnivelado do estádio Lomanto Junior, no Sudoeste baiano, com dois gols do garoto Talisca batendo falta no mesmo canto do goleiro. O menino cresce a cada partida, tem uma canhota de valore , dizem, já tem olho grande de times europeus em cima dele, fazendo oferta para levá-lo. Que fique, o tricolor precisa de ídolos feitos em casa. 

No sábado, o Vitória, no estádio de Pituaçu com arquibancadas às moscas, venceu também pelo mesmo placar , 3 x 2, o Juazeirense, num bom jogo que teve como destaque o veteraníssimo Junior Pipoca, 37 anos, que marcou os dois gols do time das beiradas do São Francisco, em sua estréia. Do lado rubronegro, deu gosto ver jogar a garotada: Felipe, Marcelo e Ze Wéllison, bons de bola. 

Em Pituaçu, no domingo, o Galícia venceu ( 2 x 0) a Catuense e, no segundo jogo da rodada dupla, a Jacuipense (já desclassificada) enfiou 5 x 0 no Serrano, acreditem. 

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Copa do Brasil 

Na semana de um Ba x Vi sem muita valia, a não ser o estímulo da rivalidade, Bahia e Vitória têm compromissos de estréia pela Copa do Brasil no meio da semana; e compromissos importantes porque se trata de uma competição nacional, de jogos eliminatórios, que garante vagas no ano seguinte pela Libertadores da América, a maior competição de futebol das AMéricas. 

Assim, na quarta-feira, o Bahia enfrenta o Vila Nova na cidade de Nova Lima, em Minas Gerais, bem pertinho de Belo Horizonte. E o Vitória, em Curitiba, pega o J.Malucelli. Por mais que esses dois adversários pareçam desconhecidos e sem grandes significados no cenário nacional, a competição é outra, num nível de exigência bem maior que o Campeonato Baiano. Qualquer vacilo, cai fora. 

E, prestem bem atenção, em Feira de Santana, também na mesma quarta-feira e pela Copa do Brasil, o Bahia de Feira enfrenta o Corínthians de São Paulo, com os ingresso no Joia da Princesa a 80 reais. Mesmo assim, há expectativa de casa cheia. Dia de festa no interior baiano, sem dúvida, uma chance de ver de perto o ‘timão’ paulista. . 

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Jogão no Lomantão 

Com o gramado e a torcida a seu favor, o Vitória da Conquista começou o jogo no Lomantão afogueado, dando pressão, botando correria, lançando bolas altas na área do tricolor da capital, forçando o goleiro Lomba a trabalhar, mostrar serviço. Aos 13 minutos o goleirão tricolor entregou, pra variar: a manjada bola alta, cabeçada de Índio, Lomba rebateu para frente, mal, e a bola bateu na barriga de Tatú ganhando as redes. Falha grosseira. 

O fato é que até os 25 minutos só um time jogou, o Vitória da Conquista, dominando o meio campo e atacando com bolas altas. O Bahia teve a primeira chance aos 27, numa falta cobrada por Talisca no canto esquerdo do goleiro Alex, que fez ótima defesa. E só. 

Na segunda etapa o Bahia voltou marcando melhor, equilibrou, foi pra cima. Depois de Rhainner arrancar, levar a defesa e, de frente para o goleiro, enroscar-se com a bola, aos dois minutos o Bahia empatou : Talisca cobrou escanteio, Marcão raspou e o goleiro Alex tentou segurar a bola que parecia fácil, mas... a mão de quiabo deixou-a escapulir e ultrapassar a linha de gol : 1 x 1. Aos 16, após boa jogada e cruzamento de Marcão, Lincoln, de frente, perdeu o gol. Aos 26 ‘, Talisca bateu falta nas imediações do bico esquerdo da grande área adversária e acertou o canto esquerdo de Alex que só espiou a bola raspar na trave e ganhar as redes: 2 x 1 Bahia. 

O time interiorano empatou também de falta batida por Rafael granja aos 35’, contando com o desvio em Uélliton , matando o goleiro Lomba : 2 x 2. Mas a tarde era do menino canhoto Talisca: aos 41, nas mesmas imediações da falta anterior, Talisca acertou o mesmo canto e o goleirão não achou a bola: 3 x 2. Resultado justo.

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Destaques para Talisca pelo lado tricolor, soberbo, e o meia Rafael Granja, do Vitória da Conquista , que já está na mira do tricolor para o Campeonato Nacional. 

Depois do jogo, já corria notícia de que clubes europeus tinham procurado o Bahia no intuito de levar Talisca e Madson. Euros em milhões na fita. 

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Vitória no Pituaaaço 

Na tarde plúmbea do sábado, em Pituaçu, com arquibancadas vazias, o Vitória carimbou a classificação e garantiu o primeiro lugar na chave para a fase decisiva seguinte da competição, vencendo por 3 x 2 o Juazeirense, num jogo bom até de se ver, bem disputado.

O rubronegro começou fogoso, dono da bola e do campo, parecia prenúncio de goleada. Mas o primeiro tempo terminou com o placar mínimo, 1 x 0, gol do centroavante Dinei que se aproveitou de uma bola espirrada após boa arrancada de Ze Wélisson e, de cara, finalizou. 

O segundo tempo foi muito melhor, porque o treinador Barbosinha mandou o Juazeirense pra cima, encarou e a partida ficou lá e cá todo tempo. Aos 4 minutos, numa bobeira de saída de bola defensiva, o jovem meia Felipe ficou com a bola na frente da área, limpou a zaga e bateu colocado, no cantinho: 2 x 0. Dois minutos depois o veterano Junior Pipoca diminuiu, escorando uma jogada de fundo pela esquerda: 2 x 1. O Vitória ampliou aos 21, com Marquinhos, após outra bela jogada de Zé Welisson: 3x 1. O time interiorano não se entregou e, aos 29, Júnior Pipoca ganhou no corpo do gringo Ferrari, dividiu com o goleiro Wilson e descontou. Foi só. Placar justo pela melhor qualidade técnica individual da equipe rubronegra. 

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Destaques: 

A meninada do Vitória. O zagueirão Salustiano, o meia Felipe e, sobretudo, os dois vistosos apoiadores Zé Wélisson: boa visão de campo, objetividade; e Marcelo, de boa técnica e elegância no trato da bola. Revelações.