Esportes
Zé de Jesus Barrêto
28/10/2013 às  10:24

BA VI – quanta diferença !, uma análise critica

Enquanto o Vitória luta pela Libertadores; o Bahia luta para não cair na segunda divisão


O que aconteceu na rodada desse domingo do Brasileirão 2013 esclarece, de uma vez por todas, por que o Vitória está tão próximo do grupo dos quatro primeiros classificados da competição, enquanto o Bahia está tão perto do grupo dos quatro últimos; por que o Vitória almeja se classificar e ganhar uma vaga para disputar a Libertadores das Américas em 2014, enquanto o Bahia tem como objetivo, apenas, não ficar na zona de rebaixamento, não cair mais uma vez para a segunda divisão. Atentem : 

No Maracanã, contra o Fluminense do Rio, o rubronegro baiano jogou uma partida quase inteira (teve o zagueiro Kadu expulso aos 15 minutos do primeiro tempo) com um atleta a menos em campo e enfiou 3 x 2 no adversário, com competência, jogando bola, um show de disciplina tática, preparo atlético e objetividade, atacando sempre com 4, 5 ou mais homens na área adversária. 

Já o Bahia, na Fonte Nova, diante do seu torcedor, com um jogador a mais em campo desde os 37 minutos do primeiro tempo (com a expulsão do meia adversário Bruno Silva) não teve competência para vencer o Atlético do Paraná e apenas empatou de 1 x 1, jogando uma bolinha acanhada, sem inspiração, sem talento, lento, sem inteligência, sem jogadas de linha de fundo, sem audácia. 

*

Não é questão de raça, não é só vontade ou falta de aplicação, não é tão somente o esquema armado pelo treinador, é algo bem maior: trata-se de qualidade técnica. A equipe do Vitória é melhor qualificada individualmente, tem jogadores de melhor qualidade técnica, atletas mais vividos, mais malandros em campo, é uma equipe mais equilibrada, mais veloz, mais objetiva.

*

Costumam dizer nos microfones que o time de futebol tem a cara do treinador. Isso é falso, não é bem verdade. Um time, uma equipe de futebol tem a cara e tem o jeito de jogar de seus jogadores, o estilo de jogo em campo reflete bem as características dos jogadores: os que defendem e sabem sair jogando, os que cadenciam, os que partem em alta velocidade, a capacidade de finalização de todos. O ataque definidor começa a ser projetado na defesa, na retomada e na saída de bola a partir do goleiro, dos zagueiros. A parte defensiva começa lá na frente, com os atacantes dando combate, tentando retomar a bola ainda no campo ofensivo. 


Sou Bahia desde menino e não tenho receio em dizer, escrever aqui: o time do Vitória é muito melhor que o time do Bahia, hoje e agora. Aliás, tem sido nos últimos anos. Fruto de um melhor planejamento, uma administração mais competente, melhores contratações. Vejam o caso de algumas, só como exemplo: Ayrton, Juan, Luis Gustavo, Escudero, Cáceres, Maxi Bianchucci... querem mais ? 

Já no Bahia... Bárbio, Neto, Fabrício Lusa, Ângulo, Freddy Adu, Wangler ... vamos ficar por aqui. Que o Sr do Bomfim segure o tricolor na primeirona este ano. Tá difícil até pro santo de altar. 

**

Maraca é rubronegro

O jogo no Maracanã, com mais de 20 mil pessoas, começou brigado no meio campo, muito corrido, de parte a parte. Aos 15 minutos, numa bola dividida e disputada na intermediária rubronegra o zagueirão Kadu, que sempre chega duro, calçou o meia Diguinho e deixou as marcas das travas da chuteira na canela do adversário, sangrou. A pressão foi forte e o árbitro expulsou o defensor do time baiano. Pois, pensam que o Vitória se aputou, recuou ? Engano. 

Aos 23 ‘, num lançamento defensivo, Dinei triscou e Marquinhos acreditou, ganhou na velocidade pela direita e bateu forte na saída de Cavalieri : 1 x 0. O time carioca empatou aos 27’, numa boa jogada de Biro pela direita, linha de fundo, batendo forte e rasteiro; o lateral Ayrton tentou cortar e marcou contra, empatando : 1 x 1. 

O segundo tempo foi emocionante. Ayrton de falta quase faz aos 11 minutos. Logo depois, Marquinhos se choca com Felipe na intermediária e pede falta, o árbitro ignora, a bola enfiada na linha de fundo é cruzada e Sobis na segunda trave escora : Flu 2 x 1. Aos 17, Marquinhos chuta forte da entrada da área, Cavalieri deu rebote e Juan empatou de novo : 2 x 2. Aos 19, no embalo, EScuderto cruza da esquerda, Marquinhos completa, a bola desvia e sobra para o iluminado William ‘pica pau’ Henrique fazer 3 x 2. O jogo lá e cá, parecia, às vezes que era o time baiano que tinha mais jogadores em campo. Aos 40’, depois de bela jogada individual do ‘pica pau’, goleiro vencido, a bola bateu na trave e sobrou na praia para Marquinhos, ele e as redes, mas o menino bateu por cima, inacreditável ! Venceu o melhor em campo. Fim de papo. 

*

O time inteiro do rubronegro esteve bem, Ney Franco no Banco, o goleiro Wilson, a zaga, os laterais, Dinei, a excelência de Cáceres, Escudero... mas a estrela foi Marquinhos, um jogaço do garoto, desequilibrou.

*
O Vitória pega o Corínthians no meio da semana, quinta, no Barradão. Jogão. O time paulista é osso duro, sempre, em qualquer campo ou circunstância, mesmo sem vir fazendo uma boa competição este ano. 

**

Vaias da torcida

Na Fonte Nova, à tarde, o Bahia mais uma vez não conseguiu vencer. E jogou desde os 37 minutos da primeira etapa com um atleta a mais em campo, em conseqüência da expulsão do meia Bruno Silva do Atlético(PR). Helder foi também expulso, mas já depois dos 30 minutos da segunda etapa. O time saiu vaiado no intervalo e no final da partida. Aliás, parte da torcida tricolor tem ido a campo apenas para vaiar a equipe, pegando no pé de alguns jogadores, os prata-da-casa Madson, Talisca e agora também o lateral Raul. Inexplicável. Sò faz piorar a situação do time que é fraco, não tem um elenco capaz e precisa muito do apoio do torcedor para se superar em campo e não voltar a cair para a segundona. 


O primeiro tempo não foi um bom jogo. Muita marcação dura, chutões, bolas altas, ligações diretas e os meiocampistas sem por a bola no chão, sem conseguir uma trama, um bom passe, nada, apesar do ótimo e linheiro gramado da Fonte Nova.

Aos 9 minutos Éderson, de bico, assustou, a bola a um palmo do posta de Lomba. Aos 12 Madson tentou de fora mas pegou fraco na bola. Aos 20’, num chute cruzado, Rafael Miranda obrigou o goleiro Wéverton a uma boa defesa. Dois minutos depois, o mesmo Wéverton fez uma defesa espetacular numa cabeçada de Obina pra baixo, a queima-roupa, salvando o gol. Aos 28, Madson foi derrubado pelo zagueiro Luis Alberto na hora do arremate e a torcida pediu pênalti, mas o juiz ignorou. Aos 33, em nova jogada de Madson, cruzamento na área e Bárbio pegou mal. Aos 37, após uma falta por trás em Rafael Miranda e um empurrão na cara de Lucas Fonseca o meia Bruno Silva (que jogou pelo Bahia na temporada de 2011) foi expulso. Aos 41, em boa arrancada, Raul bateu forte e enviesado, mas o goleirão salvou. 

Como se pode notar, o tricolor chegou mais, chutou mais, criou mais... mas não fez o gol e a torcida não perdoou, vaiou no intervalo. Cristóvão voltou para o segundo tempo com Fabrício em lugar de Madson e Talisca no de Marquinhos. Mas foi o time paranaense que ameaçou o arco de Lomba, antes do primeiro minuto. Logo depois, Talisca da sua intermediária enfiou um lançamento de mais de 40 metros e deixou Obina de frente com o goleiro, o avante tocou com categoria por cima do goleiro que saia em seu encalço, fazendo um golaço : 1 x 0.

Aos 12 minutos, porém, Barbio perdeu no corpo a corpo uma bola boba no meio campo, a defesa adiantada, e proporcionou um contragolpe: Delatorre entrou em velocidade nas costas de Raul, cruzando forte e rasteito para o artilheiro isolado do campeonato brasileiro, Éderson, antecipar-se a Lucas Fonseca e desviar de Lomba, empatando: 1 x 1; deixando nervosas a equipe em campo e a torcida tricolor nas arquibancadas. 

O jogo ficou aberto e mais emocionante, melhor de ser ver, com tramas e contragolpes, o Atlético sempre perigoso. Mas o tricolor baiano criou chances de desempatar com Barbio, Obina, e um belo chute de fora, por cobertura, de Talisca. A melhor oportunidade aconteceu já nos acréscimos, quando Obina levou na conversa uns três zagueiros e da entrada da área deu uma chutaço que cobriu o travessão arrancando um ‘uuuuhhh’ da galera. 

*

Feijão, Démerson, Madson, Obina e Talisca (que belo passe, de craque, no gol de Obina) foram os melhores pelo Bahia. Raul, abaixo do normal, Fabricio Lusa fraco, Marquinhos Gabriel e Barbio irreconhecíveis. 

No Atlético, o goleirão Wéverton trabalhou muito, os zagueiros Luis Alberto e Dráusio arrepiaram e os atacantes Delatorre e Éderson (o artilheiro do Brasileirão, isolado) destacaram-se na equipe vermelha e preta do Paraná, classificada entra as quatro primeiras na tabela. 


**






Pipoquinhas : 


- O Palmeiras, algumas rodadas antes do final da Série B, já se classificou e está de volta à Primeirona, Série A, em 2014. Salve o Verdão de São Paulo. 


- Jogo às 15 horas, por exigência da rede de televisão, é um atentado ao condicionamento e a saúde dos atletas. Um calor insuportável sob o isolamento de plásticos e cimento armado das tais arenas. Um sufoco. 

- O Cruzeiro é líder e está sobrando. No embalo que vai será campeão brasileiro de 2013 com antecedência, várias rodadas antes de acabar a competição. Fez 5 x 3 no Criciúma. 

- Na parte de baixo, o Náutico afunda. Levou 2 x 0 do Goiás, em Recife. 


- Falaram, prometeram tanto o tal ‘legado’ da copa aos baianos, mas o que a copa vai nos deixar, ‘de mermo’ serão dívidas, muitas e altíssimas. Pra se ter uma idéia, os baianos vão passar 35 anos (gerações) pagando os custos da implosão da velha Fonte Nova, demolição do ginásio e das piscinas, e da construção da nova Arena, um ‘pinicão’ de plástico e cimento armado, infame. Quanto ao resto – mobilidade, serviços, infra, aeroportos e portos, comunicações... – bem, tratemos de cobrar nas urnas, em 2014. O que aconteceu na rodada desse domingo do Brasileirão 2013 esclarece, de uma vez por todas, por que o Vitória está tão próximo do grupo dos quatro primeiros classificados da competição, enquanto o Bahia está tão perto do grupo dos quatro últimos; por que o Vitória almeja se classificar e ganhar uma vaga para disputar a Libertadores das Américas em 2014, enquanto o Bahia tem como objetivo, apenas, não ficar na zona de rebaixamento, não cair mais uma vez para a segunda divisão. Atentem : 

No Maracanã, contra o Fluminense do Rio, o rubronegro baiano jogou uma partida quase inteira (teve o zagueiro Kadu expulso aos 15 minutos do primeiro tempo) com um atleta a menos em campo e enfiou 3 x 2 no adversário, com competência, jogando bola, um show de disciplina tática, preparo atlético e objetividade, atacando sempre com 4, 5 ou mais homens na área adversária. 

Já o Bahia, na Fonte Nova, diante do seu torcedor, com um jogador a mais em campo desde os 37 minutos do primeiro tempo (com a expulsão do meia adversário Bruno Silva) não teve competência para vencer o Atlético do Paraná e apenas empatou de 1 x 1, jogando uma bolinha acanhada, sem inspiração, sem talento, lento, sem inteligência, sem jogadas de linha de fundo, sem audácia. 

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Não é questão de raça, não é só vontade ou falta de aplicação, não é tão somente o esquema armado pelo treinador, é algo bem maior: trata-se de qualidade técnica. A equipe do Vitória é melhor qualificada individualmente, tem jogadores de melhor qualidade técnica, atletas mais vividos, mais malandros em campo, é uma equipe mais equilibrada, mais veloz, mais objetiva.

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Costumam dizer nos microfones que o time de futebol tem a cara do treinador. Isso é falso, não é bem verdade. Um time, uma equipe de futebol tem a cara e tem o jeito de jogar de seus jogadores, o estilo de jogo em campo reflete bem as características dos jogadores: os que defendem e sabem sair jogando, os que cadenciam, os que partem em alta velocidade, a capacidade de finalização de todos. O ataque definidor começa a ser projetado na defesa, na retomada e na saída de bola a partir do goleiro, dos zagueiros. A parte defensiva começa lá na frente, com os atacantes dando combate, tentando retomar a bola ainda no campo ofensivo. 


Sou Bahia desde menino e não tenho receio em dizer, escrever aqui: o time do Vitória é muito melhor que o time do Bahia, hoje e agora. Aliás, tem sido nos últimos anos. Fruto de um melhor planejamento, uma administração mais competente, melhores contratações. Vejam o caso de algumas, só como exemplo: Ayrton, Juan, Luis Gustavo, Escudero, Cáceres, Maxi Bianchucci... querem mais ? 

Já no Bahia... Bárbio, Neto, Fabrício Lusa, Ângulo, Freddy Adu, Wangler ... vamos ficar por aqui. Que o Sr do Bomfim segure o tricolor na primeirona este ano. Tá difícil até pro santo de altar. 



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Maraca é rubronegro

O jogo no Maracanã, com mais de 20 mil pessoas, começou brigado no meio campo, muito corrido, de parte a parte. Aos 15 minutos, numa bola dividida e disputada na intermediária rubronegra o zagueirão Kadu, que sempre chega duro, calçou o meia Diguinho e deixou as marcas das travas da chuteira na canela do adversário, sangrou. A pressão foi forte e o árbitro expulsou o defensor do time baiano. Pois, pensam que o Vitória se aputou, recuou ? Engano. 

Aos 23 ‘, num lançamento defensivo, Dinei triscou e Marquinhos acreditou, ganhou na velocidade pela direita e bateu forte na saída de Cavalieri : 1 x 0. O time carioca empatou aos 27’, numa boa jogada de Biro pela direita, linha de fundo, batendo forte e rasteiro; o lateral Ayrton tentou cortar e marcou contra, empatando : 1 x 1. 

O segundo tempo foi emocionante. Ayrton de falta quase faz aos 11 minutos. Logo depois, Marquinhos se choca com Felipe na intermediária e pede falta, o árbitro ignora, a bola enfiada na linha de fundo é cruzada e Sobis na segunda trave escora : Flu 2 x 1. Aos 17, Marquinhos chuta forte da entrada da área, Cavalieri deu rebote e Juan empatou de novo : 2 x 2. Aos 19, no embalo, EScuderto cruza da esquerda, Marquinhos completa, a bola desvia e sobra para o iluminado William ‘pica pau’ Henrique fazer 3 x 2. O jogo lá e cá, parecia, às vezes que era o time baiano que tinha mais jogadores em campo. Aos 40’, depois de bela jogada individual do ‘pica pau’, goleiro vencido, a bola bateu na trave e sobrou na praia para Marquinhos, ele e as redes, mas o menino bateu por cima, inacreditável ! Venceu o melhor em campo. Fim de papo. 

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O time inteiro do rubronegro esteve bem, Ney Franco no Banco, o goleiro Wilson, a zaga, os laterais, Dinei, a excelência de Cáceres, Escudero... mas a estrela foi Marquinhos, um jogaço do garoto, desequilibrou.

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O Vitória pega o Corínthians no meio da semana, quinta, no Barradão. Jogão. O time paulista é osso duro, sempre, em qualquer campo ou circunstância, mesmo sem vir fazendo uma boa competição este ano. 

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Vaias da torcida

Na Fonte Nova, à tarde, o Bahia mais uma vez não conseguiu vencer. E jogou desde os 37 minutos da primeira etapa com um atleta a mais em campo, em conseqüência da expulsão do meia Bruno Silva do Atlético(PR). Helder foi também expulso, mas já depois dos 30 minutos da segunda etapa. O time saiu vaiado no intervalo e no final da partida. Aliás, parte da torcida tricolor tem ido a campo apenas para vaiar a equipe, pegando no pé de alguns jogadores, os prata-da-casa Madson, Talisca e agora também o lateral Raul. Inexplicável. Sò faz piorar a situação do time que é fraco, não tem um elenco capaz e precisa muito do apoio do torcedor para se superar em campo e não voltar a cair para a segundona. 


O primeiro tempo não foi um bom jogo. Muita marcação dura, chutões, bolas altas, ligações diretas e os meiocampistas sem por a bola no chão, sem conseguir uma trama, um bom passe, nada, apesar do ótimo e linheiro gramado da Fonte Nova.

Aos 9 minutos Éderson, de bico, assustou, a bola a um palmo do posta de Lomba. Aos 12 Madson tentou de fora mas pegou fraco na bola. Aos 20’, num chute cruzado, Rafael Miranda obrigou o goleiro Wéverton a uma boa defesa. Dois minutos depois, o mesmo Wéverton fez uma defesa espetacular numa cabeçada de Obina pra baixo, a queima-roupa, salvando o gol. Aos 28, Madson foi derrubado pelo zagueiro Luis Alberto na hora do arremate e a torcida pediu pênalti, mas o juiz ignorou. Aos 33, em nova jogada de Madson, cruzamento na área e Bárbio pegou mal. Aos 37, após uma falta por trás em Rafael Miranda e um empurrão na cara de Lucas Fonseca o meia Bruno Silva (que jogou pelo Bahia na temporada de 2011) foi expulso. Aos 41, em boa arrancada, Raul bateu forte e enviesado, mas o goleirão salvou. 

Como se pode notar, o tricolor chegou mais, chutou mais, criou mais... mas não fez o gol e a torcida não perdoou, vaiou no intervalo. Cristóvão voltou para o segundo tempo com Fabrício em lugar de Madson e Talisca no de Marquinhos. Mas foi o time paranaense que ameaçou o arco de Lomba, antes do primeiro minuto. Logo depois, Talisca da sua intermediária enfiou um lançamento de mais de 40 metros e deixou Obina de frente com o goleiro, o avante tocou com categoria por cima do goleiro que saia em seu encalço, fazendo um golaço : 1 x 0.

Aos 12 minutos, porém, Barbio perdeu no corpo a corpo uma bola boba no meio campo, a defesa adiantada, e proporcionou um contragolpe: Delatorre entrou em velocidade nas costas de Raul, cruzando forte e rasteito para o artilheiro isolado do campeonato brasileiro, Éderson, antecipar-se a Lucas Fonseca e desviar de Lomba, empatando: 1 x 1; deixando nervosas a equipe em campo e a torcida tricolor nas arquibancadas. 

O jogo ficou aberto e mais emocionante, melhor de ser ver, com tramas e contragolpes, o Atlético sempre perigoso. Mas o tricolor baiano criou chances de desempatar com Barbio, Obina, e um belo chute de fora, por cobertura, de Talisca. A melhor oportunidade aconteceu já nos acréscimos, quando Obina levou na conversa uns três zagueiros e da entrada da área deu uma chutaço que cobriu o travessão arrancando um ‘uuuuhhh’ da galera. 

*

Feijão, Démerson, Madson, Obina e Talisca (que belo passe, de craque, no gol de Obina) foram os melhores pelo Bahia. Raul, abaixo do normal, Fabricio Lusa fraco, Marquinhos Gabriel e Barbio irreconhecíveis. 

No Atlético, o goleirão Wéverton trabalhou muito, os zagueiros Luis Alberto e Dráusio arrepiaram e os atacantes Delatorre e Éderson (o artilheiro do Brasileirão, isolado) destacaram-se na equipe vermelha e preta do Paraná, classificada entra as quatro primeiras na tabela. 


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Pipoquinhas : 


- O Palmeiras, algumas rodadas antes do final da Série B, já se classificou e está de volta à Primeirona, Série A, em 2014. Salve o Verdão de São Paulo. 
- Jogo às 15 horas, por exigência da rede de televisão, é um atentado ao condicionamento e a saúde dos atletas. Um calor insuportável sob o isolamento de plásticos e cimento armado das tais arenas. Um sufoco. 

- O Cruzeiro é líder e está sobrando. No embalo que vai será campeão brasileiro de 2013 com antecedência, várias rodadas antes de acabar a competição. Fez 5 x 3 no Criciúma. 

- Na parte de baixo, o Náutico afunda. Levou 2 x 0 do Goiás, em Recife. 


- Falaram, prometeram tanto o tal ‘legado’ da copa aos baianos, mas o que a copa vai nos deixar, ‘de mermo’ serão dívidas, muitas e altíssimas. Pra se ter uma idéia, os baianos vão passar 35 anos (gerações) pagando os custos da implosão da velha Fonte Nova, demolição do ginásio e das piscinas, e da construção da nova Arena, um ‘pinicão’ de plástico e cimento armado, infame. Quanto ao resto – mobilidade, serviços, infra, aeroportos e portos, comunicações... – bem, tratemos de cobrar nas urnas, em 2014. 


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