Esportes
Zé de Jesus Barrêto
21/10/2013 às
10:41
UM DOMINGO cinza para a dupla BAVI no brasileirão
Não foi um domingo feliz para o torcedor baiano
O Vitória, de olho numa classificação para a Libertadores da América, não conseguiu vencer a Portuguesa (a Lusa do Canindé) em São Paulo e, com o empate ( 1 x 1), caiu algumas posições na tabela de classificação, agora está em sétimo lugar, um pouco mais longe do bloco dos quatro primeiros. Poderia ter ganho o jogo, a Lusa não é lá essas coisas, mas perdeu gols à beça e bobeou defensivamente.
O Bahia, à tarde, na Fonte Nova, perdeu para o São Paulo ( 1 x 0) e está na pendura, na beira da zona de rebaixamento, em 16º lugar, estacionado nos 36 pontos, a três apenas do Vasco que é o mais próximo dos quatro últimos colocados, a terrível zona. O pior, o tricolor baiano perdeu para um adversário que atuou a maior parte do tempo com um jogador a menos em campo, e os últimos 15 minutos com dois atletas a menos, ambos expulsos. Mesmo assim, com um futebol lento, previsível e burrocrático (assim mesmo, com dois erres), o tricolor não teve competência para fazer um golzinho sequer, deixando seu torcedor injuriado e já com a calculadora nas mãos. Será que vai dar?
A situação do Bahia na tabela tem muito a ver com a crise política e administrativa do clube, que não contratou, não reforçou o plantel e tem um grupo limitado, em quantidade e em qualidade técnica, que não oferece opções para o treinador.
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Canindé
Não foi um grande jogo, no estádio do Canindé (SP). A partida começou pagada, sem grandes trocas de passes, muitos erros e sem jogadas de área. A Lusa, até por estar em casa, tomou as iniciativas, mas foi o Vitória que marcou, aos 18 minutos, numa boa penetração pelo meio, Cajá tabelando e deixando Cáceres em condições de finalizar com o pé direito: 1 x 0. A Portuguesa, sem o artilheiro Gilberto, sentiu o golpe e o time baiano tomou conta das ações, mas ameaçou pouco a meta de Lauro.
Na segunda etapa a Lusa avançou a marcação e foi pra cima, empurrada pela sua pequena torcida nas arquibancadas. Tentou sobretudo com bolas alçadas na área rubronegra, mas Wilson mostrou-se seguro. Aos 4’ o William ‘pica-pau’ entrou driblando, limpou mas bateu por cima. Aos 17’ a Lusa empatou após um cruzamento rasteiro, da direita, que o Luis Gustavo não conseguiu cortar e Moisés finalizou: 1 x 1. O jogo melhorou, ficou mais aberto. Souza bateu falta perigosa de um lado, Ayrton pelo outro. Aos 29’ Marquinhos entrou livre, de cara, bola dominada e Lauro cresceu na sua frente impedindo o gol. Dinei também perdeu boas chances em duas cabeçadas aos 34 e 37 minutos. A Lusa teve boa chance aos 43’ e foi só.
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Cáceres, Cajá e Juan foram os melhores do rubronegro. Marquinhos esteve irreconhecível e Dinei pareceu meio desligado.
Na Lusa, o goleiro Lauro, o zagueiro Waldomiro e o meia Souza se destacaram. O atacante Gilberto, artilheiro da equipe, fez falta.
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O Vitória tem uma semana de descanso e treinamento para enfrentar o Fluminense do Rio, domingo, no Maracanã.
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Desalento
Sem explicações. Fonte Nova com bom público, o São Paulo terminando o jogo com dois jogadores a menos (teve dois expulsos, um dos quais aos 35 minutos do primeiro tempo), e, apesar disso, o Bahia não conseguiu marcar sequer um golzinho: acabou perdendo por 1 x 0, com um gol de Aloísio no primeiro tempo. Desolador.
Desde que a bola rolou o time paulista tomou a iniciativa. O tricolor baiano parecia acanhado perdendo as bolas altas, os rebotes, as divididas. Mas coube ao garoto Feijão o primeiro lance de gol, fazendo boa jogada e arriscando de longe um chute forte que desviou na marcação, passou pelo goleiro R. Ceni e chocou-se contra o travessão. Aos 23, o zagueiro Tolói enfiou uma bola longa nas costas de Raul para o avante Aloísio; Titi não acompanhou o atacante, ele entrou em velocidade e meio sem ângulo encheu o pé na cara de Lomba que não saiu para abafar o lance e ainda se abaixou: 1 x 0. Aos 26’ Marquinho chutou e Ceni deu rebote nos pés de Barbio que errou feio. Aos 30’ Lomba salvou uma cabeçada a queima-roupa de Aloísio. E, aos 35’, o volante Denílson deu uma entrada violenta em Barbio, no meio campo, e foi expulso.
Daí por diante, o resto da primeira etapa e toda a etapa final o São Paulo fechou-se com duas linhas paralelas de quatro jogadores na frente da sua grande área e o jogo tornou-se uma espécie de ataque contra defesa. O time paulista defendendo-se de todas as formas e esperando o erro baiano para contragolpear, se possível. No reinício do jogo, em duas bobeiras defensivas do Bahia, quase o São Paulo amplia com Aloísio e Ganso.
Ao time baiano sobravam afobação, incompetência e faltava inspiração. O treinador Cristóvão pos a equipe toda na frente, com Souza e Wangler em lugar de Bárbio e Feijão (que era o melhor do time em campo).
Madson arriscou fraco aos 13’; Marquinhos recebeu de Helder, driblou o zagueiro já dentro da área e perdeu o gol; aos 24, Helder arriscou de fora e jogou longe. Aos 32’ o meia Maicon debochou da arbitragem e foi expulso bobamente ( o treinador Murici retou com ele) . O Bahia ficou com dois a mais em campo, mas... cadê qualidade? Aos 35’ Raul fez boa jogada e bateu forte, raspando a trave. A torcida enlouquecida nas arquibancadas cobrava eficiência, queria o empate. Aos 42’, Rafael Miranda, de frente, chutou mal; aos 45’ Fernandão, livre, de frente para R. Ceni, enroscou-se com a bola e caiu de maduro. Já aos 46’, Helder, de frente, bateu forte e alto, perdendo a última chance de gol.
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Destaque no time vencedor para a defesa, com Paulo Miranda e Tolói ganhando todas; para o maestro Ganso, com boas jogadas e elegância no meio campo, e para o guerreiro Aloísio, perigoso. O time soube suportar as adversidades das expulsões no jogo e catimbou, mascou, levou o jogo na manha e conseguiu o resultado.
No Bahia... salvaram-se, pela vontade, Feijão e Raul. No mais, muita dificuldade na saída em velocidade, no passe final, nos arremates. É um time sem gana de golear, inapetente, lento de raciocínio e leso de futebol. A torcida pegou no pé de Madson e vaiou o jogador quando foi substituído. Injustamente, não foi dos piores em campo.
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O tricolor tem uma semana difícil, de labuta, com dois jogos importantíssimos: Na quinta, enfrenta o Nacional de Medellin (Colômbia) pela Copa Sulamericana. Perdeu a primeira na casa do adversário (1 x 0) e precisa ganhar na Fonte Nova para passar ás quartas de finais da competição. Um jogo difícil, pois o Nacional é um time acostumado às competições internacionais, costuma surpreender fora de casa.
No domingo próximo, já pelo Brasileirão e ainda na Fonte Nova, o Bahia pega o Atlético do Paraná, que hoje é o quarto colocado na competição e tem ao artilheiro da competição, Ederson. Nem pensar em empate, menos ainda em derrota. Fernandão e Souza, os dois centroavantes, estão fora, suspensos por cartões amarelos. É a vez e Obina. Tudo ou nada, já chegando a hora do desespero.
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