BAVI e JUÁJUÁ uma rodada sem sal e pimenta

Independente dos resultados deste domingo, pela última rodada dessa fase classificatória do campeonato baiano 2013, já estão definidos os quatro times que disputarão as semifinais e também os respectivos confrontos: O Bahia enfrenta o Juazeiro e o Vitória enfrentará o Juazeirense. 

Assim, a rodada domingueira apenas servirá para definir  quem vai se classificar  em primeiro e/ou segundo lugares de cada chave ou grupo. Bahia e Vitória, ambos ocupando a segunda colocação em seus  respectivos grupos, se pegam na nova Fonte Nova, onde o tricolor ainda não sentiu o gostinho de um triunfo sequer. E lá na beira do São Francisco os dois times da ‘terra das carrancas’, lideres até então em suas chaves, medem forças num clássico Jua x Juá inédito e que está agitando o norte do sertão baiano. 

Ora, perguntaria o leitor, então de que valerá o clássico na Fonte?  Bahia e Vitória tentarão vencer, e precisam torcer para que seus adversários diretos ( Juá X Juá ) percam, pois só assim poderão (um ou outro) se classificar em primeiro lugar, o que dá a vantagem de disputar o segundo jogo do confronto das semifinais em casa, no seu estádio, diante de sua torcida. Se houver empates, em Salvador e em Juazeiro, os times do interior terão vantagem nas semifinais. 

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Os clássicos:

O Vi X Ba na Fonte Nova tem um gosto especial e amargo para o tricolor, ainda baqueado da surra que levou no domingo da inauguração do novo estádio: 5 x 1 pra ninguém esquecer. É preciso dar o troco, é urgente conseguir um primeiro triunfo no estádio que era pra chamar de seu, já passou da hora de ganhar uma partida (há quatro não vence) e do Papai Joel obter uma vitoriazinha, pois desde que assumiu a direção técnica do time só empatou.  

A equipe tricolor em campo não deslancha, não encaixa, erra passes demais e não consegue fazer gol, nem de pênalti.  A torcida vaia até cobrança de lateral, indignada, injuriada, querendo derrubar diretoria, gerente de futebol, treinador, jogador, muros, prateleiras... Pois nunca passou nem tem noticia  de tanto vexame assim  desde a fundação do clube em 1931.  

O rival rubro-negro parece uma montanha-russa: dias joga bem, aplica goleadas, outros joga mal, apático e perde para equipes inferiores. A torcida rosna mas não perdeu as estribeiras ainda por causa do deleite que foi a goleada de 5 x 1 contra o grande rival tricolor inaugurando o novo gramado da Fonte. Não vai esquecer nunca daquele dia, claro, e curte na boa.  A equipe rubro-negra não é lá essas coisas todas, mas possui um meio campo mais técnico e atua com muito mais vontade, velocidade, objetividade  do meio para a frente. O time quando está inspirado faz gols. Pela campanha, pelo resultado acachapante do último clássico, o Vitória é favoritíssimo no domingo.  

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Juazeiro  X  Juazeirense, lá no norte, é um confronto de imprevisível resultado. São duas equipes humildes e guerreiras, bem treinadas, motivadas e atravessando aquela fase em que tudo que faz dá certo em campo. Entendo que a Juazeirense é melhor,  pelo desempenho até agora na competição, pela quantidade de pontos obtidos (cinco a mais que o adversário). Mas o Juazeiro, time mais antigo, tem mais tradição, e isso às vezes pesa em decisões.  

Olhos e ouvidos ligados, portanto, voltados para o que acontecerá no estádio Adauto Moraes, de gramado traiçoeiro. De lá, no domingo, pode muito bem estar saindo um fortíssimo candidato a Campeão de 2013...  é só esperar pra ver. 

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Vaias no Mineirão 

A semana foi pródiga em grandes ensinamentos no âmbito da bola, do futebol.

Em casa, reinaugurando o Mineirão (outra ‘arena’ para a Copa) , a seleção brasileira treinada por Felipão, um arrumadinho caça-níquel com jogadores  que atuam somente em clubes brasileiros, empatou com a seleção chilena ( 2 x 2 ), num babinha de doer. 

O escrete verde-amarelo, penta-campeão do mundo,  chegou a ficar na roda durante  longos minutos da etapa final, com a torcida mineira nas arquibancadas a vaiar os nossos e gritar olé em louvor aos visitantes. Bisonha a atuação do zagueiro Dedé, recém contratado pelo Cruzeiro, do lateral André, Ronaldinho Gaúcho e sobretudo de Neymar, de quem sempre tanto se espera. 

Ou seja, não temos time ainda para a Copa das Confederações que acontecerá em meados de junho próximo.  Não há  equipe, conjunto, padrão de jogo ... é cada um por si e seja o que Deus quiser em campo.  Tá muito feio o futebol jogado no Brasil, essa é a realidade.

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Jogaços 

Bonito de se ver foram as goleadas aplicadas pelas duas melhores equipes alemãs (Bayern de Munique e Borússia Dortmund)  sobre os ‘poderosos’ espanhóis  do Barcelona e do Real Madrid, para espanto de todos.  Foram os primeiros jogos das semifinais da Copa dos Campeões da Europa, o mais importante torneio de clubes do planeta. Os jogos de volta, nessa semana que entra, serão na Espanha. 

 Primeiro, o Bayern arrebentou com o Barça em Munique (4 x 0), com um show de bola, exemplo de marcação, de pressão o campo inteiro, de entrega dos jogadores, de disciplina tática e, sobretudo, de objetividade. Messi, ainda sem as melhores condições físicas, Xavi e Iniesta , os astros maiores da equipe catalã, não viram a cor da bola.  Timaço esse do Bayern, que, caso vença a competição, despontará  como a nova melhor equipe do planeta, sem dúvida. Destaques para a zaga, com Boateng e Dante (Baiano), o lateral Lahm, o extraordinário meiocampista Shwazenteiger e os atacantes Muller, Ribery e Robben.

        

No dia seguinte, em Bortmund, o Borússia atropelou o Real Madrid do sumido Cristiano Ronaldo, com um futebol aplicado, tático e uma atuação inspiradíssima do atacante polonês Lewandowski, que fez 4 gols, feito inédito numa semifinal de Eurocopa.