Esportes
Zé de Jesus Barrêto
18/02/2013 às  09:34

CEARÁ tirou o BAHIA e o VITÓRIA da Copa Nordeste

Futebol da Bahia passa por momento de baixa com dois times na Série A do Brasileiro e fora das semifinais da Copa do Nordeste


Futebol é um esporte enlouquecedor. E não é que o Vitória levou 4 x 1 do Ceará dentro do Barradão ? Caiu fora da Copa do Nordeste quando todos, torcedores e mídia esportiva, esperavam uma goleada fácil do rubronegro e já se discutia onde seria realizado o proximo jogo, em Arapiraca ou em Maceió, contra o ASA. O Ceará parecia favas contadas.    

Afinal,  o mesmo Vitória, no meio da semana, enfiou 2 x 0 no mesmo Ceará, lá em Fortaleza, jogando um futebol que foi muito superior ao adversário e foi motivo de elogios rasgados.  Mas... surpresa! Esse Ceará que derrubou o Vitória no Barradão foi o mesmo que venceu o Bahia em Pituaçu, ajudando a desclassificar também o tricolor da competição. Lembram ?

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  Assim, nada como um dia após o outro, como diziam nos antigamente. E o Vitória agora acompanha, segue a trilha do Bahia  e vai ficar mais de 30 dias parado, os rivais juntinhos para não haver provocações e ambos de molho à espera do início do campeonato baiano.  Um consola o outro, no preju. 

Sugiro que realizem  dois ou três Ba X Vi (em Pituaçu e no Barradão ) como jogos-treino, um olhando  bem pra cara do outro. Só não sei se os torcedores, envergonhados e enraivecidos, vão querer  ver.

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 Viva Ceará ! 

 Quem ficou bem na fita nesse final de semana foi o futebol cearense.  Os dois times de lá, o Ceará e o Fortaleza estão classificados para as semifinais da Copa do Nordeste.  O ‘Vozão’ enfrenta  o ASA de Arapiraca e o Fortaleza vai encarar o Campinense. 
   
  O Sport e o Santa Cruz também foram desclassificados dentro de casa, no Recife, diante de seus torcedores.  Assim, Bahia e Pernambuco, os dois estados mais importantes da região e onde sempre se jogou o melhor futebol da região, estão fora.   Viva o Ceará, a Paraíba, as Alagoas, hoje e agora, no campo da bola, os melhores do Nordeste. 

  Mas quem, de vera, imaginava esse desfecho?  O futebol é realmente um esporte, um jogo surpreendente.  Daí o seu encanto.

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  O Jogo
  
  Dono da casa e da torcida, favorito absoluto e tido como muito superior ao adversário, tanto técnica como individualmente, o rubro-negro baiano sufocou desde o começo da partida, marcando na frente, sem deixar o time visitante respirar, atacando sempre com quatro, cinco jogadores (Maxi, Nicácio, Cajá, Escudero, às vezes Luis Alberto, os laterais...), na pressão. 

  Aos 7 minutos Maxi, o primo de Messi, fez uma ótima jogada pela direita mas Nicácio não conseguiu finalizar, na pequena área.  Aos 13’, Escudero  faz bela jogada, Nino cruzou e Cajá  chegou a empurrar a bola para as redes, mas o árbitro marcou uma falta de ataque.  Até os 20’ o Ceará não tinha conseguido passar do meio campo, mas, no primeiro ataque, aos 21’, o veteraníssimo Magno Alves aproveitou-se de um cochilo geral da zaga rubro-negra e cutucou de cabeça, abrindo o placar e emudecendo o Barradão -  1 x 0.  
O Vitória  logo respondeu com um balaço de Nino Paraíba na trave. Aos 25’, após cobrança de um escanteio bem ensaiado, o zagueirão Rafael Vaz, à vontade, completou para as redes, fazendo 2 x 0, com a zaga da casa apreciando.  O time baiano sentiu o golpe, alguns jogadores mostraram nervosismo, errando passes,  e o Ceará equilibrou o jogo, foi pra o ataque.

  Aos 2 minutos do segundo tempo Maxi fez  boa jogada e passou para Luis Alberto que bateu cruzado acertando a trave de Fernando Henrique.  Mas aos 4 minutos o lateral  Éric aproveitou-se de um erro grosseiro  da zaga rubronegra na saída de bola e entrou livre, pelo meio, para fuzilar e fazer 3 x 0, deixando todos na arquibancada de olhos arregalados. O que estava acontecendo?  Aos 7’ Pingo entortou o zagueiro Gabriel Paulista e marcou o quarto, com classe – 4 x 0 . 

  Com a goleada escrita, muitos torcedores começaram a deixar o estádio, enquanto outros vaiavam o time, perdido em campo com os erros seguidos da zaga.  Aos 15 minutos o árbitro expulsou Éric, após uma falta e o segundo cartão amarelo. Mesmo com um homem a mais em campo o rubro-negro não conseguia furar o bloqueio cearense: ora esbarrava no goleiro Fernando Henrique, ora os atacantes trombavam com os zagueiros, ora aparecia a trave, ficava estampada a ansiedade, o nervosismo, a incapacidade...   O gol rubronegro sairia aos 29’,  dos pés de Maxi (o melhor do time) , aproveitando um bate-rebate da zaga alvinegra.  A torcida despertou, o Vitória foi todo para o ataque, mas... o gol dois não saiu. 

   Já aos 45 ‘ aconteceu um lance polêmico que pode acarretar prejuízos ainda maiores para o Vitória. Dinei caiu na área (teria sido derrubado ou jogou-se?) pedindo a marcação de uma penalidade máxima, mas o árbitro pernambucano Gilberto Rodrigues não deu a falta, entendeu que houve simulação do atacante. A partir da decisão tomada, o árbitro foi cercado, xingado e levou até uma mãozada na cara, do meia Cajá.  Foram expulsos no ‘bafafá’ o próprio Cajá (que deve pegar uma punição forte porque a TV mostrou claramente a agressão) e o argentino Escudero, por reclamação.

Não havia mais tempo para nada, o Ceará venceu com méritos, classificou-se e o Vitória caiu de quatro diante de seu torcedor... perplexo.    

  Pronto, era o que faltava: O Vitória vai passar a quaresma em retiro, penando, ao lado do Bahia, mãos dadas. Quem sabe na Páscoa ressuscitem, juntos ?  
 
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  Destaques no Ceará para os dois Ricardinhos: o treinador, que mostrou competência e armou a equipe para vencer explorando o ponto fraco do adversário, o mesmo que já havia feito contra o Bahia em Pituaçu, dias atrás : e o outro Ricardinho, o meia, camisa 10, que engoliu o meio campo adversário, jogou muito o tempo inteiro; e mais o marcador Diogo Orlando, incansável. 

  No Vitória, o melhor em campo foi o baixinho Maxi Bianccuchi ( primo do Messi): driblador, rápido, insinuante, atuando como um autêntico ponta direita; alguns lampejos de Cajá e de Escudero,  um futebol elegante e de passes longos de Luis Alberto e só.  A defesa, sobretudo o miolo de zaga com Gabriel e David Braz, esteve numa tarde horrível, pra esquecer. 


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  Qualé a de Jorginho ? 
Do lado do Bahia, vi e ouvi uma entrevista essa semana com o treinador Jorginho que me provocou espanto: lúgubre, triste, desanimado, sem saber o que fazer nesses dias de quarentena  forçada, de paradeira da equipe desclasificada. 
 Ora, compadre, vai treinar o time, fazer coletivos, ensaiar jogadas, por os jogadores para chutar em gol de longa e média distância (o time do Bahia não chuta!!!), vai motivar os atletas, ou peque a mala e se pique! É preciso, já, buscar com os jogadores um jeito de atuar em campo com objetividade, cobrar  da diretoria a regularização dos atletas contratados, pagamento de salários, condições de trabalho... corrigir os defeitos  que o time mostrou nesses primeiros e desastrados jogos do ano.   Ou o barco está mesmo à deriva e ele perdeu totalmente a liderança junto ao elenco ? 

Aliás quem é o diretor de futebol do Bahia hoje ? O time padece de falta de gerenciamento, de cobrança, de profissionalismo!!! É o que se sente nas entrevistas... e em campo.  

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 Vem aí a Fonte Nova, temos o Campeonato Baiano, a Copa do Brasil e depois o Campeonato nacional.  Pelo começo dos nossos maiores clubes/times...  teremos um ano de 2013 de muitas dificuldades e aflições.  Há algo de muito errado nesse futebol baiano.


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