Esportes
Zé de Jesus Barrêto
12/04/2012 às  14:03

O TAMANHINHO DO NOSSO FUTEBOL NOS DIAS ATUAIS

Está precisando melhorar e muito


Foto: Futurapress
Bahia perde para Remo e mostra as suas deficiências
Os resultados obtidos pelos times baianos na rodada da Copa do Brasil nesse meio de semana demonstram muito bem o tamanhinho do nosso futebol, hoje, dentro e fora de campo.

O nosso atual Campeão, Bahia de Feira, foi goleado pelo São Paulo (5 x 2 ), com o Joia da Princesa lotado, o que há muuuito não se via. O ‘tremendão' foi valente, fez até um bom jogo, mas o time paulista foi ajudado por uma arbitragem safadinha do Sr Marcos André Gomes da Penha, do Espírito Santo, que parecia vestir a camisa do Morumbi em campo, no embalo da torcida (a grande maioria sampaulina) e de grande parte da imprensa que se mostrava mais interessada em paparicar os ídolos do time do Sul (afffe!!!) do que informar decentemente.

O jogo no Joia

O SP abriu o placar numa manjada jogada de cobrança de falta e bola aérea em que o zagueiro Rodolpho chegou na bola antes da zaga e testou. O time feirense não tremeu nem se acovardou, empatando num chute rasteiro de Carlinhos após bela jogada de João Neto.

Estava equilibrado, mas Luis Fabiano entrou de cara e o goleiro Dionantan mergulhou nos seus pés para a defesa; malandrão, o atacante atirou-se e o árbitro ‘sampaulino' marcou a penalidade máxima que só ele viu e, por cima, detonou definitivamente o time da casa expulsando o goleiro. Isso aos 35 minutos do primeiro tempo.
Inferiorizado na camisa, na qualidade individual do elenco e no número de jogadores em campo restou ao Bahia de Feira perder com dignidade. Só.

Para dar mais um atestado de que temos muito a fazer e o que cuidar, o reinício do jogo na segunda etapa demorou a acontecer porque uma das torres de iluminação do Joia apagou. No final, injustamente, a torcida nas arquibancadas gritou ‘Olé', com a troca de passes do São Paulo, satisfeito com o resultado. Assim, o time de Arnaldo Lira, que não jogou mal, que não se entregou, caiu fora da Copa do Brasil mais cedo.

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Vexame no Mangueirão

Já o Bahia, o tricolor da capital, atual líder do campeonato baiano, foi a Belém do Pará enfrentar o Remo, fez até um bom jogo, teve o domínio em campo, tocou melhor a bola ... mas saiu com o amargo da derrota (2 x 1), por culpa de seus próprios, gritantes e conhecidos erros defensivos.

O time estava se acomodando com o gramado pesado do Mangueirão, atacava bem, quando , num contragolpe, o becão Donato ‘engrossou' numa rebatida e a bola dividida acabou batendo no peito do lateral Madson, resvalando no braço segundo entendimento do árbitro Edmar Campos da Encarnação, do Amazonas. Caseiro, só ele viu o tal pênalti, convertido em gol ( 1 x 0 Remo). Minutos depois uma cabeçada do atacante Ciro, do Bahia, em direção ao gol foi interceptada pelo braço de um zagueiro do Remo, mas o ‘juzão' fez que não viu o pênalti claro em favor dos visitantes. Melhor qualificado individualmente, o Bahia não se assustou e empatou com uma cabeçada de Diones, após boa jogada de Gabriel.

Com o jogo sob controle, o tricolor baiano criou boas chances de ampliar ainda no primeiro tempo e até os 20 minutos da segunda etapa, com Diones, Lulinha e Morares perdendo boas chances. Daí em diante, houve um apagão físico e técnico do lado tricolor e, apertada, a defesa exibiu toda a sua fragilidade.

Marcação frouxa na frente da área, os laterais (Madson e Gutierrez) sem nenhuma força ofensiva , deixando espaços para os contragolpes e, muito mais: Donato e Titi rebatendo mal, errando passes, marcando equivocadamente,entregando o jogo. Aos 24 minutos, Madosn vencido, a bola foi cruzada rasteira para a área e Titi tirou mal, de canela; o veterano meia Magno pegou o rebote, na meia lua, e bateu forte no canto para desempatar e dar o triunfo do Remo.

Outra observação: mais uma lastimável a atuação do atacante Ciro: não conseguiu dominar uma só bola, não conseguiu dar um chute sequer na meta adversária, não tem mostrado condições de vestir a camisa tricolor.

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Alerta máximo: Falcão precisa resolver o gravíssimo problema de entrosamento entre os becões Titi e Donato. Definitivamente, eles não se casam, não se entendem, se posicionam mal, comprometem. Os laterais morreram, o preparo caiu na metade da segunda etapa.

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Quanto à arbitragem caseira, fica a pergunta: se fosse um Flamengo, Vasco, Corínthians, São Paulo, a CBF teria a cara de pau de escalar um árbitro amazonense, totalmente desconhecido e em fim de carreira, já sem preparo para acompanhar as jogadas? Claro que não. Mas é o Bahia, vai aí qualquer coisa! Quem afinal nos representa na CBF hoje em dia ? Ednaldo ? Home quá! E cadê a ‘força' do Bahia lá no Rio, onde as decisões são tomadas?

Estamos acostumados a ver Bahia e Vitória serem garfados em Pituaçu e no Barradão em campeonatos nacionais, num favorecimento explícito aos chamados ‘grandes' do Sul e com nossa imprensa (ou parte dela) de biquinho calado, aplaudindo tudo como bem fizeram os torcedores que foram ao Joia ver o timaço do São Paulo, com Lucas, Luis Baiano e companhia.

Nos apequenamos, dentro e fora de campo, é a realidade.

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Tá bom, o Bahia segue na Copa do Brasil e recebe o mesmo Remo em Pituaçu, na próxima quarta, precisando apenas de um vitória simples sem tomar gol. O difícil para o Bahia hoje não é fazer gols, difícil mesmo é não tomar, com essa defesa de becões de roça.

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Empate no Frasqueirão

Dos nossos três representantes, o que obteve melhor resultado foi o Vitória, arrancando um empate no estádio Frasqueirão, Rio Grande do Norte ( 1 x 1) contra o ABC de Natal. Nenhuma grande exibição, mas jogou o suficiente para continuar seguindo adiante na Copa do Brasil obtendo uma vitória simples na próxima quarta-feira, no Barradão, contra o mesmo adversário, que não é nenhum bicho-papão.

A nossa mídia esportiva, que também pensa pequeno como o tamanho atual do nosso futebol, não tem por que festejar tanto um empate duro contra o valente ABC, que teve chances de vencer o jogo, também.

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Pensamos que um time que se diz de primeira não pode encarar um brasileirão com uma zaga tão fraca, como é o caso do Bahia. E achamos também que um time que almeja chegar á primeira, como é o caso do rubronegro, tem de jogar muito mais do que aquilo que apresentou em Natal, contra o ABC. Precisamos crescer muito e nos impor, dentro e fora de campo.

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Definições no ‘Baianão'

No domingo acontece a rodada final que define os classificados para as semifinais e também decreta os que vão cair para a segunda divisão no campeonato de paroano.
O Bahia, líder e classificado com folga por antecipação, enfrenta o Atlético de Alagoinhas na casa do adversário. O Atlético ainda almeja, disputa um quarto lugar que significa uma vaga no torneio semi-final ; vai brigar me campo por ela, torcendo parta tropeços de Bahia de Feira e Vitória da Conquista .

O Bahia de Feira recebe o Juazeiro (em perene crise administrativa) em casa, no Joia, e lhe basta uma vitória simples para que fique com a vaga, o quarto lugar - credenciando-se assim para ser o adversário do tricolor da capital na semi-final. É o mais cotado para essa vaga.

Outro que ainda tem chance de obter essa disputada vaga é o Vitória da Conquista, que vai enfrentar o Camaçari fora de casa. Tem de vencer e também torcer para um escorregão do Bahia de Feira e do Atlético de Alagoinhas (seus concorrentes diretos).
No Barradão, o Vitória (vice-lider) pega o terceiro colocado (Feirense), disputando apenas posições na tabela, pois ambos estão já classificados e definidos como adversários nas semifinais (o segundo colocado enfrenta o terceiro) . Quem vencer na rodada de domingo leva vantagem de dois empates e de jogar a segunda partida em seus domínios, no confronto das semifinais.
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Lá na rabada da tabela de classificação, o Itabuna segura a ‘laterna' e já está desclassificado, caindo para a segunda divisão no campeonato de 2013. Uma decepção para os torcedores da zona do cacau. Juazeirense X Fluminense se pegam no Adauto Moraes, numa briga de vida ou morte, ambos torcendo para o Camaçari tropeçar. Um dos três vai cair, ao lado do Itabuna.

Teremos uma quente rodada domingueira, então.


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