Esportes
Zé de Jesus Barrêto
01/10/2011 às  20:14

JOGO DE "POCAR" CORAÇÃO COM DUAS VIRADAS EM PITUAÇU

Bahia 3x2 Avai


Foto: Antonio Alvim
Quem sorri por último, ri melhor e assim fizeram Lulinha e Júnior
Foi um jogo pra ‘pocar' coração mole o triunfo do Bahia sobre o Avaí (3 x 2, de virada) na boca da noite de sábado, em Pituaçu, diante de quase 17 mil tricolores nas arquibancadas empurrando, jogando com o time. O tricolor não jogou bem, foi até dominado em campo a maior parte do tempo, mas o triunfo foi importantíssimo nessa luta para se manter na primeira divisão em 2012.

Uma partida difícil, o Avaí veio para o ‘tudo ou nada', pois está na rabada da tabela de classificação, na zona do rebaixamento. Tanto que já aos 8 minutos Lomba fez uma defesa milagrosa, num chute de cara, de dentro da pequena área: a jogada surgiu de um erro bisonho de Camacho, escalado por Joel Santana como meia armador do time.

Até os 30 minutos só o Avaí jogou, o tricolor não se encontrava, errava os passes, a saída de bola, os contragolpes, tudo. Mas, aos 35, após a cobrança de um escanteio, Paulo Miranda brigou pela bola, que sobrou para Júnior, de costas para o gol: ele girou sobre o zagueiro e finalizou rasteiro fazendo 1 x 0, quando o time visitante tinha o domínio da bola em campo. Já aos 35, Júnior fez uma belíssima jogada, levou na conversa três zagueiros e passou para Camacho, livre, de frente, sem marcação, o goleiro batido: Camacho ficou com medo da bola e errou o alvo. A torcida caiu ‘matando'. Aos 40, Lomba salvou o que seria o empate.

A segunda etapa foi uma loucura. Com 1 minuto, o Avaí cobrou um escanteio rasteiro, a bola desviou na perna de Junior e tirou Lomba de tempo, ganhando as redes: 1 x 1. Só dava Avaí em campo e, aos 8', Pedro Ken ganhou a linha de fundo pela esquerda, tentou cruzar, a pelota desviou na perna de Titi e morreu nas redes, sem chances para Lomba - 2 x 1.

A equipe perdeu-se em campo, nervosa, errando tudo e o torcedor passou a gritar o nome de Lulinha, que entrou no lugar de Camacho, apagadão . Joel lançou em seguida Maranhão aberto na esquerda, buscando abrir as jogadas pelas laterais (entrou no lugar de Helder) e substituiu o atrapalhado Jones Carioca pelo experiente Reinaldo. Demorou de dar certo, pois o Avaí mascava o jogo, tocava a bola, ganhava tempo, defendia-se bem.

Boa parte da torcida, em desespero, já buscava os portões de saída de Pituaçu, quando aos 35', a Bamor gritando o Hino do Bahia para estimular a moçada em campo, aconteceu o lampejo: Dodô cruzou alto na área, Reinaldo ganhou na cabeçada e Júnior estufou as redes, empatando : 2 x 2. Daí para frente foi só alma, emoção, confiança na virada, que aconteceu quatro minutos depois: Maranhão chutou de fora, rasteiro e torto, para o gol, Lulinha alcançou a bola no meio do caminho, na altura da marca do pênalti e, escorregando, bateu rasteiro, no cantinho: 3 x 2. Um delírio vermelho, azul e branco nas arquibancadas, muito torcedor em lágrimas... como nos velhos tempos.
Destaques para Marcos e Júnior, autor de dois gols, boas jogadas e o melhor em campo.

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O Tricolor vai ao Rio, no fim de semana, enfrentar o Botafogo no Engenhão. Tem o desfalque de Fabinho, expulso com o atacante William (do Avaí) após um empurra-empurra, já no final da partida.

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Segundona

Não foi ruim o resultado ( 1 x 1 ) do Vitória contra o Paraná, na noite de sexta, em Curitiba. O time continua na paquera , chegando perto do grupo dos quatro da ponta de cima da tabela, mantendo o torcedor rubronegro na esperança de uma arrancada final para a classificação e a volta à ‘primeirona' no ano que vem. Tem elenco para sonhar alto, mas nem sempre o time engrena, vai alternando altos e baixos.
Como na partida contra o Paraná, quando saiu logo na frente do placar, com

Marquinhos fazendo 1 x 0 já aos 2 minutos, completando bom passe de Neto Baiano. O primeiro tempo não foi melhor porque faltou ‘matar o jogo' fazendo mais gols, porque Marquinhos saiu machucado e aplacou o poder de fogo do time e , ainda, porque cedeu o empate já nos acréscimos, depois de uma falta técnica marota apitada pela arbitragem; na cobrança, Fernando e Maurício fizeram lambança na pequena área e o Paraná não perdoou. Na segunda etapa o time baiano não teve o mesmo ímpeto e o Paraná criou chances para sair vitorioso.

Geovani foi o grande destaque positivo, mais uma vez. O veterano Gilberto estreou discretamente, precisa de mais ritmo e entrosamento e o goleiro Fernando, que sempre faz ótimas defesas, também anda entregando em rebotes bobos e saídas em falso; às vezes parece sem tempo de bola . Falta de treinamento?
Na terça, no Barradão, o rubronegro encara o Barueri, que não é nenhum bicho-papão. Deve ganhar mais três pontos, essenciais.

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Depois do bom jogo contra a Argentina, no meio da semana em Belém do Pará, estão em alta na seleção de Mano Menezes:

- O goleiro Jefferson, do Botafogo, em melhor fase do que o Júlio Cesar, da Inter de Milão, e já merecedor da titularidade. É calmo, tem ótima colocação, bons reflexos e não é presepeiro.

- O lateral esquerdo Cortez, ainda irregular na marcação, por imaturidade, mas excelente no apoio. É rápido, jovem, tem passadas largas e inteligência. Em 2014 deve estar tinindo.

- O zagueirão Dedé do Vasco, que é um armário mas marca bem, tem velocidade e sabe sair jogando. Tende a crescer mais com a maturidade até a Copa de 14.
- Lucas, o jovem meia sampaulino, dono de uma arrancada fenomenal; é inteligente e objetivo.

- Neymar atuou bem e deu seu show particular; bem que é bom de ver, feito Garrincha, mais ainda contra ‘los hermanos' argentinos. Quem segura o menino?

- Ronaldinho que esteve meio apagado na primeira etapa, subiu de produção depois do primeiro gol brasileiro, na segunda etapa, puxado por Neymar. Mas anda ‘pipocando' muito, tira a canelinha de ouro das divididas, sempre.

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A devotada ‘Torcida Tricolor' anda nas nuvens com o filme ‘Bahêa Minha Vida', em cartaz nalgumas telas da cidade. Quem viu se emociona. A história do time é contada a partir da paixão do torcedor, que, aos montes tem enchido as salas de projeção, transformando os cinemas, desde a entrada num grande espetáculo, como se fosse um jogo em Pituaaaço. Bandeiras, gritos, hino cantado, gols comemorados, lágrimas ... Ser Bahêa é algo especial, o filme mostra isso.


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