Há, em Paris, centenas de bares que promovem "happy-hours" onde os preços das bebidas e tira-gostos são mais baratos dos que nos restaurantes e bistrôs e você pode curtir "A Boa Mesa" sem sofrer um abalo em suas finanças e ainda se divertir com música para ouvir e dançar.
E existem os bares temáticos em esportes que são uma muvuca da zorra total. No último jogo entre o LIverpool x Real Madrid, domingo passado, esses espaços estavam super-aquecidos com alguns bebuns 'hooligans'.
Mas, também, os bistrôs oferecem "happy-hours" com preços menos salgados e horários limitados, normalmente entre 15hs e 17hs ou entre 17hs e 22hs onde é-se possível apreciar drinks e taças de vinho com mais calma.
Tem bares onde o "happy hour" é estendido a noite toda, casos do do Maud, do Menilmontant, mas, na maioria, o horário preferencial é até 22hs e apontamos só a titulo de dicas o Gare do Nord de Beluschi, o Decisão Certa e o Koukla. Tem uma lista imensa deles que pode ser consultada pela internet. Dê preferência ao que fica perto de sua casa ou hotel, lembrando que o metrô fecha a 1h.
Diria que prefiro os bistrôs mais sensíveis, mais intimistas, distante dos agitos, certamente diante da minha idade que não permite voleios mais pirotécnicos.
Adoro, por exemplo, o Le Paradis (o Paraíso) , da Rue Saint Martin, com terraço coberto de flores onde sentimos como se estivéssemos, de fato, num paraíso descrito por Dante. Le Paradise serve drinks variados, a cerveja belga Mort Subite que é deliciosa, perfumada, e um Côte de Rhone apreciável com taças a 5 euros.
Na França há uma cultura nos cafés e bistrôs estabelecida, ao que se diz, desde o século XIX, quando esses locais não tinham grandes movimentos de pessoas - especialmente de turistas - de tomar um café e/ou uma taça de vinho e ficar sentado horas com uma pedida única.
Ainda hoje é assim, embora, com o número crescente de turistas esse hábito não se modificou de todo, mas, o vai e vem das pessoas é mais intenso. Só os nativos apreciam ficar horas a fio sentado numa mesa lendo um jornal e consumindo somente um capuccino.
Eu mesmo - confesso - não consigo ficar horas com a mesma tacinha de Côte de Rhone e estou sempre pedindo mais uma, à moda baiana. "Tomar uma" ou "comer água" não são expressões usadas por acá.
Na colina de Montmart há o café Chappe com terraça para a rua Tardieu próximo a Sacre Coeur que é gostoso para sentar-se no final da tarde e ficar observando a galera andando de um lado a outro e os músicos de rua (veja nosso video). O blanc Broutlly custa 6 euros a taça.
E, no Rosa Bonheur, a beira do Rio Sena, no port de Invalides, o petit chabils custa 4.5 euros a taça, o rouge.
De nossa preferência, yo e la madame Bião de Jesus, por ser próximo de nossa casa ou no caminho de casa, adoramos o Dupont Café, onde uma garçonete francesa que namora um português, jovencita, está sempre a nos servir. La Madame não dispensa a Guinesse large e yo o Pinot Noir Rouge (.5.8 euros a taça). E, sempre que por lá vamos a casa serve um houmous com pães delicioso.
O Dupont tem decoração com muitas luzes e poltronas que encaixam bem as costas. E o mais admirável é que depois do happy-hour vamos para casa andando de mãos dadas. Romântico, pois.
Essas são as dicas de Dom Franquito para vocês. Na próxima crônica vamos falar de um restaurante bem francês, o L'Alsasce, tradicional, com comidinha do Leste da França.
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Dupont Café Paris
Rue de La Convention, 198
Cafe Chappe
Rue de la Trudeau, 8
Le Paradis
Rue de Saint Martin, 76
Rosa Bonheur
Port des Invalides
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