A casa da boemia reabriu para alegria dos que cultivam a boa música, a prosa, a história, a conversa de bar e a memória da cidade do Salvador.
Falo do Habeas Copus na luta desde 1967 o barzinho porreta da Marques de Leão, Barra, com o 'comendador' Sérgio Bezerra à frente desse patrimônio de Salvador mais uma vez repaginado, agora diante da pandemia do coronavirus com área externa na rua protegida por um grade e as comidinhas que fazem do local um bom ponto para degustar uns petiscos e saborear o chope creme da Brahma.
O Habeas tem muita história e até um grupo na internet para postar momentos que se passaram ao longo desses 44 anos, algums 'porres' homéricos, namoros, encontros, desfiles em sua banda na época do Carnaval, papos intermináveis de mesa de bar, uma vida ainda a ser escrita e colocada em livro.
Quem vai ao Habeas sempre encontra amigos e amigas da velha guarda do tempo de uma cidade do Salvador que não existe mais, dos bailes da AAB e Iate Club, das noitadas do Bahiano de Tênis e da Cabana da Barra, da época em que baianas de acarajé vendiam seus produtos em frente ao Oceania, dos bailres carnavalescos do Oceania, do tempo em que os homens abriam e fechavam as portas dos veiculos para as esposas e namoradas, era em que os espanhóis endinheirados donos de padarias davam monumentais festas de 15 anos para suas filhas, e das corridas de 'Formula 1" da Av Centenário.
São tantas histórias e tantos os personagens e não falarei deles porque posso omitor nomes o que poderia ser considerado um pecado capital, seria imperdoável, mas posso falar do garçom Renato, de Malaca, das encantadoras rainhas da banda, da moela com pão, do chope, do uisque, e do prazer quie sempre foi, ontem e hoje, de frequentar o local.
Era uma espécie de extensão de nossas casas. Local certo e seguro de encontrar os amigos, nos finais de semana, no meio da semana, na quinta de Santa Rita, nas segundas do choringo, da muvuca da banda com Jorge Betenquê, um mundo de histórias.
Estive com la señopra Bião de Jeus recente por lá e estava a postos o comandante do navio, da barca dos boêmios, Sérgio Bezerra, com a mesma simpatia e presteza dos anos 70 do século passado, dos 90, da virada do século, como se perpetuasse nesta sua casa de sonhos e amizades, de contos, ensaios e prosas, de música, de amor, de choro, de solidão.
Assim é o Habeas. Não é um barzinho comum. É um bazinho porreta slogan bem baiano, bem apropriado, com pedegree.
Pedimos a garçonete Eliana - estivemos com ela no Carnaval - abarás com molhos de pimenta e de camarão.
E ficamos a conversar. Sérgio diz - com otimismo - que vai convidar aqueles que desejam cozinhar em sua tenda o façam. Levem os amigos, os seus convidados, os ingredientes para um prato e produzam a festa. Essa vai ser uma nova proposta do Habeas. Voltará também a música intimista e a conversa da mesa de bar.
O cremoso descia suave. Solicitamos, então, a carne de fumeiro com fritas petisco dos melhores. A noite não estava para uma moela que é também uma espécie de carro chefe.
E, no cardápio base, tem os serviços de dobradinha, feijoada carioca, sapatel e moqueca de peixe do dia. E mais: kibes, carne de sol com fritas e outros.
Agora, bom mesmo do Habeas é a alegria, o papo, a conversa, rever amigos, um lugar bem especial.
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Habeas Copus
Rua Marques de Leão, 172
Barra, Salvador
Fone 71.99990.4949
Estacionamento zona azul
Abará porção R$18,90
Carne de fumeiro com fritas R$39,90
Chope R$7,90
Classificação 3 DONS
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