No segundo dia do horário eleitoral, tempo dos candidatos a prefeito de Salvador, dois deles, ACM Neto e João Henrique dedicaram parte das inserções para tratar da segurança pública.
Neto aproveitou a oportunidade para dar uma cutucada no governo Wagner e colocou além de manchetes de jornais revelando o crescimento da violência em Salvador, a declaração de um popular dizendo que a Bahia piorou. Pra fechar, estendendo a campanha com olhar para 2010, pôs uma fala do ex-governador Paulo Souto, referendando as propostas do candidato do DEM.
A rigor, o candidato do Democratas levou ao horário eleitoral o tema que mais aflige a população de Salvador, revelando um pouco da situação atual e quais as propostas que tem para reduzir a violência, inclusive mostrando o carro-chefe de sua campanha neste segmento o "big-brother" nos bairros.
O candidato também soube usar bem o "fala povo" a seu favor.
João Henrique também abordou esse tema apresentando a Guarda Municipal e o papel que terá na cidade, como força auxiliar da PM. João aproveitou a oportunidade para criticar Imbassahy (por não ter feito a GM) e Neto (por estar falando de coisas, câmaras de segurança, que ele estaria fazendo).
O candidato do PMBD, aproveitou o longo tempo que dispõe na TV para justificar o problema das barracas da orla atlântica. O depoimento de João até passa, mas, a matéria que ancorou o texto não foi convincente. De toda sorte, como salva-guarda valeu, pois, colocou um carimbo antecipado dizendo que o problema foi de Arnando Lessa, então secretário da Sesp, atual candidato a vereador pelo PSDB.
Se tivesse aproveitado todo o horário para detalhar seu programa de segurança se daria melhor. Dois e/ou três temas num mesmo programa atrapalha a cabeça do eleitor.
O programa do PT continua nas iniciais e completamente atrelado a Wagner/Lula. A fala descontraída e professoral de Pinheiro está enquadrada. O problema é a mensagem. Por ora, ainda está nos preâmbulos e a população está querendo saber dos finalmente. Mas, garante que fará suas propostas (não uma tempestade), todas viavéis.
O depoimento de Tarso Genro apenas reforça a biografia do candidato. Já o depoimento de Fátima Mendonça, esposa do governador, tem mais influência.
Imbassahy, candidato do PSDB, está olhando para frente. Está indo direto ao assunto e apresentou proposta na área social, além de ter mostrado como era o lixão de Canabrava e como ficou o bairro de Nossa Senhora da Vitória. É uma das marcas mais fortes do seu governo e ajuda a quebrar o discurso de João de que ele trabalhou para os ricos.
Canabrava merece um programa só dele. Mas, valeu como foi apresentado memorizando alguns pontos inclusive a entrega do título de posse da terra, em São Marcos e outros pontos da cidade.
Hilton Coelho, candidato do PSOL, anunciou que pretende acabar com a terceirização na Prefeitura, pois, quem manda na administração pública municipal são os empresários.
Na corrida dos candidatos competitivos, Pinheiro precisa mostrar o que pensa além de sua ligação com Wagner/Lula. Isso, creio, a população já indentifica. Agora, é preciso dizer o que pretende fazer com a cidade, objetivamente.
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