Política
Tasso Franco
28/10/2024 às  09:24

GESTÃO INVISIVEL DE ELINALDO ELEGEU CAETANO EM CAMAÇARI

Maior mérito da eleição de Caetano foi do próprio Luis Caetano politico experiente e agora quarta força mais importante do PT no estado


     Com 50,92% dos votos (80.626), Luiz Caetano (PT) foi eleito prefeito de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, durante o segundo turno no último domingo (27). O vereador Flávio Matos (União Brasil) teve 49,08% dos votos (77.724). Em uma disputa acirrada, o petista venceu as eleições com 2.902 votos de diferença.


  A vitória de Caetano, obviamente, é um êxito do PT e seus dirigentes na Bahia e ameniza, parcialmente, os fracassos do 1º turno onde perdeu em Salvador, Feira de Santana, Conquista, Lauro de Freitas e Ilhéus, só para citar alguns colégios importantes no estado. 

  Caetano, portanto, se tornou a ave rara do petismo no estado e se eleva a quarta mais importante peça politica do partido na Bahia, depopis de Rui Costa, Jaques Wagner e Jerônimo Rodrigues.

  Esse êxito de Luis Caetano deve ser visto com algumas observações no campo de política e o mérito maior se deve não aos caciques do PT no Estado (Rui/Wagner/Jerônimo) e mais a dois fatores fundamentais: o próprio Caetano, que já foi prefeito, é politico bom de votos e grande articulador; e o fracasso da gestão de Antonio Elinaldo, o qual derrapou feio no segundo mandato, fez uma gestão abaixo da crítica, medícore, e abriu espaços para Caetano encaixar o discurso da mudança e deu certo.

  O discurso de Caetano se encaixou como uma luva e o candidato Flávio Matos desamparado neste campo, sem ter o que apresentar, perdeu. 

  Ora, fenômeno parecido ou assemelhado, guardando-se as devidas peculiaridade de cada localidade, aconteceu em Lauro de Freitas. A prefeita Moema Gramacho descuidou da gestão no seu segundo mandato e Débora Régis, no discurso, fez o mesmo que Caetano em Camaçari, e a derrotou. Já no caso de Salvador, Bruno Reis, pelo contrário, tinha tantas coisas a mostrar que Geraldo Jr, que é bom político, não conseguiu encaixar nada.

  Não estamos aqui a retirar méritos de Jaques Wagner (o aliado mais próximo de Caetano), nem de Rui ou de Jerônimo, pois, todos deram suas colaborações, assim como foi importante a visita de Lula no segundo turno, embora não tenha mexido em muita coisa. 

   Se Lula tivesse vindo no primeiro turno, aí, sim, Caetano poderia ter vencido o pleito, pois obteve 49.52% dos votos (77.926) contra 49.17% (77.367) de Flávio.

  Caetano, portanto, venceu o primeiro turno com 559 votos de frente e ampliou essa diferença no segundo turno graças as alianças que fez, sobretudo com Oswaldinho MDB (0,71%) 1.100 votos no primeiro turno; e as sobras dos outros candidatos Cleiton (Novo) 695 votos; Cleiton Santos (PCO) 149 e Lazinho (PMB) 108. Pronto, estão à vista os segredos da mina.

  E não foram Lula, nem Rui, nem Jerônimo, nem Wagner, que amealharam essas alianças e sim o experiente Caetano. Já dissemos aqui e repetimos: quem ganha eleição é a politica e não o marketing. O marketing ajuda, mas, quem ganha mesmo é a aliança, a politica, e também a vice de Caetano que deu essa mão, o que não aconteceu com Flávio.

  Em nossa opinião, sem desmerecer méritos da cúpula partidária, o presidente do PT estadual Eden Valadares também ajudou e trouxe Gleci Hofmann a Camaçari, a apresidente nacional, para amenizar a ausência de Lula, porém, tire-se o chapéu a Caetano por ser competente, e faça-se uma missa de agradecimentos a Elinaldo, prefeito de gestão invisível. 


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