Todos os três candidatos (Jaques Wagner, Paulo Souto e Geddel Vieira Lima) lançados a governador da Bahia, em 2010, estão monitorando os cenários através de pesquisas. Até onde tenho conhecimento, não houve alterações substanciais no quadro até então de conhecimento público, com Wagner e Souto na casa dos 30 pontos, o ministro Geddel com 13%. Neste final de ano, tradicionalmente, a Folha de SP, divulga a performance dos governadores e prefeitos de 12 Regiões Metropolitanas, através do DataFolha, e aí teremos um quadro mais completo do Brasil e da Bahia.
As pesquisas dos três candidatos são em dois níveis: qualitativas e quantitativas. Recentemente, cerca de 30 a 60 dias, tanto o PMDB; quanto o DEM fizeram qualitativas para verificarem quais os pontos que são mais fragilizados do governo Wagner, empatia do governador com o estado, amor a Bahia, e também auscultando os desejos atuais da população em relação a um governo ideal. Não tive acesso à relatórios, mas, tomei conhecimento de alguns dados, os quais não posso revelar.
O governo também faz o mesmo em relação a Souto, Geddel e João Henrique. Entende uma fonte palaciana que o prefeito é emocionalmente muito instável na política e, como já disse que estava na fila como candidato a governador e depois se insinuou ao Senado, deve ser monitorado. Mas, os atuais dados de avaliação da administração do prefeito são tranquilizadores, porque não assustam. Mas, tanto Ondina como Salvador, sabem que o prefeito é bom de votos. Portanto, todo cuidado com ele é pouco.
O curioso, segundo essa mesma fonte palaciana, é que todo mundo tem pesquisa mas ninguém divulga nada. Na sua interpretação é porque o quadro continua bastante estável e o eleitorado ainda não se mobilizou para tendências mais acentuadas, em níveis de massa, e não apenas por vontades e/ou engajamentos políticos. Ou seja, todo mundo sabe que, as pessoas ligadas ao PT votam em Wagner; PMDB em Geddel; DEM em Souto. Porém, existe uma massa flutuante que, no frigir dos ovos, é quem decide a eleição.
Também todos sabem que pesquisas atuais refletem apenas um momento. Valem apenas como monitoramente dos cenários e não devem ser desprezadas. Mas, ainda assim, não são relevantes porque as alianças partidárias ainda estão em formação e só serão fechados em junho do próximo ano, durantes as Convenções. Até lá, como lembrou recentemente o governador, muita água ainda vai rolar e político detesta enxurrada. Quem atua nesse sentimento de levada, se dá mal.
Águas boas são as de calmaria. Deixam-se as enxurradas passarem e aí, sim, firmam-se os cenários com mais firmeza. A partir desta data, julho de 2010, as pesquisas terão outros valores e só poderão ser divulgadas aquelas que forem registradas junto ao TRE. Portanto, agora, todos os números devem ser respeitados, mas, não devem ser levados ao pé da letra, tanto na Bahia, como no Brasil. A leitura tem que ser para ajuste de trajetórias e conhecimentos de causas próprias e dos adversários.
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