A julgar por algumas declarações de representantes do partido e do próprio ministro Geddel Vieira Lima, o PMDB já definiu a sua primeira estratégia de campanha visando 2010, com o mote ou bordão de que "A Bahia tem pressa". E, indiretamente (e também diretamente) atingir o governo Wagner que teria, na ótica deste partido, um desempenho apenas regular.
Trata-se, sem dúvida, de uma expressão que, se utilizada aqui e acolá com reforço e apoio da mídia, como vem sendo citada, que incomoda bastante o governo e sua equipe porque é fácil de ser memorizada e remete a um estado de letargia na gestão administrativa bastante crítica.
Daí, pode ser desdobrada no marketing político, em 2010, para um dígito mais sintético, como foi o caso do Waldir moleza, em 1986, e ser fatal para o governador.
Quem está no governo é sempre vidraça. Não tem jeito. Então, para contrapor a essa estratégia e se proteger dos ataques a resposta mais adequada é desempenho com agilidade, trabalho e realizações. Não existe outro caminho. Salvo, manter o discurso da democracia participativa e republicana que atinge a uma faixa estreita da população e que não deve ser desprezada.
Mais recentemente, o PT ensaia uma nova dissidência interna como aconteceu em 2007 na disputada fraticida entre Jonas Paulo x Marcelino Galo que resultou num momento democrático louvável, porém, com sequelas enormes no partido e prejuízios a campanha do candidato petista a prefeito de Salvador, em 2008. Demorou-se demais para tomar as decisões e Pinheiro chegou ao cenário com um atraso enorme.
Então, põ-se em cena, agora, por Marcelino Galo e pelo deputado Yulo Oiticica a figura do prefeito de Camaçari, Luis Caetano, para enfrentar Jonas Paulo (vide artigo de Jonas na home deste site) nas eleições de novembro próximo, gastando-se munição e energia sem foco no principal.
Mas, isso faz parte da história do PT o que, no momento, não acontece no plano nacional onde o presidente Lula dá as cartas e já disse que a sua candidata e do partido à Presidência da República é a ministra Dilma Rousseff. Se o PT estadual tiver bom senso deveria seguir esse exemplo.
O governador Wagner e o seu governo não estão paralisados como difundem o PMDB e a Oposição. Na última pesquisa que ví, consubstanciada em relatório, a avaliação do seu governo era regular com possibilidades de melhorar os indicadores de ótimo/bom, situados em 43%. É pouco. Se comparados com os indicadores de Lula, quase 80%, é nada.
Daí que não há outro caminho senão trabalhar em ritmo de 100km por hora. Nesta quarta-feira, por exemplo, o governador realiza duas visitas a obras no subúrbio de Salvador. A partir das 8h, acompanha o andamento do Hospital Geral do Subúrbio, em Periperi. Logo depois, segue para o local de construção de 270 unidades habitacionais, no bairro de Águas Claras.
O trabalho de construção do Hospital Geral do Subúrbio encontra-se com 15% das obras conclcuídas e faz parte de um investimento de R$ 42,1 milhões. Quando estiver pronto, o hospital vai oferecer atendimentos médicos a crianças e adultos, serviços de urgência e emergência clínica, assim como intervenções cirúrgicas, traumato-ortopédicas e queimados.
Serão 248 leitos, divididos da seguinte maneira: 20 leitos de UTI adulto e 10 para pediatria, 20 leitos de semi-intensiva para adultos e 10 de semi-intensiva pediátrica, 10 leitos para queimados, 114 leitos de Internação adulto e 64 de internação pediátrica.
E, se for o caso de imitar o PMDB, tome obra na TV e nos meios de comunicação de massa pra que o povo fique sabendo o que se passa. No site da Agecom, só pra citar, há um banner do mosquito da dengue do verão passado.
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