Política
Tasso Franco
01/10/2014 às
09:46
DEBATE DA TV BAHIA serviu apenas pra cumprir tabela e não muda voto
Nada que empolgasse oeleitorado
O debate realizado pela TV Bahia na noite de ontem e inicio da madrugada de hoje foi muito parecido com o debate promovido pela TV Aratu, anteontem, com os candidatos a governador da Bahia sem a mínima criatividade, repetindo perguntas e com a mesma estratégia: Paulo Souto, o líder nas pesquisas evitando um confronto direto com Rui Costa (PT) e optando sempre por perguntar a Lídice da Mata (PSB) e isolando o candidato petista; Rogério da Luz (PRTB) em dobradinha com Rui para espinafrar Paulo Souto; e Marcos Mendes, PSOL, como metralhadora giratória "atirando" em Rui e Souto, preferencialmente em Souto.
Foi mais um debate que não acrescentou nada ao telespectador e quem votava em Souto continua votando nele; quem votava em Rui idem; e da mesma forma em Lidice, Da Luz e Marcos Mendes. Da Luz, mais uma vez, propiciou mais uma tirada hilárica da noite (depois do engasgo com o PIL no debate da Aratu) ao dizer que as pesquisas de opinião são fajutas e ele ainda tem até a chance de vencer o pleito no 1º turno.
Não houve nada que colocasse um dos candidatos em cheque ou alguma opinião que saltasse aos olhos dos telespectadores ao ponto dele se entusiasmar com algum dos candidatos.
Pelo contrário, todos pareciam muito enjessados, autómatos, decorebas de lições do marketing político e faltaram-lhes espontaneidade, algo que pudesse sensibilizar que estava em casa assistindo.
Até mesmo Paulo Souto, o mais experiente dos candidatos, ex-governador, não se apresentou à vontade, com boas tiradas políticas, salvo quando falou que "estavam jogando para a galera" no sentido de organizados em bloco para atingí-lo.
Lidice da Mata, senadora também de longo curso em debates e em tertúlias políticas, se mostrou muito decoreba com promessas que se mostraram aos olhos dos telespectadores dificieis de serem realizadas como a quadriplicação da BR-324, a construção de 320 novas escolas em tempo integral e um projeto de turismo utópico.
Rui, mais uma vez, cumpriu o papel organizado pelo seu marketing de tentar fazer comparativos entre o governo de Wagner e o de Paulo Souto, diria que teve até algum êxito na exposição de números, mas, falha ao dizer, ao mesmo tempo, que gostaria de ser governador para uma nova Bahia, uma Bahia do futuro. Parece algo incoerente já que o governo Wagner, em sua ótica, foi tão promissor.
Além disso, Rui promete demais na TV como se estivesse num palanque em praça público e as pessoas tendem a não acreditar no que diz.
Houve também um repeto de conceitos e afirmativas, do tipo vamos ver se o eleitor consegue gravar alguma coisa, Marcos Mendes insistinto na questão da URV para os servidores estaduais; Souto destacando o "holocausto"da insegurança com 38.000 mortes no governo Wagner; Lidice enaltecendo a sua "revolução" na educação; Da Luz com sua meritrocracia; Marcos Mendes com o purismo de que o PSOL é o melhor entre os partidos; e Rui Costa dizendo que fará muito muito mais pelo bem da Bahia.
O debate foi bem conduzido por William Waack, houve somente um direito de resposta concedido a Paulo Souto, e fecha-se com esse debate o ciclo de encontros entre os candidatos na TV, agora, na reta final, aguardando o momento de ir às urnas.
Diria que foi basciamente um debate pra cumprir tabela.
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