MARINA impõe cenário assustador ao PT e já anulou PSDB de Aécio

Mudou o cenário na politica nacional e Marina passa a ser a favorita

A pesquisa Ibope/Rede Globo/Estadão divulgada nesta noite de terça-feira, 2, Dilma Rousseff (PT) com 34% das intenções de votos; Marina Silva (PSB) com 29% e Aécio Neves (PSDB) com 19% mudou completamente o cenário eleitoral para a presidência no Brasil.

Mais sintomático ainda nessa corrida é que Marina Silva numa provável disputa com Dilma no segundo turno abre uma diferença de 9 pontos percentuais (45%x36%), com 9% de brancos nulos e 11% de não sabem. Ademais, Dilma tem uma rejeição na casa de 36% e Marina apenas 10%.

Os números divulgados hoje ainda faltando mais de 30 dias para as eleições causaram uma imensa pororoca, os candidatos que disputam com Marina vão ter que rever seus pontos-de-vista, e, a julgar pelos indicadores em ascensão da acreana, Aécio perdeu o time e está praticamente fora do segundo turno e da possibilidade de alcançar a presidência da República.

Revelador ainda mais forte da força de Marina, desse furacão que tomou conta do país, especialmente no Sudeste, dá-se conta que a candidata do PSB, em tracking dos candidatos, já estaria á frente de Dilma, no primeiro turno, em São Paulo, Rio de Janeiro e Panará, neste último estado com 29%; Dilma 28% e Aécio 24%, só lembrado que é um território governado pelo PSDB.

A questão que se põe ao debate no processo eleitoral é como, agora, desestruturar Marina para que ela não avance mais com possibilidade, até de vencer a eleição no primeiro turno.

O PT, nas últimas eleições, tem se degladiado com o PSDB e vencido todos os pleitos, com a estratégia petista enfatizando que o tucanato é uma elite branca do Sul, que FHC mesmo com todo o Plano Real fez um grande mal ao país, e que se eleitos ou se chegassem de volta ao Palácio do Planalto iriam privatizar o BB, a Petrobras e acabar com os programas sociais, inclusive o carro chefe do Bolsa Familia.

Esse foi um discurso que colou bem junto ao eleitorado mais pobre, Lula à frente como um timoneiro e gladiador empunhando a bandeira e o escudo da pobreza, de uma nova classe média emergente que teria um contingente de 40 milhões de pessoas, e apavorou o tucanato nas disputas contra Alckmin e Serra.

O que esses dois da chamada "elite branca" sofreram para explicar que não iriam privatizar o Banco do Brasil nem a Petrobras não está no gibi.

E com Marina o que poderá acontecer?

Marina tem uma história de luta e pobreza idêntica ou mais sofrida do que a de Lula, vem lá dos confins do Acre que 99% dos brasileiros desconhecem e nem querem conhecer.

Marina está com um discurso centrado, com um tempo mínimo na TV, o que é até bom, porque tem pouco a apresentar em programas, salvo o que a população brasileira quer ouvir: acabar com a corrupção e fazer um governo sem os marenhenses e alagoanos da vida. Isso bastaria.

O Brasil cansou dos politicos que vivem de fazer conchavos e esquecem o que pregavam em suas trajetórias do passado. O exemplo maior desse fato é Lula.

O PT faz um bom governo, tem muitas coisas a apresentar, bons programas em execução, o Brasil avançou em muitos aspectos, mas, falta-lhe (a ele a Dilma) humildade, reconhecer que seu trabalho é a continuidade melhorada de outros governos que também deram suas constribuições ao país, e precisam governar com a meritrocracia.

O país está paralisado, a inflação em ascendência, os gastos públicos a cada ano maiores, uma enxurrada de Ministérios sem a menor valia e casos de corrupção que pipocam todos os anos, quando não, casos cabulosos como esse compra da Refinaria de Passadena nos EUA.

Então, Mariana está a salvo de quaisquer ataques e, ainda que os tenha, a população (a julgar pelos números do Ibope) encarnou em sua figura política messiânica uma nova esperança para o país.

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O que poderá acontecer nos estados ainda é uma incógnita. É provável que suas ascensão também provoque uma pororoca nos estados, especialmente em Pernambuco, ainda que, cada estado tem sua história particular. Em SP e MG, segundo o IBOPE, por ora nada aconteceram.

Na Bahia, sem dúvida, a senadora Lidice da Mata será beneficiada com essa onda Marina. Qual a dimensão que isso acontecerá é que são outros quinhentos, pois, Paulo Souto e Rui Costa estão com estruturas políticas bem assentadas, a Bahia ainda é um estado com 80% do eleitorado no interior e a mensagem de Lidice pode não atingir esses sitios menores e os grotões.

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