Política
Tasso Franco
31/07/2014 às  09:56

Politicos estão preocupados com os altos custos das campanhas

A cada ano fica mais cara uma campanha a deputado


1. Os politicos baianos estão assustados com os custos das campanhas. Os candidatos a majoritária já definiram junto ao TRE seus gastos, em torno de R$135 milhões, todos os 6 nomes. Os candidatos às eleições proporcionais - deputados estaduais e federais - estão sob fogo intenso dos cabos eleitorais. Ninguém sabe ao certo quanto vai custar cada campanha, a cada dia mais cara e com novas exigências.

   2. As campanhas majoritárias são difentes das proporcionais. Vota-se num candidato (a) a presidência da República por questões relacionadas à economia, à saúde pública, ao bolsa família, por ideologia e assim por diante. O mesmo acontece com os candidatos a governador.

   3. Ninguém assedia um candidato a presidente, a governador e ao Senado por dinheiro. Os níveis do voto, nesses casos, são outros e depende também da economia do estado, desempenho do atual governador e da atuação dos senadores. Ainda assim, virou manchete o pedido de "unzinho" de Edivaldo Manoel Severino (Piaui) para que sua casa em Osasco (PS) fosse transformada em "Cada de Eduardo e Marina".

   4. Já o voto para deputado, ainda que algumas pessoas votem por ideologia e por simpatia a determinados nomes, por afinidade politica ou por ter conseguido um emprego para um familiar, o grosso do eleitorado que é controlado pelos cabos eleitorais se vê envolvido num negócio que exige-se "saneamento básico". 

   5. E é isso que os candidatos estão a reclamar, do poço sem fundo que virou a campanha de 2014, com esses cabos eleitorais, a cada dia querendo mais "adubo" para garantir votos nas urnas.

   6. A situação chegou a tal ponto que, se antes os prefeitos conseguiam controlar os vereadores e um candidato fechava o apoio com o chefe executivo de um município, hoje, cada vereador quer negociar à parte seu próprio deputado. 

   7. Estamos presenciando nos municípios uma quantidade enorme de candidatos, quando, anteriormente, votava-se no candidato da terra e em mais um ou outro nome. Hoje, nos municípios de porte médio existem seis a oito candidatos a deputados sendo votados.

   8. Há prefeitos que já revelaram de público (caso de Itaberaba) distribuir seus votos para 4 candidatos a deputados - dois federais e dois estaduais. E, como revelou recentemente o senador Walter Pinheiro (PT), preocupado com esse tema, lideranças estão negociando acordos para 2016 uma vez que as eleições municipais não são casadas com as estaduais. 

   9. Onde essa situação vai dar ninguém sabe. Assemelha-se com as devidas proporções e especialidades ao Carnaval de Salvador, onde todo mundo fala em mudanças e segue a cada ano mais mercantilizado


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