Política
Tasso Franco
23/03/2009 às
16:14
PMDB CONTINUA FIEL DA BALANÇA PARA 2010
Cenário mudaria se Geddel sair candidato a governador
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No melhor cenário para o DEM, Paulo Souto tem 19% |
A pesquisa DataFolha publicada nesta segunda-feira, 23, pela Folha de São Paulo, coincidindo com a presença do presidente Lula da Silva, em Salvador, revela um cenário muito parecido com 2006, excluindo a queda do mito ACM como líder de uma corrente hegemônica no Estado, de que, para onde penderem duas das forças, ganha-se o pleito.
Ou seja, mantida a aliança PT (Wagner)+PMDB (Geddel) e mais os coligados (foram 9 partidos, em 2006) a tendência é de que esse agrupamento político, tendo como cabeça de chapa o PT, apoio de Lula, se manterá no poder na Bahia.
Caso essa aliança seja desfeita e aconteça uma nova aliança DEM (Paulo Souto) + PMDB (Geddel) e forças coadjuvantes aliadas (PR e outros) o poder muda de comando na Bahia, com apoio ao nome de José Serra à presidência da República.
Há, ainda, uma terceira hipótese, a competição entre as três forças distintas PT (Wagner), DEM (Souto) e PMDB (Geddel) forçando-se, obrigatoriamente, um segundo turno, deixando-se para resolver a questão nesse momento, como, aliás, aconteceu na última eleição para prefeito da capital.
Neste caso, o complicador seria, repetindo-se a disputa por Lula que se deu com João Henrique x Walter Pinheiro, ocorrer o mesmo na dimensão estadual Wagner x Geddel, o que é pouco provável, porém, factível.
A pesquisa revelou, ainda, pelo menos para esse momento, um dado interessante, pois, jutando-se os números do PT (Wagner) + PSB (Lídice) + PRB (Varela), num dos cenários, chega-se a 47% contra 36% dos números de Souto (19) + Cesar (10) + Geddel (7). E, num segundo cenário, o número do PT (38)+PSB (6)+PRB (7) atinge-se 51% o que resolveria a parada em primeiro turno.
É claro que política não é matemática e esses cenários deverão ser modificados, mas, ainda assim, a sacola do PSB deve girar em torno de 4%; e do PRB/IURD por volta de 6%, independente do que venha ocorrer lá adiante.
Daí a preocupação de Wagner, dita a este BJá, relacionando-as com dois movimentos atuais importantes para melhorar sua performance no plano local, uma vez que a aliança com Lula representa um projeto de vida e não sofrerá alterações. Os dois movimentos são: melhorar a gestão do seu governo (e Walter Pinheiro passa a ter um papel importante nesse processo) e ampliar as alianças de 2006.
Outro dado a ser apreciado na pesquisa revela que, nesse momento, cada qual tem sua sacola de votos, e não existem migrações substanciais de parte a parte, salvo pequenas altrações. Isso significa dizer que o PT/base aliada situa-se entre 36% a 38%; DEM entre 17% e 19%; PR (mais o nome de Cesar) entre 10% e 14%; PRB entre 6 e 8%; PSD entre 4 e 6%; e PSOL 2%. O mesmo pode-se dizer dos números branco/nulo/nenhum/não sabe entre 14% e 16%.
São, portanto, número preliminares e que servem, pelo menos, para movimentar a política baina nesse início de outono.
É claro que vão surgir muitas especulações, um rol de chapas puro-sangue para valorizar passes e outras interpretações. Mas, o jogo é de profissionais, exige muita cautela, e, nessa fase, conversar bastante e gastar sola de sapato numa Bahia com dimensões territoriais do tamanho da França.
No mais, recomenda-se, marketing eficiente e comunicação jornalística.
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