Política
Tasso Franco
13/12/2013 às  19:49

IBOPE aponta que passo de Wagner para ajudar Rui precisa se ajustar

A pontuação do governo Wagner está baixa 26%


 1. Quando se imaginava que o governo Wagner melhoraria sua performance no final de 2013 o Ibope aponta uma queda de 28% para 26% nos campos bom/ótimo, imagem positiva do governo, mas revela que, apesar disso, o governador Wagner mantém uma boa imagem (50%), o que significa dizer a grosso modo mais ou menos o seguinte: o governo dele é ruim, mas ele é gente boa. 

   2. Ou seja, Wagner é simpático, educado, trata a todos muito bem, porém, fica a desejar em seu segundo mandato como governador.

   3. Isso não representa o pior dos mundos para o governador e seu candidato à sucessão, em 2014, o secretário Rui Costa, embora represente um indicador preocupante. Era de se esperar, com muitas obras em curso do governo federal na Bahia, a criação de novas universidades federais, perspectivas de ampliação e consolidação do pólo petroquímico com uma nova planta acrícila, a Fiol em andamento, o Minha Casa Minha Vida a toda semana inaugurando novas unidades habitacionais, que seu governo estivesse melhor situado. 

   4. Além disso, o governo da Bahia gasta bastante em propaganda, o que é normal porque existe uma rubrica para isso e todos os governos anteriores gastaram igualmente, e que isso ajudasse a alavançar a performance do governo. 

   5. Creio que as insistentes observações dos deputados da oposição dando conta de que a propaganda é enganosa, aquele trem da Fiol nos trilhos parece-nos um exemplo, pode ter encaixado na população que vê uma coisa na TV e ouve também rasgados ufanismos no rádio, os veiculos de massa, porém, quando conferidos na real não existem de fato como postos nos videos.

   6. Como Wagner faz dobradinha com a presidente Dilma, de positivo está o fato de que a presidente vem recuperando a imagem do seu governo atingindo a marca de 43% e subindo 6 pontos percentuais em relação a última pesquisa, embora ainda esteja bem abaixo do que já teve. 

   7. Dilma vai enfrentar no ano eleitoral seu maior desafio que é a Copa do Mundo. Se acontecer episódios idênticos aos da Copa das Confederações vai para o buraco. Caso seja uma Copa pacífica, o que todos esperam, aí o quadro se modifica e ela tende a crescer. Se o Brasil for campeão ela pode mandar fazer a roupa da posse.

   8. Wagner, no entanto, precisa melhorar sua performance o quanto antes, e estamos nos aproximando do verão um período onde a seca castiga sempre o semiárido, para poder alavancar Rui Costa, de resto, um candido pouco conhecido ou de baixa popularidade, e que vai precisar muito do governador.

   9. A oposição observa com olhar cético, mas, crítico. Hoje, Geddel Vieira Lima, no twitter disse que não foi suspresa a baixa performance do governo Wagner, que ele está andando muito pelo interior e vê a insatisfação de segmentos da população de uma forma geral. Paulo Souto, de sua parte, adotou a estratégia do silêncio e cutuca o governo com artigos em A Tarde onde analisa pontos de vulnerabilidade da gestão Wagner.

   10. O ano eleitoral está batendo à porta. Se o governo Wagner entra 2014 com carimbo da ineficiência, de uma gestão mal avaliada, vai ser muito difícil reverter esse quadro no imaginário popular, pois, a propaganda paga do governo cessa segundo a lei eleitoral em 7 de julho, e até lá e depois disso, a oposição vai bater mais forte ainda. 

   11. A essa altura os analistas internos do governo estão debruçado sobre as pranchetes das agendas positivas. É o que se suponhe. 


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