O governador Jaques Wagner (PT) divulga nesta sexta-feira, 15, sua mensagem anual em pronunciamento na Assembleia Legislativa, pela manhã. Normalmente, a oração deve conter as realizações do ano anterior (2012). Wagner, no entanto, em suas últimas mensagens tem se pautado por avaliar o conjunto do seu governo. Como já está no sexto ano e mais dois meses de gestão tem um universo mais abrangente a relatar e certamente vai optar por esse caminho, além de destacar, o que é de praxe a importância da Assembleia Legislativa e da relação entre os Poderes do Estado.
O ano de 2012, em sí, foi cruel para o governo. O governador enfrentou a prolongada greve dos professores e o movimento paredista da PM, travou o diálogo com essas categorias, e passou momentos de dificuldades com a seca e reflexos da crise internacional da economia na Europa. Diante de eleições municipais, se não tivesse ujma base politica tão ampla e diversa, teria amargado consequências enomres. Ainda assim, quando se esperava que o PT conquistasse a capital, e houve um esfoço conjunto do principal time do partido Dilma e Lula, configurou-se uma derrota.
Mas, nada que represente o fim do mundo ou uma derrota subsequente da liderança do governador. Salvo, evidente, e já deu sinais de que está mudando, que entrou 2013 mais dinâmico, que retomou o diálogo com a APLB e a Aspra, se insistir em se isolar do processo político contemporâneo da Bahia, como, em parte, aconteceuem 2013 diante dos professores.
Nesta sexta, a Secom informa que o governador comentar sobre o "contexto econômico, efeitos da crise mundial e o novo modelo brasileiro de desenvolvimento econômico; medidas de estímulo do Governo Federal à economia; a seca na Bahia, ações emergenciais e estruturantes; estratégia de convivência com o semiárido; conjuntura baiana e ações do governo; Orçamento 2013, ampliação da capacidade de investimento e de gastos sociais; e perspectivas para 2013, expectativas e obras em andamento".
Wagner, portanto, embarca na diretriz traçada pela presidente Dilma dando conta de que o Brasil tem que se libertar de algumas amarras, até de pontos-de-vistas que era imutáveis na ação partidária do PT, privatizando rodovias, aeroportos e agora portos, ampliando ações em PPPs e atuando com mais força em áreas sociais e programas que mexam no bolso do brasileiro (caso, por exemplo, da redução da tarifa de energia).
2013 também será para Wagner um ano vital sobretudo porque os projetos mais importantes do seu governo são de longo prazo e sequer estarão concluídos até 2014, quando deixará Ondina. Há, ao que se sabe, com grande visibilidade, a inauguração da Arena Fonte Nova e os jogos da Copa das Confederações, de grande apelo popular, que serão sequenciados por obras de infra-estrutura em Salvador e a Copa do Mundo, de 2014.
É nesse período, entre junho de 2013 e junho de 2014, que o PT apresentará o candidato à eleição sucessória de Wagner, estimando-se, segundo integrantes da cúpula deste partido, nome que estará definido entre agosto e novembro de2013.
A mensagem que o governador vai ler nesta sexta-feira, 15, não contém essas firulas politicas. Mas, com certeza, vai se empenhar em destacar o diálogo e o novo momento econômico do país, a Bahia inserida nesse contexto.
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