Quem acompanha a politica baiana mais de perto não ficou surpreso com os números apresentados pelo Ibope/TV Bahia das pesquisas sobre as intenções de votos para prefeito de Salvador e as avaliações dos governos Jaques Wagner e João Henrique.
Digo isso porque no meio político os números com ACM Neto disparado à frente dos demais candidatos são conhecidos em análises feitas por outros institutos, assim como as avaliações ruins dos governos Wagner e JH.
Evidente que pesquisa é retrato de um momento da campanha que ainda está em sua segunda fase, começando a terceira e última a partir do dia 20 de agosto com os programas eleitorais nos veiculos de massa, rádio e TV, e a presença de nomes nacionais de apoios aos candidatos.
De toda sorte, causa espécie que o candidato do PT, Nelson Pelegrino, que está em campanha desde o inicio do ano, o partido fechado integralmente com ele e sem dissidências internas, só tenha atingido a marca de 13%, considerada muito baixa, sobretudo porque, em tese, representa o poder (estadual e federal) e é o contraponto de Neto.
Ademais é bom observar que, pelo Ibope, só existem 11% de indecisos o que representa uma cristalização do pleito desde já, o que significa dizer, também, que as mudanças desses percentuais dos candidatos não têm muito espaços para crescimento ou meximento. Os 20% de brancos e nulos são imexíveis e pontuam em todas as eleições.
Portanto, se Pelegrino quiser crescer tem que ir para cima de Neto, literalmente, observando-se que ainda tem MK e Márcio Marinho no seu encalço e que, por força natural da cabeça do eleitorado, os indecisos costumam optar por quem está à frente ou aquele que tem maior chance de ganhar.
E é claro que ACM Neto vai explorar isso ao máximo com a proposição de fechar o pleito no primeiro turno, com vantagem de ter uma rejeição, hoje, menor (10%) do que seu adversário.
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Também era esperada que a avaliação do prefeito JH estivesse no chão. Ainda assim, para quem deseja ser governador do estado, sair para uma campanha 2014 com 6% de avaliação positiva (ótimo 1%; bom 5%) e 68% de negativa (13% de ruim e 55% de péssimo) é, realmente, acreditar no imponderável ou que a baianada é abobalhada e que ele pode se apresentar como competitivo.
O pior é que para JH não há mais tempo de recuperação e os adjetivos contra sua gestão, como disse MK ontem no debate, serão de incompetência, inépcia e por aí segue. Daí que sua presença da eleição 2012 só serve nos bastidores.
Quanto a avaliação do governador, o Ibope de certo modo corrobora a pesquisa Futursa/Correio dando conta de que a gestão devagar quase parando de Wagner e as greves da PM e dos professores, a seca e a crise economica, pegaram na sua imagem em cheio. Já vinhamos falando nisso há algum tempo e causou-nos surpresa a forma mal conduzida de diálogo na greve dos professores, o que foi fatal para o chefe do executivo.
Wagner com uma avaliação positiva de 16% é baixissima para 45% de ruim/péssima. Veja que a presidente Dilma, recente Ibope/CNI e outros tem uma avaliação positiva (ótimo/bom) que chega a 70%. Portanto, as duas gestões estão muitos distantes em eficiência administrativa.
O governador, no entanto, tem tempo para recuperação e está 37% de regular, o que significa dizer que, se melhorar sua gestão daqui pra frente, esse percentual pode migrar para o ótimo/bom.
Wagner tem um estilo "low-profile" e não "bate bumbo", mas que seu governo precisa de um choque de gestão os números apontam nessa direção. (TF)
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