1. Dito pelo presidente do PT da Bahia, Jonas Paulo, a estretégia deste partido é trabalhar prioritariamente em 35 municípios mais importantes do Estado, tendo, ainda, Salvador e a candidatura do deputado Nelson Pelegrino como prioridade nacional.
2. O que se depreende, observando-se apenas a Região Metropolitana de Salvador, que representa 22% dos votos do Estado e tem um significado especial nas eleições estaduais, é que o PT terá que suar muito a camisa para preservar o que já tem (Camaçari, São Francisco do Conde e Lauro de Freitas) e expandir sua presença na capital e em Candeias.
3. Nesse processo que está apenas começando, a campanha propriamente dita só se inicia em 7 de julho, no caso específico da capital, até agora, Pelegrino não conseguiu as alianças que poderia almejar com os tradicionais aliados do PT (PSB, PCdoB, PV), outras da base Wagner (PP, PDT, PRB, PTB) e tem dificuldades de dar densidade eleitoral à sua pré-campanha.
4. Evidente que, isso ainda poderá acontecer até o dia 30, e a esperança maior é o apoio da senadora Lídice da Mata e do PSB. Joga-se, portanto, as preliminares.
5. Pelo exposto, uma vez que Pelegrino não consegue deslanchar, são poucas as obras do governo do estado na capital, admite Jonas e o candidato tem reiterado isso, a proposta do PT se baseará no projeto nacional Lula/Dilma/Wagner a tábua de salvação do candidato.
6. Ou seja, tratar Salvador dentro do contexto nacional, na contrapartida a ACM Neto, seu principal adversário, que conduzirá sua campanha no plano local, do tipo quem resolve os problemas de Salvador é Salvador, uma gestão competente, e que independerá desse viés ou muleta nacional.
7. No caso de Camaçari, o prefeito Luiz Caetano conseguiu uma enorme aliança de partidos em torno do seu candidato, Ademar Delgado, mas, seu ex-secretário não empolga. Daí que o prefeito tem feito um esforço grande, desde já, pois, o que poderia parecer tranquilo para Caetano, a situação apertou com a pré-candidatura de Maurício de Tude e de Zé de Elísio. Se houer união desses doois grupos, PTN/PP/PMDB/DEM, vai ser muito difícil o PT manter Camaçari na sua órbita politica.
8. Nos bastidores, fala-se que Maurício de Tude já estaria tirando o sono de Caetano, numa posição relevante na disputa.
9. Situação muito parecida vive a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, PT, a qual fez a maior aliança na RMS, 18 partidos em torno da candidatura do seu "in-pectore" João Oliveira, só que o candidato não sensibiliza. Havia um nome mais competitivo, Chico Franco, mas, coitado, sendo do PCdoB, Moema disse não.
10. Chico tentou uma candidatura própria, chegou a lançar seu nome, mas, não conseguiu viabilizá-la e cedeu para ser o vice de João. Se fosse Chico-João daria mais samba que João-Chico. Na outra ponta está Dr. Márcio, PP, vereador mais votado no município, hoje, visto como preferencial.
11. Vai ser uma "guerra", pois, neste caso, diferente de Camaçari onde PTN e DEM são oposição a base de Wagner, o PP é aliado wagneriano, e Moema terá que "carregar" João no esforço eleitoral, ainda que possa acionar politicamente o projeto Lula/Dilma/Wagner, o que tb poderá fazer Márcio que é pepista.
12. Em relação a São Francisco do Conde, a prefeita Rilza Valentim, PT, é candidata à reeleição e faz uma gestão abaixo do que se esperava, com programas confusos e perdidos num emaranhado de siglas e ações sociais que não são absorvidas pela população. Além do que, Rilza mudou muito aos olhos da população, teria se sofisticado e isso o povo não perdoa.
13. Deve enfrentar o "velho" e sempre polêmico Antonio Calmon, muito competitivo. Emissários já teriam procurado Calmon para que ele dessistisse, mas, está firme.
14. Em Candeias, a situação de Carlos Martins, ex-secretário da Fazenda do governo Wagner é ainda mais complicada. Martins é jeitoso, está se articulando com os movimentos empresariais e sindicais da cidade, mas, não tem densidade eleitoral. Precisaria do apoio do deputado sgt Isidório (PSB), o qual tem uma enorme base popular, mas, este tem dito não e teria feito um acordo com Jair e outro pastor para lançar seu nome. Enquanto isso, Tonha Magalhães (PR) está muito bem.
15. Esses são os municípios mais importantes da RMS onde o PT tem chances, pois, salvo melhor juizo não consegue se organizar em Simões Filho, Itaparica, Vera Cruz e Dias D'Ávila a ponto de competitivo.
16. Agora, jogo preliminar é uma coisa e jogo principal outra coisa. Hoje, a greve dos professores faz estrago imenso aos candidatos petistas na RMS (e no resto do estado), especialmente em Pelegrino, mas, a eleição ainda é em outubro e ventos que, na atualidade são favoráveis a determinados candidatos, no final de setembro, podem não ser.
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