MIUDINHAS GLOBAIS:
1. Aconteceu de tudo um pouco em Itabuna durante a instalação do projeto Assembleia Itinerante nesta quinta-feira, 22, diria uma pré-prévia do que acontecerá nas eleições municipais de outubro próximo, nesta cidade e na região. Itabuna, em especial, revelou que o clima não será nada amistoso para o governo e as manifestações que ocorreram extra-plenário e também por lá, indicaram que há muitas insatisfações.
2. A lista é grande. Desde pouca atenção às áreas essenciais à população, saúde e educação, duplicação da Itabuna-Ilhéus promessa que não sai do papel, falta de apoio a agricultura, aumento da criminalidade (nos dois primeiros meses deste ano foram registrados 32 assassinatos), ensino universitário deficitário, ausência de projetos industriais e assim por diante.
3. A oposição exagera ao dizer que o governo do Estado abandonou a região do Cacau e o Sul da Bahia, e a situação de igual modo também se excede ao dizer que o Porto Sul será a "salvação da lavoura". Nem uma coisa; nem outra. Ambos têm sentido parcial porque, de fato a ausência do governo do Estado é sentida, especialmente na saúde com o Hospital de Base LEM vivendo à mingua; e o Porto Sul pode gerar novos empregos, ser um importante equipamento para a região, mas não melhorará a educação em sala de aula.
4. O que se depreendeu em Itabuna é que o prefeito capitão Azevedo (DEM) conseguiu melhorar sua gestão nos últimos meses, se tornou bastante competitivo à reeleição, e ainda faz ver a população que mazelas existentes na sua comunidade são de responsabilidade dos governos federal e estadual. Então, o (a) candidado (a) da base governistas, possivelmente Geraldo Simões e/ou Juçara, terá imensas dificuldades.
5. O deputado Carlos Geilson (PTN), que tem votos em Itabuna e maior base em Feira, disse que "as vaias ocorridas durante discursos de alguns deputados da base governista que defendiam a gestão estadual" serviram de alerta e lição ao governador Wagner e sua equipe, num demonstrativo de que faltam ações no município. Na mesma tecla foi o deputado PSDB, Augusto Castro, para quem o governo é ausente no Sul da Bahia.
6. De certo modo, a base governista foi surpreendida com tantos protestos em Itabuna e não conseguiu repassar uma mensagem de esperança e otimismo. O deputado Rosemberg Pinto (PT), bom formulador, disse que ficou frustado com a a itinerante de Itabuna porque desprezou-se os debates em torno dos grandes projetos (Porto Sul e duplicação da Ilhéus-Itabuna) para entrar num varejão.
7. Deu sinais, assim pareceu, de que o governo não se preparou para enfrentar os problemas da miudeza e que são aqueles mais próximos da população. De fato, a itinerante de Itabuna foi diferente das sessões igualmente itinerantes em Feira de Santana e Vitória da Conquista. A próxima vai ser em Juazeiro. O governo, portanto, que tome o alerta de Itabuna como lição e se organize melhor.
8. Itabuna, na nossa opinião, foi sinal do que vem aí nas eleições municipais.
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