1. Mesmo diante de tantos estudos, pesquisas, debates, análises sociológicas e outras, uma das questões mais difíceis de serem assimiladas (e até compreendidas) no Brasil é a crescente onda de violência. A Bahia, particularmente, está vivendo esse drama nos últimos anos com mais intensidade e por mais esforço que os governos empreendem, a sociedade civil ajude, a situação continua alarmante.
2. Só na Região Metropolitana de Salvador nesses primeiros dias do ano foram 42 assassinatos, furtos de automóveis, assaltos a agências bancárias, uma situação amedrontadora e que não dá sinais de arrefecer, mesmo com o Pacto pela Vida e a instalação de duas bases comunitárias da PM no Calabar e no Nordeste de Amaralina. O que estaria, de fato, acontecendo?
3. Ano passado fizeram essa pergunta ao governador Wagner e o chefe do Executivo baiano foi sincero ao dizer que, se tivesse uma solução à mão já teria adotado, e até pediu que houvesse colaboração nesse sentido. Lamentável, no entanto, que quando do último encontro da Agenda Bahia a imprensa tenha ficado de fora. Ora, se é para ajudar, que todos ajudemos.
4. Há, sempre, uma observação no Brasil dando conta de que a violência é fruto da pobreza, da falta de escolaridade de faixas da população, desestruturação da familia e outros. Causa espécie, apesar disso, que outros paises tão pobres quanto o Brasil, com enormes populações pobres nas grandes cidades não sofram desse mal. Seria, talvez, uma questão cultural!
5. Recentemente estive em Lima, capital do Peru, 8 milhões de habitantes e o que pude observar foi uma tranquilidade presente em todos os locais e índices de roubos e assassinatos baixíssimos se comparados a Salvador. Lima tem uma favela, Arequipa, com 1.200.000 de pessoas! Lima tem um shopping belíssimo em Miraflores e não há uma tenda de churrasquinho de gato, venda de cachaça e cerveja, venda de comida, etc, no seu entorno.
6. Na capital baiana foi implantando um shopping de grande porte, o Salvador, o maior investimento nesse tipo de equipamento nos últimos 20/30 anos e, o que se verifica, um ano depois de instalado, é o seu entorno cercado de vendedores de toda ordem, venda de cachaça e cerveja na rua, um acesso via Tancredo Neves ocupado por vendedores de sacolas, CDB piratas, cachorro-quente, muambeiros, vendedores de drogas, etc, e o que acontece? Nada. A permissividade campeia.
7. E por que Lima que é mais pobre não permite isso? Porque há ordem, respeito aos cidadãos. Em Lima, existem cassinos em vários pontos da cidade funcionando 24 horas e a troca de dólares é feita nas ruas por cambistas autorizados e fardados, com maços de dinheiro nas mãos. E ninguém assalta! Já pensaram cassinos em Salvador? Teria que ter uma tropa do Exército nas portas dos estabelecimentos.
8. Está em curso a Agenda Bahia 2 com interrelacionamento entre os 3 poderes baianos para ajudar no combate a violência. Mas, não há, na Assembleia nenhum projeto que possa inibir e contribuir para isso, salvo institucionais, gratificações de policiais e outros. Qualquer birosca nos bairros de Salvador funciona a noite toda com venda de bebidas e som alto.
9. Aos domingos, na praia, a bebedeira campeia e depois sai todo mundo de carro em disparada pela Avenida Paralela. Não tem um guarda, um PM, uma blitz.
10. Então, se a luta contra a violência é pra valer tem que ser adotadas medidas mais duras, na base da tolerância zero. Foi assim que melhoraram NY, Bogotá, SP, Campinas, Rio, Londres, Quebec e outras grandes cidades.
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