Política
Tasso Franco
02/08/2011 às  16:01

PRIMEIROS MOVIMENTOS DA SUCESSÃO EM CONQUISTA

Três são os candidatos competitivos


Foto: BJÁ
Deputado Jean Fabrício, PCdoB, terceira força na disputa pela sucessão em VCA
   O cenário em Vitória da Conquista nesses primeiros movimentos visando às eleições municipais, em 2012, aponta para a possibilidade de três candidatos mais competitivos: o prefeito Guilherme Menezes (PT), candidato natural deste partido à reeleição; o radialista Hérzem Gusmão, do PMDB com alianças PSDB/DEM; e o deputado estadual Jean Fabrício Falcão, PCdoB, da base governista na Assembleia Legislativa e correndo por fora numa alternativa das forças mais à esquerda.

   Essa se apresenta como a configuração mais visível, no momento, segundo pesquisa reveladas pelo deputado Fabrício ao BJÁ, na atualidade, ele em terceiro lugar da preferência do eleitorado; Hérzem em primeiro; e o prefeito Guilherme, em segundo. Entendendo-se, aí, ainda segundo Fabrício, que sua pontuação é boa e não tão distante dos outros colocados.

   Daí que, estimulado pelos números e pelo desgaste da administração petista, e também de acordo com determinação do seu partido, PCdoB, em lançar candidatos nas grandes cidades, está pré-candidato em Conquista.

   Se vai manter essa candidatura até o final são outros quinhentos. Mas, como em Conquista a eleição se dá em dois turnos, é um dos três municípios baianos onde isso ocorre, em tese, não teria nada a perder (mantém o mandato de deputado) e ainda testaria a sua capacidade e do seu partido junto ao eleitorado numa disputa majoritária.

   E aí, havendo o segundo turno sem sua presença na disputa principal, em tese numa final entre Hérzem x Guilherme, sendo integrante da base governista (Dilma/Wagner), fica com Guilherme.

   Conquista é vista pelo PT, a direção estadual, como uma espécie de jóia da coroa, cidade emblema e que serviu de "garota propaganda" de campanhas petistas no estado, inclusive para governador, sobretudo na época do poderio de ACM.

   A propalada boa saúde pública em Conquista gerou dividendos, muito marketing e levou Jorge Solla à Brasília, para o Ministério da Saúde e depois ao governo da Bahia, como secretário de Estado. Por pouco, Solla não foi ministro de Estado no governo Dilma.

   Ao longo dos anos, no entanto, o PT de Conquista sofre o que na política se chama de "Fadiga de Materiais", há desgastes no governo Guilherme com greves e insatisfações de servidores e populares, e o próprio Guilherme está longe de ser uma unanimidade no PT, senão em confronto com o grupo do deputado federal Waldenor Pereira e do deputado estadual e ex-prefeito José Raimundo, porém, atritado.

   Hoje, uma candidatura de Waldenor seria mais simpática ao PT, como partido, e à população. Assim me parece. 

   Do outro lado, como candidato de oposição mais forte está Hérzem Gusmão, bem votado para deputado federal nas últimas eleições, polêmico, às turras com Guilherme que move um processo contra ele devido prováveis mais ácidas que promove em seu programa de rádio, natural nessa fase da pré-campanha, o qual organiza uma chapa de consenso com PSDB e DEM partidos que tentam não só em Conquista, mas em Salvador e outros centros, produzir uma candidatura única.

   O PSDB tem no nome do professor Claudionor Dutra seu pré-candidato. O DEM está sendo reestruturado, pois, há sinais de que o vereador Álvaro Pithon é simpático a Guilherme. A estrutura interna do DEM tá capenga e não tem pré-candidato.

   A IURD tem o pastor Sidney Oliveira, um provável pré-candidato anotado também como provável apoiador de Fabrício. E o futuro PSD de Otto Alencar se organiza com Clóvis Ferraz, óbvio, sem competitividade para enfrentar um pleito sozinho. O PV, idem. Já conversou com o professor Ticolô (Claudionor Dutra) e refluiu. Está analisando o quadro.

  Portanto, ao que tudo sinaliza, a disputa em Conquista se centralizará em três nomes mais fortes, pela ordem: Hérzem Gusmão (PMDB/PSDB/DEM); Guilherme Menezes (PT e aliados); e Jean Fabrício (PCdoB/PRB e aliados). Fora desse contexto, como a eleição se dá em dois turnos, é apenas para marcar posições. 

  Não há, ao que sabe, nenhum fator surpresa correndo por fora, como acontece em Salvador, com Mário Kértész.


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