Dois acontecimentos marcaram o dia político em Salvador em relação a sucessão do prefeito João Henrique, em 2012. O primeiro deles foi o encontro com a imprensa do deputado ACM Neto, DEM, o qual sacramentou sua pré-candidatura a prefeito da capital, desde que haja consenso das oposições (DEM/PSDB/PMDB/PR e outros) em torno do seu nome. Enfrentará a parada.
E o segundo movimento foi o lançamento oficial da pré-candidatura do deputado Márcio Marinho, também a prefeito da capital, pelo PRB.
Lembrando, apenas por conincidência do dia, que Marinho foi candidato a vice-prefeito na chapa de Neto, em 2008, e, agora, se antecipa de qualquer aliança e lança seu nome a prefeito apenas confiando no seu partido, o PRB. E, segundo suas palavras no evento, "o desejo, a vontade do povo em mudar" a situação em que se encontra Salvador.
Fica sem retorno para recuar, salvo se conseguir compor numa vice, até pelo menos o final do primeiro turno. É um dado novo e interessante na base de que, quem não arrisca não petisca.
Soma-se a Marinho, uma vez que ACM Neto foi cauteloso e não disse que é candidato, apenas topa ser candidato, a deputada Alice Portugal (PCdoB), a qual também já anunciou sua pré-candidatura; e o vice-prefeito Edivaldo Brito (PTB), o qual também já fez o mesmo. A senadora Lídice da Mata (PSB) trabalha politicamente esse desejo, o mesmo fazendo o deputado Nelson Pelegrino (PT). Por enquanto, esse é o quadro.
Neto não quis colocar o carro à frente dos bois e apontou, na oposição, cinco nomes que estariam capacitados para enfrentar o candidato governista: ele próprio e José Carlos Aleluia, pelo DEM; Antonio Imbassahy, PSDB; César Borges, PR; e Mário Kértész, pelo PMDB. Desse contexto sairá o candidato observando-se alguns critérios, entre eles, o principal, que a população expresse, certamente em pesquisas, sua vontade.
Em sendo assim, salvo melhor juizo, uma vez que Neto lidera as pesquisas eleitorais e está monitorando isso com frequência, segundo o próprio revelou aos jornalistas bem situado, diria que o melhor situado e à frente de Pelegrino com pelos menos 10 pontos percentuais, será o candidato. Mas, não antecipa nada e vai conversar (como já o faz) com os representantes dos partidos da oposição e até da base governista, como o PP e outros.
Parece-nos que, quanto a Imbassahy (derrotado para prefeito, em 2008, e eleito deputado federal, em 2010, 2012 não seria o momento para re-disputar a Prefeitura) e não obstáculo a Neto; o mesmo diria sobre César Borges (derrotado ao Senado, em 2010) e a Aleluia (sem empatia com o eleitorado da capital). O óbice seria o PMDB desde que os irmãos Vieira Lima consigam convencer Mário Kértész a ser candidato.
MK é um bom nome. Está afastado do mundo da política partidária e, hoje, tem um modelo de vida bastante confortável e aprazível, com viagens ao exterior sem compromissos formais, à vontade, curte seus netos e a familia, e teria, em tese e caso aceite retornar à política, mudar esse conceito.
Por Salvador e de acordo com sinais que tem dado na Metrópole, colocando o jingle do coração no ar, com frequência, de repente pode topar a parada.
Uma outra questão é saber (e certamente já se deve estar analisando esse viés) qual a relação política de MK com a população, se ele ainda desperta paixões, como na década de 1980, e se será competitivo, em 2012. Uma fonte do PMDB me disse que considera isso viável. Então, caberá a MK decidir e, após essa decisão, discutir com o bloco (DEM/PSDB/PR) a possibilidade de sua candidatura.
A sucessão na capital, portanto, entrou nessa marcha batida em primeiros movimentos, ainda que Marinho, Alice e Edivaldo tenham se colocado à frente do processo.
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