O que vinha se falando nos bastidores da política agora é oficial.
O governador Jaques Wagner anunciou uma reforma na sua equipe de trabalho diante do roncar das urnas e das fissuras que aconteceram na aliança PT/PMDB, nas eleições de segundo turno em Salvador, e do namoro e nova configuração política PMDB/DEM.
A questão é saber se o governador fará uma reforma mexendo nos nichos do PMDB (Secretaria de Infra-Estrutura, Agerba, Derba; a Secretaria de Indústria e Comércio; a Secretaria de Ciência e Tecnologia) ou não.
O ministro Geddel Vieira Lima já disse reiteradas vezes que não deseja sair do governo, mas, que a caneta está nas mãos do governador. Se a decisão vier do chefe do executivo, obviamente, terá que acatá-la.
O preço político dessa decisão são outros quinhentos. O PMDB, nessa condição, se alinharia com o bloco de oposição na Assembléia, definitivamente, (no momento, opera na oposição, parcialmente) e os blocos da maioria e minoria poderiam inverter-se.
O governo trabalha para recompor sua base com PR e PP e, hoje, essa situação ficará mais clara diante das indicações dos deputados às comissões temáticas da Casa. A proposta, ao que tudo indica, é recompor as comissões com diálogo. Se o governo assim agir, acalma a oposição e se reorganiza bem. Se for para o confronto, se desgasta.
A outra questão posta diante da sinalização anunciada por Wagner é saber se ele fará a reforma simultaneamente a anunciada por João Henrique ou não. Há desconfianças, no âmbito do governo e do meio político, de que a administração municipal vai incorporar quadros técnicos do DEM.
E agora? Se Wagner mantiver o PMDB e João agregar o DEM?
A situação é complicada.
No plano nacional já se fala que a aliança do PT com o PMDB não é incondicional. Ou seja, 2010 é outra história. Mas, o PMDB está contemplado no governo federal com 6 ministérios, diretores dos Correios, Furnas, Banco do Brasil, Eletronorte, Transpetro, projeto de Transposição do Rio São Francisco e outros mais.
Não é pouca coisa.
Tanto em Brasília; quanto em Salvador esse é o nó a ser desatado.
Ninguém acredita num rompimento no Planalto e em Ondina. Mas, tudo é possível, pelo menos na Bahia.
O governador Wagner tem dito e repetido que é um homem de partido. E o PT, hoje (nem ontem) tem a menor simpatia por Geddel.
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