O segundo turno da eleição presidencial no próximo dia 31 marcha para um confronto bem mais acirrado do que foi a disputa Lula x Alckmin, em 2006, num pleito que está completamente aberto com uma diferença de 6% entre as intenções de votos para Dilma (49%) e Serra (43%), segundo o Ibope, com margem de erro de 2% para mais ou para menos.
Esta é a segunda pesquisa divulgada neste segundo turno e, observando-se a anterior, do DataFolha, quando a diferença era de 9% estreitou-se ainda mais essa margem.
Há, portanto, uma tendência em curso da ascensão de Serra e ainda faltam 16 dias para a eleição. Isso pode continuar nessa direção, como também pode estancar e mudar de direção. Vai depender muito mais de Dilma do que de qualquer outra personalidade.
O que o presidente Lula fez por ele é público e notório. Salvo melhor juízo não há mais nada a ser feito do ponto de vista da identificação Dilma com a continuidade do projeto do governo Lula. Agora é mobilizar (como aconteceram nos eventos de Ceilândia e Terezina) e sustentar o confronto de idéias.
O governador Jaques Wagner está com três missões distintas nessa parada: 1) Cuidar da Bahia e ampliar a votação de Dilma: 2) Coordenar a campanha dos candidatos a governadores do PT que estão no segundo turno: 3) Participar da coordenação da campanha Dilma.
Esteve em Brasília e Piaui e amanhece nesta quinta-feira, em Ondina. Na sexta-feira inicia sua missão 1, cuidar de sua própria casa, fazendo campanha em Feira de Santana.
Wagner quer percorrer as principais cidades do Estado nos intervalos entre as outras duas missões. Seu papel na coordenação da campanha Dilma é fundamental para ela e Lula porque é um dos mais experientes políticos do PT, além de grande negociador. Wagner não pode falhar (claro que não depende tudo dele) porque uma coisa será seu governo com Dilma; e outra coisa será seu governo com Serra.
Por mais que Serra diga, como falou hoje em Porto Alegre que vai governar para todos trata-se de uma verdade relativa, entendendo-se o preferencial o PSDB e depois o DEM.
O PT baiano está preocupado com o que possa acontecer. Hoje, no plenário da Assembleia Legislativa, o deputado Zé Neto (PT), de Feira de Santana, um dos porta-vozes mais firmes do partido na Casa Legislativa acusou a Rede Globo de tentar reimplantar a política vigente na Velha República (1889/1930) baseada na aliança do café com leite.
Ou seja, a união entre São Paulo e Minas Gerais. E disse que se essa tese for vitoriosa haverá um retrocesso no país porque o Nordeste e o Norte existem e são brasis.
Segundo Zé Neto a campanha contra Dilma é "caluniosa" e repleta de ardis e "picuinhas" e que o melhor para a Bahia, para o Brasil e para Wagner é a vitória de Dilma. Tem sentido as observações de Zé Neto e o PT nacional determinou que a candidata e sua campanha tenham mais atenção com Minas Gerais.
Minas é um estado politizado e que tem uma classe média densa e é a cara mais perfeita do Brasil conservador. Lá estão, entre outros, a TFP, a Opus Dei e braço forte da Canção Nova. Tem decidido eleições e raramente fica de fora dos embates nacionais decisivos desde a República Velha.
Dilma tem que ser mais afirmativa nos projetos de governo, a continuidade que seu programa de TV classifica com inovação, e deixar de ficar justificando-se sobre a vida, a família e o aborto. O tempo é curto. É jogo duro e quem derrapar no final, adeus Aurora.
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