Política
Tasso Franco
06/10/2010 às
23:00
GEDDEL SEGUE PMDB E APOIA DILMA, MAS EM PALANQUE SEPARADO DE WAGNER
Vai ser oposição a Wagner no estado
Foto: DIV |
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Sexta-feira, 9. no Hotel Fiesta, reúne lideranças do PMDB e Michel Temer |
Miudinhas globais:
1. O deputado Geddel Vieira Lima está numa encruzilhada cheia de charutos, dendê, galo preto, farofa, feijão branco e velas. É um bozó que não tem mais tamanho. Hoje, sua assessoria de imprensa liberou uma nota afirmando sua fidelidade partidária ao PMDB, e sendo Michel Temer vice na chapada Dilma "vamos marchar juntos e tratar de fazer a campanha da ministra na Bahia".
2. A nota é de uma falta de entusiasmo na primeira leitura, na segunda leitura e na terceira leitura. E não poderia ser diferente - confidenciou-me um deputado do PMDB na Assembleia este também desmotivado para um esforço peemedebista em relação a Dilma. A tese que expôs na presença de outro deputado, este do PR, é a seguinte: - O projeto de Lula/Dilma é de Wagner. Isso ficou claro na campanha e no resultado do pleito.
3. Segue o deputado: - No momento em que Geddel apoiar Dilma depois de ter sido preterido na eleição do 1º turno por Dilma/Lula no palanque, em depoimentos e na massificação da TV, o que foi fatal para sua derrota, em tese, este volta a integrar o projeto Lula/Dilma. Acontece que esse projeto não é mais dele. É 100% Wagner.
4. O que o deputado quer dizer com mais clareza é o seguinte: as lideranças peemedebistas foram humilhadas por Lula/Dilma na Bahia, houve locais em que não conseguiram encaixar seus discursos porque as pessoas não acreditavam no que diziam uma vez que o segundo palanque foi desarmado. Agora - em tese ou em teste se for o caso - ninguém vai acreditar na recomposição do antigo palanque Geddel/Lula/Dilma.
5. Ademais, se Geddel quiser sobreviver politicamente na Bahia como liderança afirmativa tem que fazer oposição a Wagner. Se isso não acontecer, aceitando retornar ao palanque Wagner/Lula/Dilma se transforma numa força auxiliar.
5. Em Brasília, uma das cabeças mais pensantes do PMDB, senador Renan Calheiros, disse que o PMDB se submeteu ao anonimato na campanha de Dilma. Mais enfático foi Henrique Alves, deputado do RN cotado para o lugar de Temer na presidência da Câmara: "Não aceitamos essa história de campanha para um só partido. Ou ganhamos juntos ou perdemos juntos".
6. Na sexta-feira, no Hotal Fiesta, às 10h, Geddel reúne parte da cúpula do PMDB nacional e as lideranças no Estado para um encontro com a presença de Temer para referendar o apoio a Dilma/Temer. Para o BJÁ disse que colocou "todas as mágoas para Dilma, em encontro, tendo Temer como avalista e testemunha". E que não vai fazer política com o fígado porque tem responsabilidade consigo e com os seus.
7. Mas deixou claro que seu palanque será o de Dilma com Temer. Nada de palanque com Wagner/Dilma/Lula.
8. Isso significa dizer que Geddel quer, desde já, delimitar o seu espaço nacional (de poder) e local (na política).
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