Pela primeira vez nesta campanha eleitoral, segundo a pesquisa DataFolha publicada hoje, 1 de outubro, pela Folha de São Paulo, registra-se uma tendência de inversão na disputa, o candidato do PMDB, João Henrique, assumindo o primeiro lugar (25% na estimulada), seguido de ACM Neto, DEM, com 24%, e Walter Pinheiro, PT, com 22%.
Essa, portanto, é a novidade da pesquisa. Pois, até então, nas pesquisas dos três mais respeitados institutos - Ibope, Vox e DataFolha - ACM Neto mantinha a dianteira, enquanto João Henrique e Walter Pinheiro seguiam depois, desde a queda de Imbassahy registrada no final de agosto último.
Desta feita, embora, - ainda segundo o DataFolha - haja uma indefinição de quem irá ao segundo turno, dos três competitivos neste momento, houve uma inversão de tendências na medida em que, João Henrique, desde a pesquisa deste mesmo instituto em 6/9, cresceu de 21% para 25%, um avanço de 4%, em 25 dias, e assumiu a liderança.
Do mesmo modo, observando-se somente o DataFolha, objeto específico desse comentário, Walter Pinheiro, neste mesmo período, entre 6/9 a 1/10, saltou de 16% para 22%, melhorando sua performance em 6%.
Já ACM Neto, também considerando o mesmo período, caiu de 28% para 24%, 1 ponto percentual além da margem de erro.
Por esse projeção e tendência verificada nesta pesquisa, a continuar nessa marcha, o mais provável será um segundo turno entre João x Pinheiro.
Ainda faltam 5 dias para as eleições, o horário eleitoral dos candidatos a majoritária termina hoje, os comerciais amanhã, e há pouca coisa a ser feita pelos candidatos, salvo a mobilização para o dia do pleito.
Os indecisos são poucos a serem conquistados, Imbassahy está conseguindo equilibrar seus eleitores na faixa de 13%/14%, Hilton Coelho entre 3%/4% e os apelos finais ficarão reservados ao debate da TV Bahia.
Esse debate, última apresentação dos candidatos na telinha será importantíssimo, embora não se espere uma mudança substacial no quadro. Mas, em se tratando de eleição onde décimos de 1 ponto são relevantes, não deve ser desprezado.
Por suposto, a declaração de Wagner sobre o comportamento político/administrativo de João, considerado pelo governador "muito confuso" terá efeito apenas na classe média, sem impacto na base joanina. Além disso, o contra-ponto do presidente do PMDB, poupando João e Geddel, deixa elas por elas.
Anterior a pesquisa DataFolha (com campo central location ontem), a declaração do governador polemiza na imprensa escrita, mas, não chega a quem decide a eleição: o povão.
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