A pesquisa Ibope divulgada na última segunda-feira, 25, pela TV Bahia, apresentou uma queda de 9% na performance do candidato do PSDB, Antonio Imbassahy, que caiu de 27% para 18%.
Queda muito estranha, pois, só detectada pelo Ibope. O DataFolha, quase no mesmo período, com pesquisa idêntica divulgada no domingo, 24, dá uma oscilação descendente de Imbassahy em 2%.
De toda sorte é prudente esperar uma nova pesquisa para se ter uma idéia da confirmação dessa queda (ou não) e da ascensão de Walter Pinheiro. Quanto ao candidato do PT não se deve ter dúvidas do seu crescimento, registrados em todos os institutos - Vox, Ibope e DataFolha.
A questão é saber até onde Pinheiro poderá chegar. Estima-se, com base nos dados da eleição de 2004 observando-se a união PT/PSB, em torno de 30% do eleitorado. Em sendo assim, Pinheiro garantiria um lugar no pódio do segundo turno.
Mas, os tempos são outros. o PT participou do governo João Henrique e também é vidraça, o que não aconteceu em 2004.
No terceiro programa eleitoral na TV, João Henrique incubiu-se de lembrar da atuação medíocre do PT na pasta da Saúde, detonou a gestão de Imbassahy na saúde (inclusive mostrando manchetes de A Tarde) e fez o papel do candidato acima de qualquer suspeita.
Setores do PSDB têm avaliado as críticas de João Henrique a Imbassahy como uma estratégia organizada entre PMDB e PT para dar passagem a candidatura Walter Pinheiro. É provável que sim. E, nesse caso, a estratégia de marketing de JH está correta, ainda que possa lhe prejudicar pessoalmente.
A rigor, João já está prejudicado no nascedouro. Com alta taxa de rejeição ao seu nome, levando-se em consideração a campanha de 2004 quando obteve 43% dos votos válidos no primeiro turno, hoje pontuando com apenas 15%, já perdeu 28% do eleitorado.
É impossível recuperar esse eleitorado em 40 dias de campanha que ainda resta. Então, atacar Imbassahy é uma forma de aniquilar as pretensões do segun- do colocado, dando passagem ao quarto colocado. Tem sentido sobretudo depois que Lula teria sinalizado a possibilidade de Geddel Vieira Lima ser o vice na chapa de Dilma Roussef a presidência da República.
A política - é bom lembrar aos menos avisados - é feita na cúpula do poder. A base entra depois e às vezes nem sequer é consultada, mesmo com o jogo em andamento. Mas, João está no jogo e quer jogar até o final da partida. Portanto, não está fora do processo.
A proposta apresentada no programa do PT sobre transporte ficou a desejar. Metrô misturado com bonde moderno, sinceramente, ninguém acredita. Até porque, o Metrosal já tem 10 anos sendo realizado e a demora deve ser creditada aos governos de FHC e Lula. Daí que não mudaria nada qualquer que seja o eleito.
Imbassahy optou pela área da educação prometendo 30 novas escolas em tempo integral e farda para as crianças. ACM Neto enveredou pela área de saúde prometendo uma rede integrada de saúde. João Henrique também prometeu mais novidades na área de saúde e protegeu-se de possíveis ataques dos seus adversários nesse campo, colocando a crise do setor nos colos de Imbassahy e Pinheiro.
Hilton manteve a postura da candidatura da resistência condenando o domínio da iniciativa privada sobre a Prefeitura.
Nada, portanto, que sensibilizasse o eleitorado.
Por ora, o que tem mexido com a cabeça do eleitorado são as caminhadas, o corpo-a-corpo, pois, a "novela" da TV ainda se encontra no aquecimento, nos primeiros capítulos. Mais adiante, tal como em A Favorita, só esquenta em meados de setembro, nos capítulos finais.
echo getBaseUrl() . fullLink('/' . string2Url(getNomeColunistaSessaoByColuna($idColuna)) . '/' . string2Url(getNomeColunaSessao($idColuna)), $idMateria, $objColunaMateria->arrMateriaColuna['dia'], $objColunaMateria->arrMateriaColuna['mes'], $objColunaMateria->arrMateriaColuna['ano'], stripslashes($objColunaMateria->arrMateriaColuna['titulo'])); ?>