23/12/2012 às  09:12

HISTERIA: Narra no cinema como surgiu o vibrador em Londres

O filme se baseia em fatos reais que o torna ainda mais interessante por sabermos da criação de um instrumento hoje tão popular que é o vibrador


Histeria , Tanya Wexler, Inglaterra, 2012; Conta a estória da criação do vibrador na Londres vitoriana do século 19. A fita foi classificada por comédia talvez pelo tema abordado ainda como tabu até hoje para muitos: inclusive o nosso querido cristianismo, alegando que prazer sexual para mulher não deve existir, ela: a fêmea, só tem fins de procriação e nada mais.

O assunto é colocado em debate na fita em plena Londres de 1880 através de um médico especializado em histeria paralelamente com a filha do seu chefe: que poderíamos classificar para época como uma transgressora em lutar pelos direitos sexuais e de prazer que a mulher não tinha, e de fato como ela discursara: “ Como teremos um país evoluído se não damos direitos iguais aos seus cidadãos?".

O filme se baseia em fatos reais que o torna ainda mais interessante por sabermos da criação de um instrumento hoje tão popular que é o vibrador , mas que para época fora uma descoberta e tanto.

Fora esse mérito a fita por muitas vezes se torna monótona com um médico com um extremissímo cuidado que tem para com as suas pacientes, que beirava a quase viadagem.

Mérito para a atuação da atriz coadjuvante que faz o papel de empregada doméstica da casa dos médicos antes de ser tirada das ruas em sua profissão habitual, que era de prostituta, onde esta rendia cenas engraçadíssimas com a insintência em prestar seus serviços do trabalho antigo, deixando os médicos totalmente sem ações tamanhas investidas transloucadas da tal mulher.

Por essas e outras que o filme vale o ingresso, pois além do roteiro estamos assistindo a descoberta com todos os seus sucessos e insucessos de um produto pra lá de útil com até os dias de hoje para a mulherada. Poderíamos escrever sem titubear que o vibrador é sem sombras de dúvidas o viagra feminino atual.

                                                                   ***

Por coincidência ou força do esparro que iria me meter acabei entrando de penetra no filme Os PENETRAS, de Andrucha, Brasil, 2012.

Comprei ingresso para uma sessão popular, mais barata, pensando que esse era o tal filme a ser visto, depois percebi que não era. Penetrei já sabendo que para fugir de um calor escaldante valeria assistir qualquer coisa e não deu outra.

Tinha já lido algumas críticas alertando que tal filme se destinava ao público juvenil, mas como todos temos uma criança em nossos interiores me despi do preconceito pseudo-intelectual e fui ver a já terceira melhor bilheteria nacional da safra desse ano de poucas produções legais, se limitando a filmes independentes apenas a chamarmos de bom.

Pois bem, Os penetras têm como elenco principal dois humoristas: um da Mtv e outro da Band com pouquíssima , para não dizer nenhuma, bagagem em sétima arte. Uma coisa é você atuar em um programa humorístico e outra é fazer um papel de protagonista em um longa, completamente diferente.

De modo que fica meio difícil e confuso criticar para o bem ou para o mal a atuação desses dois elementos que até que se esforçam no filme do Andrucha.

Se estivesse mal-humorado falaria que tal fita fora feita para mongolóides, mas isso iria ferir a maioria esmagadora do público juvenil, de modo que não os classificarei assim eles, até mesmo porque já fui do grupo, porém com muito empenho e filmes assistidos consegui me retirar de numeroso vulgo "nicho."

 Nicho este que independe de idade, diga-se de passagem. Querem saber do filme? É um filme engolível quando você sai de uma praia e ainda está com a maresia na cabeça.

Aí consegue-se até algumas risadas, pois sua cabeça anda em outros mares e se lembra que se entrou ali para fugir do calor.

 

E se Vivêssemos Todos Juntos?

Stéphane Robelin, Ale/Fra, 2102 Li algumas críticas do filme antes de fazer esse texto.

Algumas falavam da trajetória da Janne Fonda com seus 70 anos , e outras nem disso falava.

Eu entendo, pois resenhar tal fita é realmente uma tarefa árdua. O longa francês falava do presente, com idosos vivendo o aqui e relembrando as suas lembranças.

A fita se torna monótona porque a estória flerta com uma comédia super sem graça e um drama de final de vida de seus atores. Se pedir minha opinião: não indicaria. Até idosos não gostaram da fita em minha sessão.

Realmente não vi qualidade nenhuma. O que me espanta é que tal fita se encontra a tanto tempo em circuito ,então deve ter sido aceita por outros.

O drama existencial da idade existe, porém é um drama somente “ pra francês ver”, com cenas que não se conectam entre si.

Temos um garanhão amante das duas mulheres dos seus melhores amigos e que agora sofre de impotência, temos outro com problemas de memória e a mais saudável idosa incrivelmente sofre um infarto no final da estória por saber que dividia seu amante com outra.

 Teve uma coisa que gostei: apesar de abordar o tema com todo aquela hipocrisia burguesa francesa o longa aborda a masturbação na terceira idade sendo explicito que os ditos velhos ainda não estão mortos na questão da libido sexual.

 A questão da comunidade alternativa se desenrola com bastante precariedade de modo que não percebi nada de fato comunitário na fita, apenas tinha-se uma vontade de todos morarem juntos afim de que não se locomovessem muito para se encontrarem, fora isso não houve uma idéia de juntamento de grupo ou algo do gênero. Generosidade houve quando um dos idosos se encontrava em um asilo e outros vieram o pegar, mas de fato o filme deixa a desejar por questão roteiral


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